Vamos acabar logo com isso!

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Estava fazendo calor. Decido dar uma volta, quem sabe ir no parquinho. O movimento a essa hora era tranquilo. Só tinha criancinhas acompanhados dos pais. Tirei a jaqueta jeans e fiquei com a camesitinha preta a amostra. Me sento no balanço e fico olhando os pais brincarem com seus filhos. Decido me balançar. O vento veio em meu rosto, estava me sentindo melhor.
De repente penso no livro que o Rony me falou. Era uma linda história e trágica também. Tive uma ideia! Vou na biblioteca de Seattle quem sabe não encontro um exemplar. Eram 16:30 tinha bastante tempo até eu voltar pra casa. Me direcionei a bibliotecária.
—Boa tarde! Estou procurando um livro chamado "por trás do amor"...
—Bom não lembro de nenhum livro com esse nome, mas como pode ver sou uma senhora de idade, devo estar esquecendo. Pode fazer pesquisa no computador onde temos livros cadastrados...
—Ok!—digo e me dirigo ao computador.
Assim que sentei olhei para a bibliotecária. Ela era uma senhora, devia ter uns 70 anos e parecia cansada, cuja única paixão era estar no meio de livros. Acessei os dados do computador e digitei " Por trás do amor". Estranho! A página ficou branca, sem resultados. Bem que o Rony me falou que não teria informações na internet. Mas eu esperava pelo menos imagens, resumo da história e principalmente nome do autor ou autora. Apaguei os rastros da minha busca.
Olhei para os lados e só tinha eu na biblioteca. Até a senhora sumiu. Sai dali e fui em direção ao ponto de ônibus mais próximo. Assim que peguei, sentei na cadeira e cochilei um pouco. Depois de uns minutos me acordo com uma freiada brusca. O motorista olhou pra mim e falou:
—O ônibus quebrou! Estou ligando pro meu amigo mecânico vim dar uma olhada. Ele vai demorar se quiser esperar...
—Não se preocupe vou andando, já está perto mesmo...—digo já descendo.
Ainda faltava algumas quadras. As casas estão silenciosas. Nem parecia a cidade agitada dos Estados unidos. Ouço barulhos dos meus sapatos no asfalto. Tudo bem eu estou com um pouco de medo. Seila tava um clima estranho. Apertei os braços para me proteger do frio. Ouço um ruído atrás de mim mas não me viro para olhar. Finjo que estou tranquila, não tem jeito! eu preciso me virar e olhar. E lá estava um cara com uma bandana na cabeça, seu rosto estava amostra. Ele usava um casaco preto folgado e calças pretas rasgadas. O cara sorrir para mim. Vejo seu lábios se movimentarem.
—Noite tensa né! Vamos acabar logo com isso!

Continua...

MalvinaOnde histórias criam vida. Descubra agora