—O que você está fazendo?—Thomas me olha irritado.
—Estou guardando suas coisas para irmos embora!
—Quem disse para irmos embora?—ele continua.
—Hã? eu pensei que já íamos, afinal daqui a pouco vai ficar mais escuro...
—Sou eu quem estou no comando! Eu decido as coisas por aqui!
—Você o líder? —começo a rir— Você precisa de mim!
—Posso muito bem seguir sozinho...—ele me diz.
—Tenho que te lembrar que o professor disse que temos quer ficar juntos?—nos encaramos.
Thomas começa a xingar o professor com palavrões que não valem a pena repetir. Decidimos seguir com a trilha. Confesso estou arrepiada, deve ser do frio que se passa por aqui. Eu poderia desistir e ir pra casa, coisas boas nunca aconteciam desde que cheguei em Seattle. Sempre grudada em minha tia, sem notícias de meus pais. O que ganhei foi um titulo de órfã, ser zuada na escola por não ter pais presentes, e arranjando brigas com garotas esnobes. E agora estou aqui nessa floresta surreal.
* * *
Está bem escuro. Paramos de andar pois nossas pernas estavam bem cansadas. Thomas está com a lanterna. Desde que havíamos discutido ele permaneceu calado durante o caminho. Thomas solta um palavrão, ele pisou em algo. Penso em Rony, como será que ele está?
Estamos debaixo de uma árvore com raízes grossas, joguei um lençol no espaço das raízes e lá fiquei.
—Boa noite!— Thomas fala.
—Boa noite Thomas!—saudo de volta.
Adormeci rapidamente. Depois de algumas horas acordo com sede. Noto que Thomas desapareceu. Vou até sua mochila para pegar a água.
—THOMAS!—grito assim que termino de beber.
Peguei o diário pronta pra denuncia-lo. Anotei que ele havia me deixado só. Arranco a folha em seguida.
—Vou procura-lo.
Estou descalça e o chão estava gelado. Olhei no meu relógio de pulso eram 2:00hs. Fui andando em direção a um vulto. Piso na lama. Merda! Eu nunca tive medo do escuro e sim do que tem dentro dele ou seja pessoas querendo assustar "inocentes".
A lanterna não queria pegar. Acho que estou perdida, está muito escuro! Calma Malvina você nem andou muito! penso comigo.
—Thomas cadê você? —sussurro.
Alguém está vindo! É o Thomas concerteza! Sinto um cheiro no ar. Drogas. Então foi por isso que ele se distanciou. Me afasto para ele não me ver ali. Ele caminha e para.
Continua...
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Malvina
VampireMalvina sempre foi curiosa em relação ao seu passado. Mas tudo fica confuso quando ela tem sensações estranhas. Porque ela sente que tem um mistério? O seu eu escondido diz que é hora de se revelar.