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Segunda, 13:58...

Gabriella

Era hora do almoço, eu estava indo chamar o Douglas (que tinha ido deitar no quarto, pois estava com muita dor de cabeça a manhã toda) pra comer.

Não dissemos nada sobre a gravidez, pra ninguém. Achamos melhor contar depois da viagem, quando voltássemos pro morro.

— Vaza daqui, caralho. Tá surda?- a voz arrogante do Douglas gritou.

Parei assim que ouvi o grito, em frente a porta. Quem estava com ele?

— Mas amor, eu sei que ontem você surtou por causa do Nescau, por ciúmes. Eu entendi, e tô aqui com você agora- não, pera, Vanessa???

— Que?- murmurei pra mim mesma.

— Tá loucona? Te dei o papo ontem por causa da Kiana, que é minha aliada. Cê tá ligada que se eu explanar essas tuas ideia, cê fica careca, né? Tá doidinha pra virar pão careca, só pode- deu uma risada forçada.

— A gente pode expulsar a Gabriella do morro, e eu já falei que se precisar eu vou morar com você- ela continuou.

Gente??????? Tô passada, chocada.

— Namoral garota, some daqui vai, mete o pé- a voz do Douglas soava abafada.

Abri a porta com a maior paciência do mundo, olhando pros dois.

Douglas estava deitado, só de short, de barriga pra baixo, com a cabeça apoiada no travesseiro e de olhos fechados. Já a Vanessa, estava sentada no chão, ao lado dele, praticamente se humilhando. Ela agora me olhava, tava pálida igual papel.

— Volta mais não, cão do caralho- virou a cara pro outro lado, ainda de olhos fechados.

Deve ter pensado que quem abriu a porta foi ela, pra sair.

— Te coloquei dentro da minha casa, Vanessa, e tu me faz isso- neguei com a cabeça.

Douglas, assim que ouviu minha voz, virou com força, dando um leve gemido de dor.

— Prioridades, né...- virou a cara, olhando pro chão.

— Amor, deixa ela aí e vem cá, tô mal- murmurou pra mim, me olhando com os olhos semiabertos.

— Oq você tem?- me aproximei dele, tocando seu rosto.

Ele ardia em febre.

— Tá doendo tudo- bufou.

— Só não arrebento sua cara, pq preciso cuidar dele. Mas reza pra eu não te trombar na rua nunca mais, pq onde eu te ver, cê vai levar uma surra pra deixar de ser piranha safada- puxei ela pelos cabelos, jogando pra fora do quarto- se eu sair desse quarto e descobrir que você não sumiu dessa chácara, eu te arrebento toda.

— Vida, vem- chamou novamente.

Muito dengoso.

— Vamo almoçar- falei.

— Tô todo quebrado, amor, meu corpo todo dói- negou com a cabeça.

— Vou te buscar um remédio e já trago sua comida, você precisa melhorar, Douglas. A gente vai embora amanhã e não tem como você dirigir assim- acariciei sua coxa, dando um selinho nele, antes de sair do quarto.

O tanto que eu amo esse homem, não tá escrito!!!!
...

 

Tá no meu nome!Onde histórias criam vida. Descubra agora