CAPÍTULO 29

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AMANDA

Vejo cada músculo do Renato tensionar e ele sorrir de forma meio constrangida. Mordo o lábio inferior e o abraço colocando a cabeça encostada em seu peito.

O cheiro dele tão forte em meu nariz, a sensação de proteção que eu sentia ao seu lado é algo que eu não posso colocar em palavras. É como se ele fosse meu escudo, que me protegesse de todo mal, uma bolha fechada que não deixava nada de ruim que o mundo tem me atingir.

— Tenho certeza que eu amaria, Amanda. — ele fala encostando o queixo na minha cabeça em seguida dando um beijo.

— Talvez façamos isso depois. — falo me separando dele e levando as coisas de volta para a lavanderia. — porque agora eu tenho que ir pegar a minha mãe no hospital.

— É mesmo, ela chega hoje. — ele fala parando na cozinha mechendo nos armários.

— Sim, você me leva? — pergunto votando para a cozinha e me encostando no balcão.

— Levo, claro que levo. — ele abre um sorriso. — minha namorada.

Abro um sorriso bobo e desvio os olhos envergonhada por não conseguir parar de sorrir.

Ele me abraça dando selinhos por todo meu rosto me fazendo rir.

— Ok! Ok! — falo me afastando dele ainda rindo abóbada. — eu tenho que me trocar.— corro para o quarto.

Talvez eu esteja sendo uma boba por estar agindo dessa forma. Mas eu nunca tive tanta sorte no amor como estou tendo agora, e de alguma forma isso me assusta.

Troco de roupa e amarro meu cabelo decentemente em um rabo de cavalo alto.

— Tá pronto? — olho para ele e o vejo com o cabelo molhado calçando o tênis.

— Sim. — ele fala e eu sorrio.

— Pega suas coisas. — falo e pego minha bolsa de cima do sofá e caminho para fora da casa com ele me seguindo.

— Amanda!— ele chama e eu me viro com um sorriso pequeno. — não conta desse lugar pra ninguém, nem mesmo pra Shivani.

Eu olho meu confusa.

— Mas eu conto tudo para a Shivani! — falo mordendo o lábio inferior nervosa, ele me olha com espectativa e eu suspiro me dando por vencida. — ok, não vou falar nada eu prometo.

Ele sorri e me puxa para um beijo apaixonado.

•••

— Com licença, eu estou procurando Minha mãe. — falo para uma enfermeira, que já me conhecia, que sorri fraco e fala.

— Ah, sim, ela já recebeu alta do médico e está pronta para ir, siga-me.

Sorrio e a sigo entrando em alguns corredores.

— Mãe! — falo sorrindo e a abraço quando vejo da sentada na ponta da cama.

 — Oi, querida. — ela fala e me abraça. Era a primeira vez dês de que meu pai morreu que ela estava sóbria.

— Pronta para ir pra casa? — pergunto separando o abraço.

— Que cheiro é esse em você? — ela pergunta e pega meu cabelo cheirando-o
— quer dizer que enquanto eu estou aqui morrendo você está trepanado por aí, Amanda!!

Fico vermelha de vergonha por conta da enfermeira.

— Mãe, — falo desviando os olhos — vamos em bora.

— Não! Me fala, é isso que está fazendo pra conseguir o dinheiro? Eu não criei uma filha desse jeito! — ela fala se descontrolando.

— Mãe, ele é meu namorado. — falo e mostro a aliança para ela. Vejo sua feição suavizar e ela pega minha mão olhando para o anel. — eu nunca iria me prostituir, mãe.

— Oh, meu Deus, me desculpe Amanda. — ela fala e me abraça arrependida.

— Não tem problema, só vamos embora. — falo calma e pego a bolsa dela. — obrigada, enfermeira. — falo passando por ela com um sorriso constrangido.

— De nada, vocês tem que fazer uma ficha na recepção antes de ir. — ela fala com um sorriso compreensivo.

•••

— Meu Deus, mãe, você quer me matar de vergonha, né? — falo meio irritada e vejo ela dar de ombros constrangida.

— Desculpe, eu só me descontrolei. — ela fala.

— Hum, na próxima vez espere um pouco, né? — falo mais tranquila e abro a porta de casa.

— E quem é ele? Seu namorado. — ela pergunta e eu sorrio ao me lembrar de Renato.

— Mãe! — sorrio meio envergonhada. — eu consegui um emprego sabia! Vou começar segunda feira!

— Nossa! Estou tão feliz que quase não reparei que você está mudando de assunto. — ela fala colocando o dedo no queixo.

— Vou tomar banho e ir na casa da Shivani, tem comida na geladeira, só tem que esquentar. — falo indo para meu quarto.

Minha mãe às vezes me coloca em casa estrada estreita meu Deus!

Eu tinha até me esquecido como era ter ela sóbria, ela é tão boa quando não está drogada ou bêbada.

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Sex Proposal | Renato GarciaOnde histórias criam vida. Descubra agora