Causando

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O relógio perto de minha cama despertou. Eram 6:15 da manhã. Hora de acordar pra ir pra escola. Má ideia! Justo agora que eu queria dormir mais um pouco. Fui ao banheiro do meu quarto. Assim que terminei vesti meu agasalho preto folgado, o uniforme da escola estava em baixo, pesquei uma calça preta do armário e no fim coloquei minhas botas e pronto!
Me vi descendo as escadas. dobrei a esquerda para a sala de jantar. Me sentei a mesa, que estava enfeitada com doces e bolos que só minha tia Benna sabia fazer.
—Huuum!—resmunguei— esse bolo está maravilhosooo...quero a receita, viu tia.
—São meus segredos culinários!
—Tenho que ir! A escola é longe!
—Tem o dinheiro do ônibus? —titia me pergunta.
—Sim!—digo.
Depois que entrei no ônibus me sentei no assento do fundo. Coloquei os fones no celular e no ouvido. Vaguei na minha própria mente. Alguns minutos depois o ônibus para na frente da escola. Hora de descer!
Bom os corredores estão repletos, vozes aqui e ali. Me dirigo até meu armário n°64. Noto alguns olhares sobre mim. O que foi nunca me viram? Dou uma olhada apressada para os lados para ver se encontro o menino de ontem. Mas percebo que é besteira, a escola por sinal é grande, eu me perderia sem chance de voltar. Entro na sala de aula e procuro um lugar ao fundo. Mas que ótimo!
O professor entra na sala saudando à todos. Ele me olha e se apresenta como Mário, professor de história. Então ele começa a explicar a matéria. Os três primeiros horários se passaram e ainda faltava mais três aulas, mas antes vinha o almoço e é logico que eu estava famintaa. Me virei para ir à lanchonete da escola. Meu olhar procurava o garoto mas nada dele! Desisto! Comprei hambúrguer com bastante maionese. Mais a frente o tal garoto valentão e filho do dono da escola vinha chutando as cadeiras. Que bonito! Deixa o pai dele saber. Me levanto da cadeira e me escondo atrás de uma parede. Noto alunos assustados. Pego meu celular a tempo de filmar ele tentando agredir um faxineiro que ameaça contar para o pai dele. Então disfarçadamente saio em direção a saída. Mas sou pega!
—Malvina?—Ouço uma voz com autoridade.
—Nossa sabe o meu nome?—provoco.
—Sei o nome de todo mundo aqui! não me subestime...
Olho ao redor e ergo uma de minhas sombrancelhas querendo desafia-lo. Ele me olha bem a fundo.
—Esses são meus amigos Thomas e Erick. Ela é aquela garota abusada que falei pra vocês...
—Pare!—ordenei— Não estou interessada em conversar com idiotas...
O tal do Erick me olhou feio e disse:
—Ah você vai deixar ela falar assim?
—Helano diga-me o que fazer e faremos!— agora foi o Thomas quem falou.
Helano ficou um bom tempo me fitando. Foi então que eu tomei as rédias da situação e me dirigi a porta. Simples.

Continua...

MalvinaOnde histórias criam vida. Descubra agora