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Madrugada de sábado pra domingo, 01:01...

Gabriella

- A festa já acabou?- murmurei pro Douglas, me ajeitando no peito dele.

Eu vim dormir cedo, acho que eram onze horas. Ele veio pro quarto agora, acordei com o barulho do chuveiro e fiquei deitada esperando ele terminar o banho pra deitar também e a gente dormir junto.

- Tá mó farra, acho que vai até de manhã- acariciou meu cabelo.

- E você veio deitar pq?- perguntei desconfiada, ele riu.

- Nada haver mais eu ficar no furdunço, sou casado agora- dei risada.

Domingo, 09:39...

Douglas

- A corninha tá dormindo ainda?- a capiroto brotou do meu lado.

Eu tava jogado no sofá da sala principal, assistindo um desenho que tava passando na tv e comendo sucrilhos. Parecia criança, papo reto kkkkk. Acordei cedinho com a Júlia chorando, o choro tava me incomodando e eu tive que ir pegar ela, já que a mãe irresponsável tava dormindo de boca aberta. Marcola também tava doidão dormindo no chão do banheiro. Aí peguei a novinha e desci com ela, agora tá aqui eu e ela assistindo desenho enquanto o resto da casa dorme, e a Vanessa enche a porra do meu saco.

— Ae, vai embora da minha casa, namoral- apontei pra porta.

— Douglas...- ouvi o murmúrio bravo da Gabriella.

Me virei vendo ela abaixar pra beijar a cabeça da Júlia, que estava sentada do meu lado com a mamadeira na mão.

— É só um convite, e ela tá aceitando, né não?- ela me deu dedo.

— Eu tenho que sair mesmo, vou em uma cachoeira aqui perto- arrumou a bolsa no ombro.

— Vai com quem?- Gabriella coçou os olhos, com sono.

— Um boyzinho do Tinder- deu de ombros, dei risada.

Necessitada!!

— Eu volto pra almoçar aqui- me olhou.

— Volta mermo, o veneno de rato já tá alí fia, separadin pra tu- sorri irônico.

Recebi um tapa da Gabriella em resposta.

— Volta sim amiga- sentou no meu colo, acenando pra piranha.

— Achei que não ia sair nunca- afundei minhas costas no sofá, assim que ela saiu.

— Vocês parecem duas crianças- Gabriella negou com a cabeça.

Dei risada, puxando ela pra um beijo. Cujo tal foi interrompido com a Júlia jogando a mamadeira vazia na gente.

— Abusada- puxei ela pela perna e a peguei no colo, ela riu.

— Você é tão bom com criança- Gabriella sorriu, pegando a mamadeira.

— Fico imaginando nós dois, com um molequinho assim do tamanho da Júlia, e tu grávida de uma pivetinha- sorri, pensando em como seria.

— Se eu tiver filho, vai ser adotado, não quero engravidar- negou com a cabeça.

— Tu ia ficar gata pra caralho grávida de um pivete meu- continuei falando, ignorando completamente oq ela disse.

— Vou tomar meu café, já volto- riu, indo pra cozinha.

Tu vai engravidar sim neguinha, quero ver que não.
...

Tá no meu nome!Onde histórias criam vida. Descubra agora