Conversa estranha

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Um cara com uma mascara preta estava debruçado em cima dela, da minha tia. Seu olhar encontrou o meu, era frio e violento. Minha tia sussurrou um" Corra!". Eu não conseguia correr! Minhas pernas estavam em choque. Com a faca amostra apontei para o agressor. Ele estava na minha mira.
Ele ficou de pé na cama. Não tive tempo para pensar e joguei a faca mas ele foi mais rápido e pulou sobre a janelas de vidro. Fez um barulho tremendo. Corri em direção a janela e e ele havia sumido nas sombras. Me virei para minha tia e ela estava ensanguentada. Seus braços com arranhões profundo e o rosto também. Queria entender o que acabou de acontecer!!!
—Tia!!!—falei trêmula. —O que ele queria?
Percebi que ela não podia falar ou não queria. Corri em direção ao telefone.
—Vou chamar a polícia...
—NÃO!—foi só o que ela conseguiu dizer.
***********
Depois da noite conturbada meus pensamentos ferviam. Nunca houvera um ataque aqui no casarão. Morava aqui à 7 anos e eu teria ligado pra polícia e ter pedido busca atrás do ladrão. O problema e que eu não conseguir ver o rosto dele. Tia Benna andava com dificuldade. Me aproximo.
—O que foi...aquilo?
—O que você viu? Ou melhor ouviu?
—Bom quase nada ele falava sussurrando. Não entendi nada exceto a parte que ele falava" Seu tempo acabou" nem gosto de pensar no que ele se referia...
—Isso é bom!—ela falou.
—Hã? Estou tentando entender porque esse cara entrou aqui e porque agrediu a senhora, tá poderia se um ladrão! Mas ele roubou alguma coisa? Porque não me deixou chamar a polícia?—digo alto demais.
—É mais grave do que eu pensava!—Tia Benna falava com ela mesma.
—Do que a senhora ta falando?
—Eu pensei que estivesse com a situação todo tempo em minhas mãos...me enganei!
—Não estou entendendo o seu raciocínio tia...olha se quiser falto na escola hoje...—ela me interrompe.
—Vá! não se preocupe comigo...
*Minutos depois*
Estou entrando na escola. E acredite ainda não esqueci da conversa estranha com minha tia. Peguei meus livros no armário e fui em direção a sala de aula. Quando entro noto poucos alunos. Eu cheguei bem cedo. Por volta de 15 minutos o professor Mario entra na sala.
—Bom dia turma! Peguem seus livros de história porque vamos fazer uma boa leitura...—ele fala.
Depois da aula me isolei da turma e fui para o ginásio. Me sento na arquibancada, apesar de hoje não ser educação física os portões da quadra estavam abertos. Queria ficar sozinha para me recuperar da noite passada, aliás se é que vou me recuperar eu a menos não conseguia esquecer. O que minha tia estaria escondendo de mim?

Continua...
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Ta ruim pra Malvina

MalvinaOnde histórias criam vida. Descubra agora