Malvina

Prólogo

De inicio tudo havia ficado escuro, seus olhos castanhos amedrontados corriam de caminho a caminho. Ela não sabia ao certo porque corria. Só sabia que algo temedor se aproximava e ela ousava a ficar assustada, ela não deveria mostrar nem um terço do seu medo. Era violento como a forma como ela corria, trovejadas fortes, não! Ela não poderia parar agora! Ela tinha que seguir em firme ou então... Ela morreria certo?
Já estava muito longe quando de repente ela trombou de cara com uma árvore. Caiu no cão ainda zonza pela pancada, quando um rosto encapuzado tampou sua visão. Estáva tão perto e agora o que iria acontecer? Ela seria morta ali mesmo? Todo o caminho que ela correu velozmente teria sido em vão? Morreria ao menos sem saber o porque de estar ali?
Eram muitas as dúvidas e ela ousou a dizer antes...que tudo se acabe.
—O que quer de mim? Porque me segue?— ela ouviu sua voz fazer eco.
E nada dizia o rosto encapuzado.
—Mostre-me seu rosto! Para que eu o veja e conte ao meu pai!!
Foi então que ele ou ela seja lá o que fosse prosseguiu:
—Criança tola! Cale-se e pouparei sua vida!
—Hã?—ela disse ao mesmo tempo. —Poupar a minha vida? E o que pretende comigo viva?
—Você pode ser a solução para os meus problemas! 
—Problemas? É isso que tudo se resume?—ela não conseguia conter o riso envolto de medo por trás. A pessoa colocou uma de suas mãos no ombro esquerdo da menina e de relance eles tomaram um choque com calafrios assustadores.
—Não se aproxime!—exclamou a garota.
O rosto se afastou virando-se de costas e então falou:
—Pouparei sua vida apenas dessa vez, para alegria de seu pai! Vá e não olhe para trás, nunca mais volte nesse lugar! Ele não te pertence. Espero nunca mais vê-la! Você estando longe eu sossegarei em paz.
— O que você sabe sobre meu pai? Diga-me.
Foi então que ela não viu mais nada como se nada de fato houvesse ali. Um calor desconhecido tomou conta dela e ela certamente não olharia para trás e nunca mais voltaria ali.