CAPÍTULO 31

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AMANDA

Estava caminhando pelo corredor concentrada na hora do intervalo, mexendo no celular com os livros equilibrados em um braço.

- Oi. - me assusto quase derrubando os livros, mas o Léo me ajuda a não deixá-los cair.

- Tá maluco, caralho! não pode chegar assim de fininho! - falo me virando para ele e equilibrando de novo os livros no braço.

- Desculpa! - ele fala rindo do meu nervosismo. - eu posso andar com você? é que eu não conheço ninguém por aqui ainda.

- Claro, - falo dando um sorriso gentil. - mas as pessoas aqui te conhecem, principalmente as meninas.

- Ciúmes, sol? - ele pergunta começando a andar.

- Para de me chamar assim! - bufo negando. - e não, não estou com ciúmes de você, só estou dizendo que você pode fazer a limpa, como qualquer outro idiota faria se tivesse a chance.

- Mas eu não sou qualquer outro idiota, sol. - ele fala e eu bufo.

Ele me deu esse apelido porque quando a gente namorava ele me disse que eu era a maior estrela que ele havia conhecido e que isso nunca mudaria, então ele começou a me chamar de sol e nunca mais parou.

- Tem razão, você é um idiota. - falo concordando e ele sorri fraco.

- Sou um idiota que veio por você. - ele fala e meu cu trancou na hora.

- Oi?? - pergunto e ele para na minha frente me olhando.

- Eu não consegui seguir minha vida sem você sol, eu tinha que vir para ver você de novo e... talvez, salvar o nosso namo... - ele ia continuar falando e eu o corto.

- Você é maluco? - pergunto e suspiro frustrada. - não existe mais "o nosso namoro" - faço aspas com as mãos. - aquilo foi a muito tempo Leornado, e eu estou com o Renato agora.

- Eu sei, mas o que a gente teve foi tão bonito, por que não tentamos de novo? - ele pergunta pegando na minha mão livre.

- Ela já disse, porque ela está comig. - Renato brota do chão envolvendo um braço na minha cintura. - qual é a sua? achei que você fosse um cara legal.

- Você não entenderia. - Léo fala soltando a minha mão e desviando o olhar.

- Olha, a gente pode ser amigos, e eu vou fingir que essa conversa nunca existiu, ok? vê se pensa, dessa vez com a cabeça de cima. - falo e puxo Renato para sairmos logo dali.

- Amigos? - Renato fala quando já estamos numa distância razoável de Léo. - é sério, Amanda?

- Para, Garcia - falo suspirando. - ele deve estar confuso e...

- Isso não justifica ele vir até aqui e te tirar de mim. - ele fala irritado.

- Mas que porra! - paramos de andar. - você acha que é só ele chegar que eu vou te largar e correr para os braços dele? se eu quisesse ele eu tava com ele, mas eu tô com você, por que eu gosto de você, seu idiota! - falo e volto a andar.

- Amanda! - ele segura meu pulso me fazendo olha-lo.  - desculpa! eu só tava...

- Com ciúmes! - falo e ele sorri fraco concordando.

- Eu confio em você. - ele sussurra e me beija calmamente.

•••

Ligo meu celular e vejo uma mensagem de Renato dizendo para mim encontrá-lo na casa dele depois do trabalho, respondo um "ok" e volto a prestar atenção na aula.

Sinto alguém tocar meu ombro e olho vendo o Léo.

- Eu vou lutar por você. - ele fala baixinho.

- Não sou troféu pra você lutar e me ganhar e muito menos prêmio de consolação pra você tentar me ganhar e perder, vê se cresce!

- Vou te reconquistar sol, escreva minhas palavras. - ele fala e volta a olhar para o professor.

- Amiga, - olho para a Shiv que me chamou. - você pensa em... você sabe, - ela pergunta e eu a olho incrédula.

- Claro que não, Shivani! - falo e bufo. porque todos pensam que eu trocaria uma paixão de agora por uma antiga que com certeza não tem volta?

- Ufa! eu já ia dar na sua cara. - ela fala aliviada e volta a prestar atenção na aula.

Olho para minha aliança e sorrio boba mexendo nela.

Eu jamais faria isso com ele!

•••

- Boa tarde, senhor Harry. - falo com um sorriso entrando no salão.

- Bem na hora, menina! - ele fala sorrindo. congelo ao ver quem está sentado em uma cadeira do salão.

Léo.

Ele só pode estar me perseguindo.

- Sol? - ele pergunta confuso por eu estar ali e eu bufo.

- Meu nome é A-M-A-N-D-A! - falo e ele dá de ombros.

Me sentei na recepção colocando meu celular no silencioso dentro da minha bolsa.

Léo estende o cartão de crédito e eu pego colocando na maquininha, como eu já trabalhei em uma lanchonete antes de a minha vida virar de cabeça pra baixo eu sabia mexer com maquininhas.

Olho para o folheto de preços.

- Vinte reais o corte. - falo e ele concorda com a cabeça. - tenha um bom dia. - murmuro e ele sai acenando.

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Sex Proposal | Renato GarciaOnde histórias criam vida. Descubra agora