Estávamos exaustos quando saímos daquele local onde a discussão aconteceu. Larry fez acusações para tentar se promover. Eu não dei bola para o que ela estava pensando de mim. O que eu queria mesmo era sair daqui e voltar pra minha casa. Já faziam 4 dias que eu havia saído de lá.
Será que titia está bem? Analisando minha situação...ela não poderia estar pior do que eu.
Parece que todos os presentes perderam o sono. Ninguém parecia notar o frio. Helano caminhava do lado esquerdo, bem distante de Larry. Ele a estava evitando. Parece que não fui a única a se sentir ofendida. O céu já avisava que a manhã ia romper. Erick é o mais apressado da turma, ele tem andado na frente.
Me apróximo dele deixando os outros para trás. Quando o ultrapasso sinto algo me puxando, não só eu, Erick também. Alguém grita:
—Lama grudenta...
Estou encolhendo. Vejo Erick sair num pulo. Ele foi mais rápido do que eu. Tento fazer o mesmo mas não consigo. Preciso de ajuda!
Qualquer um poderia ter caido nessa lama. E foi justo eu que azarada!
Rony quebrou um galho de uma árvore e aponta para mim.
—Apoie-se nisso! Não solte!
Helano se aproxima de Rony.
—Tente tirar seu pé esquerdo e deixe o outro como apoio...—ele me disse.
Até o Erick se aproxima para ajudar. Faço como o Helano me ordenou. Com dificuldade tirei meu pé esquerdo e apoiei o outro pra pegar impulso. Rony continuava tentando me puxar. O galho vai se partir. Helano foi mais rápido e puxou o galho junto com Rony e eu saio de dentro da lama.
—Foi por pouco!—digo.
Depois do que aconteceu Rony não me soltou mais. Ele parecia preocupado. Poderia ser comigo, poderia ser com qualquer um aqui, mas noto tambem um pingo de frustração nos olhos dele.
* * *
As coisas estão acontecendo rapido demais. São apenas 5hs e essa brisa de mistério ainda pairava sobre mim. Sinto uma dor no peito. Mas uma dor que nunca havia sentido. Rony percebe e para ao meu lado.
—O que houve?
Hesito. Penso. Respiro e não consigo falar.
—Acho que cheguei...ao meu limite...—digo com dificuldade.
Os outros percebem que paramos e ficam nos encarando. Rony abre a boca para me tranquilizar mas um barulho no mato o interrompe. Um cheiro de podridão surge. Uma figura de capuz preto surge. Um homem...
Percebo Vicentt aflito com o punhal em sua calça lilás. Por mais rápidos que fossem os passos do estranho mas na nossa visão pareciam lentos o que aumentava o terror. Terror! era essa a palavra que definia tudo o que eu sentia. Sem mais nem menos ele descobre o seu rosto. Então Thomas, o senhor problema estava diante de todos nós.
Seu olhar era indefinível. Devia estar passando mil coisas em sua cabeça. Erick o abraça e diz:
—É bom tê-lo de volta!
Thomas responde Erick com um grunido. Seus olhos me procuram e quando me acham ele apenas diz:
—Você —ele aponta— está correndo perigo!
Continua...
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Malvina
VampireMalvina sempre foi curiosa em relação ao seu passado. Mas tudo fica confuso quando ela tem sensações estranhas. Porque ela sente que tem um mistério? O seu eu escondido diz que é hora de se revelar.