CAPÍTULO 44

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RENATO

— Posso saber onde você foi, Renato Garcia? — minha mãe dispara em perguntas cruzando os braços embaixo do peito com uma feição irritada.

— Dar uma... volta? — soou mais como uma pergunta da minha parte.

Não era legal minha mãe irritada. E todos dessa casa sabiam disso.

— uma volta? UMA VOLTA? VOCÊ PODIA AO MENOS AVISAR, NÉ, PORRA! — ela explode gritando gesticulando com as mãos. — EU SOU SUA MÃE! COMO ACHA QUE EU FIQUEI ESSAS ÚLTIMAS TRÊS HORAS TE PROCURANDO?

— Desculpa. — falo me sentindo culpado.

— Que gritaria é essa? — meu pai entra em cena. — enfim a princesinha desaparecida apareceu.

— Ele foi dar uma volta. — Minha mãe rosna indignada.

 — Se fizer isso de novo você não vai sair dessa casa por um bom tempo, Renato.

— Desculpe, prometo não fazer de novo. — falo e ela concorda e deixa um beijo na minha bochecha saindo da sala tentando controlar sua raiva.

Suspiro aliviado. 

Eu jurava que a briga seria maior. Minha mãe pode ter vários defeitos, mas ela se preocupando na família e sabe administrar a casa muito bem. E não foi justo o que eu fiz.

Faço um sinal de desculpa para meu pai e vou pro meu quarto quase que correndo. Fecho a porta e sorriu para mim mesmo.

— Eai. — eu levo um susto com Mike.

— Que caralhos você tá fazendo aqui? — pergunto com o coração a mil pelo susto.

— Calma ae, criança, não se estressa. — ele debocha e joga a bola de baseball para mim pega-la. — eu tava sem fazer nada em casa e vim pra cá, ué. Aí sua mãe falou para mim te esperar aqui.

— Tem namorada não? — pergunto me jogando na cama.

— Tá me expulsando? — ele pergunta em um tom divertido. — ela tava ocupada.

— ah, agora entendi. — falo e ele rola os olhos.

— pensei em jogar videogame — fala e eu concordo. — quando vai trazer a Amanda para conhecê-los?

— Meus pais? — pergunto e ele concorda 

— Eu não sei. E a Shivani?

— O buraco é mais em baixo com ela sabe? O pai dela não é muito... maleável.

— Eu falei ela conhecer os seus, não você os dela. — sorrio e ele rola os olhos.

— afz, bora jogar logo. — ele fala e eu rio.

•••

Amanda

— Mãe? — olho em volta na sala procurando ela, mas não acho.

Suspiro e caminho a procura dela pela casa toda. Como eu não acho eu vou pro meu quarto e tomo um banho relaxante colocando uma roupa confortável cinza de ficar em casa.

Acabo mandando uma mensagem pro Renato.


"Você me deve uma calcinha."

Ele logo responde.

"Só uma?"

Acabo rindo e lhe respondo.

"Pra falar a verdade, quantas você puder me dar eu tô aceitando.

Não sou besta mesmo. Logo ele responde.

"Rsrs."

"Quer que eu passe pra te pegar que hrs amanhã?"

Lhe respondo.

"Duas e meia."

Vou para a cozinha e abro a geladeira a procura de comida. 

Meu estômago estava revirando de fome. Pego maionese e vou até o armário em busca de pão.

— Filha! — eu olho para a porta da frente vendo minha mãe pálida. — você veio cedo.

— Tenho ótimas notícias! — termino de fazer meu lanche e vou até ela depois de morder um pedaço do meu pão. — eu vou depor contra o Léo amanhã, ele tem grandes chances de ser preso.

— i-isso é ótimo! — ela fala e abre um sorriso amarelo.

— o que foi? — pergunto me aproximando dela. — aconteceu alguma coisa, mãe?

— Claro que não! — ela fala e bufa como se fosse óbvio. — por que está dizendo essas coisas?

— Me fala, o que aconteceu? — sinto meus músculos tensionarem diante da nova situação. 

Estava claro que algo tinha acontecido, algo que minha mãe não queria me dizer.

— Nada! Não aconteceu nada, Amanda! — ela fala e suspira. — eu só estou cansada, ok? Que horas que é o depoimento?

— As 15 horas. — falo e ela sorri calmamente.

— Já está tarde, é melhor ir para a cama. — ela fala e vai para seu quarto.

Minha mãe estava claramente lúcida, agitada e com uma culpa nos olhos. 

Tenho certeza absoluta que algo está errado.

••

— Já vai me dizer o que houve? — pergunto na mesa com minha mãe.

Eu simplesmente não consegui dormir a noite toda, pensando sobre a minha mãe e o que ela estava me escondendo, e também sobre o meu depoimento de hoje. O meu nível de estresse estava claramente mais elevado hoje.

— Esquece isso. — ela bufa. — não quero te meter em brigas que não são suas.

— Então alguma coisa aconteceu. — falo e ela levanta irritada batendo as mãos na mesa.

— Que caralho, Amanda! Cuida da porra do depoimento e deixa que as minhas coisas eu resolvo inferno! — ela explode saindo da cozinha.

Bom dia para mim.

•••

RENATO

Já estava na hora de ir buscar a Amanda, eu pego a chave do meu Jeep dando tchau pra minha mãe e logo indo para a casa dela.

Quando buzino ela sai com um sorriso amarelo, ela estava com o olhar diferente e o cabelo solto, com um óculos escuro que ela coloca em cima da cabeça quando se aproxima do Jeep. Com uma calça jeans e uma camiseta comum preta.

— Cadê sua mãe? — perguntei e ela suspira.

— Ela disse que tinha que resolver algumas coisas. — ela fala depois de me dar um selinho se virando para pegar o cinto de segurança.

— E você tá de boa com isso? — pergunto e ela me olha e abre um sorriso fraco.

— Acho que sim, eu tinha me esquecido que não posso contar com ela depois do meu pai. — ela fala e dá de ombros parecendo frustrada.

Eu queria abraçar ela e dizer que ela era melhor que isso. Mas não era um bom momento, estava na cara sua ansiedade e preocupação.

Eu seguro a mão dela e ela me olha com os olhos brilhando. Sorrio de lado para ela e dou partida no carro.

— Vai ficar tudo bem. — eu falo e ela suspira com certo alívio e aperta levemente minha mão.

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Sex Proposal | Renato GarciaOnde histórias criam vida. Descubra agora