CAPÍTULO 36

5.2K 255 105
                                    

AMANDA

- Eu fiquei sabendo que você e o Léo brigaram no intervalo. - Léo fala se sentando ao meu lado.

- Coisa de casal, a gente vai se acertar. - eu falo engolindo em seco.

- Eu achei que... bom, eu vim pra cá porque queria ter você de volta. Mas eu sei, agora eu sei, que você está namorando com ele, e não o trocaria. - ele fala suspirando. - me desculpe. Não foi certo da minha parte.

Eu o olho, o sinal de saída tinha acabado de bater e eu tinha que trabalhar. Mas havia tempo para ser amiga dele de novo. Não havia?

- Eu te desculpo, Léo. - eu sorrio suavemente. - me desculpe por ser tão grossa com você.

- Sem problemas, eu passei dos limites realmente. - ele fala com outro sorriso. - mas assim, você não gosta mesmo que eu te chame de Sol?

- Não, desculpa, é.. constrangedor. - falo e ele sorri concordando.

- Certo. - ele estende a mão. - amigos?

Eu sorrio e seguro a mão dele.

- Amigos.

Ele me acompanha até o salão que eu trabalho e eu dou um ótimo bom dia para Harry.

- Posso te ver depois do seu expediente? - ele pergunta sorrindo. - não quero você andando por aí sozinha de noite. - ele fala e eu sorrio fraco.

- Pode, claro que pode. - ele se vai acenando.

•••

— Oi, Léo. — sorrio ao ver o carro dele parado na frente do salão às sete em ponto.

— Oi So... Amanda. — ele fala e eu sorrio entrando no carro. — trouxe um suco de uva para você. — ele estende a garrafinha e eu sorrio pegando-a

Eu agradeço e bebo o suco dando alguns goles.

Fecho a garrafa e tento me concentrar em que o Léo falava.

Mas tudo estava ficando turvo, girando aos meus olhos.

— Amanda? — eu olho para ele com uma careta, sentindo ânsia de vômito e náuseas.

— Quantos dedos você vê aqui? — ele tinha um olhar estranho mas eu não estava conseguindo prestar atenção.

— Quatro? — pergunto sentindo tontura.

Vejo o sorriso vitorioso dele.

Eu franzo o cenho vendo ele trancar o carro e dar partida no carro colocando uma música baixa no rádio.

— Você... me drogou? — pergunto confusa e cada vez mais doida, o mundo estava tão bonito.

— Não leve para o coração, Sol. Isabela disse que iria funcionar fácil, fácil.

•••

RENATO

Eu estava puto em casa, passando o canal da TV sem nem olhar o que estava passando em cada um.

A esperança que ela viesse bater na minha porta e dizer que era tudo a porra de uma brincadeira.

Mas a realidade me jogava para o chão novamente.

Ela não estava arrependida.

Bufo e desligo a televisão com raiva, a campainha toca e eu olho rapidamente para a porta. Será que é a Amanda?

Mas já são duas e meia da madrugada, o que ela estaria fazendo na rua a essa hora?

Abro a porta e me frustro ao ver Isabela com seu olhar convencido e postura autoritária.

- Renatinho, - ela fala entrando na minha casa. - seus pais já estão dormindo,né? E o que você está fazendo acordado?

- Não te interessa. - rosno estressado e ela sorri de lado.

- Seu amor me comove, docinho. - ela fala e pega o celular. - sabe, se tivesse me escolhido você não estaria nessa situação. Renato, eu sempre soube que isso aconteceria, acha mesmo que sua namoradinha iria escolher você? Tendo um cara daqueles aos pés dela? Se ela quis você mesmo estando comprometido, acha que ela não iria ficar com o amigo solteiro? Ainda mais depois daquela briga, você fez ela chorar como um bebê na frente de pessoas demais, Renato.

- Do que você está falando, Isabela? - pergunto irritado.

Ela suspira e pega o celular desbloqueando.

- Eu consegui um vídeo, da câmera de segurança da casa do Léo, sabe, carne nova, era do meu interesse. - ela dá de ombros.

- Achei que fosse lésbica. - falo sarcástico.

- E eu achei que você fosse inteligente, pelo visto ambos estávamos enganados. - ela fala e estende o celular. Eu êxito mas pego o celular vendo o vídeo.

Caralho. No vídeo mostrava a Amanda e o Léo dançando juntos, beijos trocados enquanto ela ria e gargalhava com algumas coisas que ele dizia. Eles trocavam alguns beijos desajeitados e continuavam dançando.

Sinto meus olhos encherem de lágrimas e olho para Isabela que olhava pra as unhas.

- Não é ruim, Renato? - ela fala e puxa o celular da minha mão. - vou te mandar esse vídeo, se você quiser ver se é real ou não, pode ver. Eu fiz a minha parte. Toma cuidado com as vagabundas que te pagam boquete, otário. - ela sai da minha casa em passos firmes.

Eu não estava em condições de retrucar ou mandar ela calar a boca. Apenas sentia meu peito despedaçado, estava doendo tanto que eu não consigo nem respirar direito.

Eu sei que eu perdi real o controle, mas eu conheço a Amanda o suficiente pra saber que ela não faria uma coisa dessas comigo.

Mas caralho, tem provas.

Deixo as lágrimas virem agora, porque eu tenho que estar bem quando for falar com ela. Mas agora tudo o que eu sinto é dor.

Sex Proposal | Renato GarciaOnde histórias criam vida. Descubra agora