CAPÍTULO 47

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AMANDA

Ouço a campainha tocar e minha mãe anuncia que vai atender, eu continuo no meu quarto folheando meu livro de filosofia. Como eu não ando muito ligada na escola, estou com medo de levar bomba.

— Renato? — eu me levanto da cama deixando a caneta azul em cima do livro aberto. — o que está fazendo aqui? Achei que estaria no almoço com seus pais.

— olha, eu vim te dar o dinheiro, o resto que falta para pagar a dívida. — ele fala estendendo um envelope branco.

— por que está me dando isso agora? — pergunto.

— hoje é ó último dia do mês e eu pensei que, eles pudessem vir buscar amanhã o dinheiro. — ele fala e eu arqueio uma sobrancelha.

— tem certeza? — pergunto. Renato estava fazendo a cara de pensativo dele, me olhava como se o mundo fosse desmoronar há qual quer momento.

— sim, eu tenho. — ele fala e eu sorrio fraco — bom, na verdade não.

— não? — pergunto.

— o seu pai, eu sei para quem ele devia. — ele fal e eu sinto meu coração acelerar.

— sabe? Como? — pergunto.

— Patrick Moner. — ele fala e eu sinto meu coração errar uma batida.

— o pai da Isabela? — pergunto confusa e sentindo formar um nó na minha cabeça.

— sim, ele que mandou atropelar você, Isabela achava que se você ficasse com o Léo poderia ir morar na Espanha com ele, e o pai dela iria esquecer da sua família mas, não deu certo. — ele fala.

— claro que não deu certo! Ele me drogou com uma droga que ela deu para ele! — falo desacreditada. — por isso que nada aconteceu com ela...

— eu acho melhor nós dois ficarmos quietos quanto ao Patrick, não sabemos do que ele é capaz, Amanda. — ele fala.

— sabemos sim, ele é capaz de matar uma adolescente que não fez absolutamente nada para ele. — folo me sentando na ponta da cama.

— me promete que não vai fazer nada, só paga a dívida e nunca mais comprar essas merdas. — ele fala.

— eu vou falar com minha mãe, obrigada. — olho para ele. Garcia coloca a mão no meu rosto e encosta seus lábios nos meus em um beijo calmo.

— eu amo você. — ele fala e eu sorrio

— também amo você.  

•••

Renato e eu já havíamos marcado um dia para ir ao parque aquático, falamos com a Shiv e ela iria reservar quatro passagens em um dos parques para nós.

Eu sentia o coração acelerado, minha mãe estava no mercado, fazendo as compras do mês, e eu estava em casa segurando firme o envelope. A campainha toca e sinto minhas pernas tremerem. Engulo em seco e me levanto indo atender.

Quando abro, eu vejo os mesmos homens e a mulher que vieram da última vez. Dou espaço para que eles entrem e eles entram olhando em volta.

— hum, quanto tem para mim hoje, boneca? — ele pergunta, sua voz rouca e intimidadora quase me faz cair no chão. Eu tenho certeza que meu joelho está tremendo como vara verde.

— tudo, eu tenho tudo o que falta. — falo e vejo a expressão de surpresa no rosto dele. Eu estendo o envelope e a mulher pega, ela começa a contar o dinheiro. Poucos minutos depois ela me olha com um sorriso de lado.

— 13.800 dólares — ela fala confirmando. — vamos logo embora.

— como conseguiu esse dinheiro? — o outro homem pergunta.

— não importa, o importante é que minha família não deve mais nada para vocês. — eu falo tentando mostrar que não estou com medo, mas sei que está estampado na minha cara o que eu realmente sinto.

— ainda, saiba que a conta está aberta para mais quando quiserem, agora, tenha uma boa vida. — o homem fala e sai pela porta por último. Eu tranco ela e sinto meus joelhos falharem e eu caio no chão respirando pesadamente.

Puta merda! Respiro fundo.

•••

— você tá legal? Por que não me ligou? Eu poderia estar com você nesse momento, Amanda! — Shivani briga comigo.

— eu sei, mas eu não iria te por em perigo Shiv, não tinha porque nós duas tomarmos no cu. — falo e mordo meu snickers.

— ah, por falar em tomar no cu... — ela me olha sugestiva e eu arregalo os olhos.

— não... — ela sorri safada e eu coloco a mão na boca.

— dói muito?

— é claro! Mas depois passa, é a mesma onda de perder a virgindade. — ela dá de ombros e eu gargalho.

— você é doida de pedra.  — falo e ela ri.

— não vem com essa não, foi culpa sua, você quem plantou a sementinha na minha cabeça, isso não teria acontecido se você não tivesse me perguntado se eu já tinha dado o rabo. — Shiv fala fazendo um bico e pegando meu chocolate mordendo um pedaço.

— era só curiosidade, eu não sabia que isso ia te influenciar a dar o rabo. — falo e ela esconde um riso.

— você não aguentaria. — ela dá de ombros e eu ergo uma sobracelha fazendo cara de ofendida e incrédula.

— isso é um desafio? — pergunto e ela ri.

— fala sério, Amanda. — ela rola os olhos. — se você quiser testar algum dia ou sei lá, não acredita quando ele falar "só a cabecinha". — ela força a voz e eu gargalho — é furada!

Eu tenho uma crise de riso e a Shivani me acompanha, quando paramos de rir, eu olho para ela e começo a rir de novo junto com ela. Essa garota não presta mesmo.

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Sex Proposal | Renato GarciaOnde histórias criam vida. Descubra agora