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Segunda, 13:45...

LP

- Cria vergonha, comédia- dei um tapa na cabeça do Blaid, rindo.

Chegamos de viajem hoje de manhã, agora estávamos na biqueira agilizando uns bagulho que atrasou no fim de semana.

- Que porra foi essa? É foguete?- ele levantou em um pulo, já correndo pra pegar os fuzil.

Eu fiz o mesmo, logo saindo da biqueira. Tiro já tava correndo solto.

- Aí, quem tá subindo é o Caxeta, deu o mando pros cara só descer depois que achar a mina da Rocinha- Gum falou no radinho.

- Busca ela e leva lá pra casa, bota os cara tudo pra cercar a casa. Segurança total na Mayara, porra. Ninguém sai daqui com ela- guardei o rádio, atirando em um Zé buceta que subia o morro armado.

- Mete tiro em geral! Se ver que não é dos nosso, pode atirar sem dó. Senta o dedo mermo- Blaid avisou pros moleque que tava na laje.

- Rocinha tá subindo em peso nessa porra, quero a cabeça do Caxeta- Tubarão falou no radinho de um dos meus vapores.

Pelo visto essa guerra vai render!

Segunda, 17:33...

- Caxeta tá com uma tropa aqui na rua oito, batendo de frente. Pode matar?- vapor chamou no radin.

- Segura ele aí, tô descendo!- Tubarão afirmou.

Pedi pros moleque me dar cobertura, e fui subindo de mansinho na direção da rua oito.

Matava quem aparecia na minha frente, tava nem aí. Fui cortando pelas viela e logo vi o aglomerado de bandido e a gritaria. Já fui passando no meio de geral, encontrando o Tubarão batendo boca com o Caxeta.

- Se tu encostar um dedo na Mayara, eu vou atrás de tu até no inferno se precisar. Te pico todinho, filho da puta- esbravejava.

Chei de ódio.

Por isso não gosto de discutir, me irrito logo e já quero puxar a faca.

- Se preocupa não, que eu vou te mandar pro inferno antes dela- mirou a arma pra ele.

- Atira. Vai, porra! Atira! Se tu não puxar esse gatilho, tu ti prepara pq tu vai se fuder na minha mão, Caxeta- Douglas gritava, sendo segurado pelos vapores.

Cara queria partir pra cima mermo, irmão.

- É uma bala nele e 15 em tu, Zé buceta- entrei no meio, ficando frente a frente com o Caxeta.

- Sai fora LP, que pra eu te passar também é rapidinho. Se fuder, mandado do Tubarão- debochou.

- Tá achando que vai entrar na minha favela e me matar desse jeito? Fácil assim? Se liga, caralho. Cê tá na minha casa, quando tu pensar em me matar vai ter chuva de chumbo em cima de tu- ri fraco.

- Tá entrando no meio pq, LP? Tá com dó do seu amiguinho?- olhou pro Douglas, que tava sendo segurado pelos meus vapores pra não avançar no Caxeta.

- Cê tá na minha favela e falando pros quatro canto da quebrada que vai pegar minha mina, porra. Não queria que eu entrasse no meio desse jeito? Não fode, filho da puta.

...

Tá no meu nome!Onde histórias criam vida. Descubra agora