Isso é uma ameaça?

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—Isso é uma ameça?—me exalto.
Rony parece confuso e não só ele, os outros também.
—Malvina...—Thomas pausa.
O que ele quer? Me assustar? Ah não vai adiantar já estou apavorada demais.
Helano toca no ombro de Thomas que o encara de volta.
—Pensávamos que estivesse morto!
—Eu sei...como o professor Barney!—Thomas completa.
Então ele já sabia. Mas e a parte que eu entro? Ninguém falou.
—Escutei um grito assim que desci a trilha. Eu não sabia se eu voltasse ou se seguia. —Thomas fala.
—Eu também escutei!—falo.
—Poise! Você e os outros correm perigo e eu tambem...mas isso não importa! Se algo me acontecer eu não farei falta!
Não era justo ele falar assim. Depois do Erick e o Helano terem se preocupado com ele. E no final alguém pagou o preço por essa brincadeira perigosa!
—Você viu o corpo?—Vicentt se adiantou.
—Não! —Thomas responde rápido demais.
—Bem precisamos sair daqui! A noite não vai demorar a chegar!—Rony comenta.
Isso é verdade as horas que antes eram lentas agora estavam revirando o relógio. Erick seguiu ao lado de Thomas e começou a narrar tudo o que aconteceu depois que todos seguiram seus caminhos. Ele conta também da discussão com Vicentt. Vicentt está mais calmo.
Uma coisa em especial estava me chamando a atenção. Como Thomas sabia da morte do professor Barney se ele não havia visto o corpo? Fiquei tentada a perguntar.
Alguns alunos andam amedrontados. Escuto meu nome bem baixinho. Olho para os outros tentando descobrir quem falou. Mas ninguém me olha. Volto a prestar a atenção na trilha de novo. E mais uma vez a voz falou o meu nome. Olho para os outros pronta pra ralhar com o "engraçadinho". Mas dai eu percebo: a voz falava na minha mente e dizia mais: " Vou te pegar!".
Ninguém ouvia a voz. Era só eu. Olho para um árvore cujo os galhos eram tortos e o caule dela tinha arranhões que pareciam olhos. Ocorreu-me que aquela árvore pudesse ter visto algo. Eu estou louca é isso! Como uma árvore como essa saberia? Nada haver.
Então uma silhueta saiu de trás da árvore. Um homem estava parado e seus olhos me encontraram. Ele vestia preto. Levei um minuto para reconhecer quem era o sujeito. A bandana na cabeça era familiar. O mesmo homem que tentou me matar há dias atrás. Eu fiquei tão fascinada na árvore que nem percebi que parei de andar. Os outros estavam numa distância de 6 metros. Eles nem perceberam que eu parei. Rony ia conversando com Helano na frente para decidirem o que fariam depois.
O sujeito continuou parado e sua boca abriu para falar alguma coisa mas eu fui mais rápida e disparei.
—Socorro!
Continua...

MalvinaOnde histórias criam vida. Descubra agora