Impressão é fundamental

10 7 0
                                    

Educação física? É isso que pretendem passar para ocupar horários vagos? Nunca fui boa nisso e confesso não sou nenhuma fã.. Estou sentada botando meu tênis para poder correr em volta do ginásio. Quando eu o vi. Todo desgrenhado. Ele seguiu isolado, até que acertaram uma bola de beisebol na cabeça dele. Deve ter doido óbvio! Fiz menção de me levantar e ajuda-lo mas pensei que talvez ele não queria minha ajuda.
Deixei a ideia de lado e me voltei ao professor que levava uma listagem de nossos nomes. Assinei meu nome Malvina Martinez. Dei uma olhada para os outros nomes. E lá estava. Erick Carter, Helano Thompson, Thomas Sanders. Affs Helano, ainda não o vi. Estou dando a quinta volta pela quadra. Paro um pouco e me volto para a arquibancadas.
Helano vem com uma menina. Eles estão de mãos dadas, ela é até simpática. Eles estão rindo tanto. Sera que é de mim? Não tô nem ai, alguma vez me importei com a opinião que não fosse de minha tia? Dez minutos depois estou na fila do bebedouro esperando chegar a minha vez. E quando me aproximo Thomas vem na minha frente beber água. Espero ele terminar para repreende-lo.
—É falta de educação furar fila!— ele me ignora.
Ele se acha com aqueles olhos grandes e claros. Bebo minha  água e saio da fila. Estou no corredor quando escuto vozes vindo da sala de informática. Helano e a menina concerteza! Já não basta aquelas risadas de deboche. Me aproximo certa do que vou fazer.
A menina que estava com ele diz cochichando:
—Adoro quando faz isso!—Foi o que deu pra mim ouvir.
—Você me enlouquece...amo você! — Para de falar garota penso comigo.
Espero a resposta dele e ela mais ainda.
—Você quer saber se eu te amo?—Ele pergunta.
—Eu disse eu te amo e você tem que me dizer o mesmo.
Ridículos. Saio antes de ele falar. Continuo seguindo e já estou no mural. Visita à biblioteca amanhã. Hum vai ser legal! gosto de livros. Fecho meu armário e saio em direção aos portões da escola. Olho para o céu e ameaça chover. Preciso pegar o ônibus logo. Chego em casa ensopada. O ônibus sempre me deixa no começo da rua do casarão. Minha tia arregala os olhos ao me ver toda molhada.
—Nosssa!—ela exclama.
—Tia quero um casaco quentinho e aceito até um chá daqueles que a senhora faz pra dormir...
—Precisa é de um guarda-chuva! Vou providenciar...
—Não precisa! Não gosto de guarda-chuva.
Ela me olha mas sei que ela discorda.

Continua...

-------------------------------------------------------------
Lembrando que estou repostando essa história. Conforme forem visualizando eu vou postando capítulos diariamente...

MalvinaOnde histórias criam vida. Descubra agora