CAPÍTULO 38

5K 277 113
                                    

(Gente, desculpa, mas o wattpad não quer colocar o capítulo na letra normal, por isso ele tá indo todo em negrito, desculpa mesmo)

RENATO

Eu não vejo ela em lugar nenhum mais dentro da escola, já é hora do intervalo e ela não aparece.

Mas isso é bom. Pelo menos eu não tenho que encarar o seu rosto, ela me machucou muito.

"Eu amo você" me lembro das palavras dela, as três palavras que me destruíram.

Por quê? Por que só agora? Ela teve muito tempo para dizer e não disse. Suspiro passando a mão pelo cabelo.

— Renato, você viu a Amanda? Eu não vi ela hoje. — Shivani pergunta se sentando na minha frente com Mike ao seu lado.

— Não, — falo sem rodeio nenhum. — por quê?

— Porque você é o namorado dela. — Mike fala como se fosse óbvio. — será que ela não veio?

— Não sou, — falo e eles me olham confusos — não somos mais namorados.

— O quê? Por causa do Léo? Está brincando, Garcia? — Shiv fala abismada.

— Ela me traiu, Shivani — falo amargurado. — ela ficou com ele ontem a noite, e eu tenho provas.

— Eu quero ver. — ela fala intimidadora e desafiados. Eu rolo os olhos bufando e dou o celular com o vídeo para ela. Ela começa a assistir e fica surpresa.

— Não, a Amanda não faria isso. Como conseguiu esse vídeo? — ela fala desacreditada e eu solto um tudo amargurado.

— Isabela me mostrou, e ela fez Shivani. — falo e ela bufa. Ela deixa o celular na mesa e se levanta subitamente.

— Ei! Onde você vai? — Mike pergunta segurando o pulso da namorada.

— Tirar essa história a limpo. — ela fala e puxa o próprio braço saindo em passos determinados.

•••

SHIVANI

Eu olho pelos corredores da escola a procura da Isabela. E eu encontro.

— Você, — chamo e ela me olha com uma sobrancelha arqueada. — como conseguiu aquele vídeo?

— Não interessa. — ela fala com um sorriso. — eu disse para ele não se meter com vadias.

Assim que ela termina de falar eu do um um soco na cara dela fazendo ela cambalear e cair no chão. Todos me olham com medo e surpresos.

— Não fala assim dela! — eu bufo e puxo ela para ela se levantar de forma bruta. Ela estava assustada com meu olhar fuzilador e minhas mãos estavam serradas. — escuta aqui Isabela, se não me dizer exatamente o que aconteceu com a Amanda ontem, eu vou te denunciar, e você vai ser presa por estar vigiando o Léo sem autorização.

— Sua estupida, acha mesmo que ele não sabia? — ela ri amargurada com a mão no queixo. — ele levou ela pra lá justamente porque eu estava vendo tudo, e eu mostraria para o Renato.


— Ela não iria por vontade própria. — falo.

— Ela estava bem a vontade. — ela retruca e bufa.

— Ela odeia dançar Isabela, e é por isso que eu sei que tem algo errado. — falo e me aproximo dela vendo ela recuar alguns passos até encostar no armário — me fala, agora.

— você não é tão estupida Shivani, pense em alguém que fica igualzinha ela ficou ontem, e ligue os pontos. — Isabela cospe as palavras. — mas de mim você não vai ter mais nada.

Ela sai dando um empurrão em mim.

— Senhorita Silveira, para minha sala, agora. — o diretor fala e eu o sigo irritada.

Alguém que fica igual a Amanda. Sorrindo sem parar como uma otária, fazendo oque não gosta e achando incrível...

A cena do vídeo que Amanda quase caí e começa a rir com Léo vem na minha cabeça e eu paro repentinamente.

Ela estava drogada!

Shivani, — o diretor fala.

•••

RENATO

O sinal da saída soa e eu sinto vontade de quebrá-lo. Bufo e me levanto meio estressado.

Saio da escola e vou andando pra casa, já que meu carro está na revisão mensal. É quando eu vejo ela, instantaneamente eu paraliso.

Ela estava olhando para o chão, segurando o celular, uma mão ela apertava a alça da mochila. Seu cabelo estava solto como estava mais cedo.

— A gente pode conversar? — ela pergunta em um tom baixo e rouco. Sua voz estava mais fraca que o normal. Eu olho para ela pensando no que faria. Eu não quero correr o risco de cair na lábia dela de novo.

Abaixo a cabeça e passo por ela sem nem triscar, escuto ela fungar e olho para ela sem parar de andar. Ela olhava para o anel que eu havia lhe dado.

— Renato — eu me viro em silêncio e ela me olha e depois olha para o anel. — eu não tenho culpa do vídeo. — ela fala mexendo no anel. — mas você não quer me escutar. — ela funga de novo e vejo os olhos dela encherem de lágrimas. Sinto meu coração ser esmagado mais ainda aquando vejo ela olhar para o anel e tirá-lo do dedo.— se algum dia, você quiser saber exatamente o que aconteceu, eu vou estar lá para dizer. — ela fala quase em um sussurro. — Vou estar lá para perdoar você, vou estar lá para qual quer coisa que venha te incomodar. Eu vou te apoiar e vou fazer o que for preciso para ficar ao seu lado. — ela soluça deixando as lágrimas virem.

Era como se ela tivesse dizendo a si mesma que não teria mais volta depois do que ela fez.

Ela pega minha mão e coloca o anel na palma dela, fechando meus dedos com delicadeza. Ela olha nos meus olhos, seus olhos estavam avermelhados.

— Eu sempre vou estar lá para você, porque eu amo você, e você pode não acreditar nisso, mas eu amo você, muito. — ela fala o "muito" em um sussurro quase inaudível. Eu engulo em seco recolhendo minha mão.

— Kbrigado por devolver. — falo seco e vejo os olhos dela murcharem ainda mais. Eu não entendo porque não me senti assim quando descobri que Isabela me traía.

Eu estou me sentindo usado, como se fosse apenas um idiota que Amanda brincou e depois descartou. Estou me sentindo um lixo.

Me viro e começo a andar. Meus olhos marejam e eu sinto vontade de gritar para Amanda voltar, mas meu orgulho não me permite fazer isso.

Guardo o anel no meu bolso com um longo suspiro. Escuto uma buzina alta e constante seguido de uma derrapada de carro. Olho para ver o que aconteceu e arregalo  os olhos.

Vejo o exato momento que Amanda vai no chão atrás do carro. Todos olham abismados e assustados com a cena. Ela havia rolado por cima do carro!

Eu corro sentindo meu peito acelerado até ela no chão virando ela é verificando se ela respirava.

— Não, não, não, não... — eu me recuso. Eu começo a ressuscitar ela fazendo preção em seu peito. Subi em sua cintura para ter mais acesso e faço sentindo as lágrimas grossas em meus olhos.

Ela não pode morrer. Vejo o seu peito começar a encher sozinho de novo, fraco, quase imperceptível.

Aproximo meu dedo de seu nariz sentindo seus respiração e sinto um alívio enorme. Eu me sento ao lado dela e a abraço.

— Você vai ficar bem, vai ficar bem. — sussurro abraçando ela escutando o barulho das sirenes da ambulância se aproximarem.

ㅡㅡㅡ
+30

Sex Proposal | Renato GarciaOnde histórias criam vida. Descubra agora