Atados

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—Não creio que eles sejam tão rápidos! E fomos os primeiros a sair na frente...—digo
—Eu sei! Só estou tenso! Não quero que seja tudo em vão...—ele me olha.
—Não vai ser! Vai ficar tudo bem!—digo.
Se bem que eu não sei nem o que vem pela frente. Mas um de nós tem que pensar positivo.
—Vamos comer!—Thomas me chama.
Me sento em cima das folhas secas e Thomas também só que um pouco distante.
—Queria saber do Rony!—comento.
—O garoto é esperto! Ele sabe se cuidar!
—Você parece conhecê-lo!
—Somos da mesma sala!—Thomas ri.
Não gosto dessa versão sarcástica de Thomas mas não falo nada.
—Vi ele pinchando seu armário!
Congelo.
—Você tá mentindo!—digo brava.
—Você deve achar que é implicância minha...—interrompo ele.
—E é...
Será que ele vai se levantar com raiva e me deixar na mão.
—Não vou discutir!—ele dá de ombros.
Assim que terminamos de comer, bebemos água para nos hidratarmos e seguimos caminho. A noite estava de volta. Mas o tempo parece lento.
—Estou começando a ver algo!—Thomas sussurra.
Estou confiante de que estamos bem perto. Continuamos andando, nessas alturas olho para trás de mim e está só um breu. Thomas solta um palavrão.
—CARALHO!
—O que foi?—me viro para a frente assustada.
—Está sem saída!
Olho para uma rocha graúda bem na nossa frente. O que essa pedra faz aqui? Thomas até tenta empurra-la mas é grande e alta demais. Se conseguíssemos escalar ela poderíamos chegar do outro lado.
—Não acredito que ficamos andando por horas para no final a trilha estar bloqueada por uma rocha!—Thomas diz com raiva.
—Presta atenção em cima pode ter passagem...
—Mas ela é alta DEMAIS!!—exclama Thomas
Ele está bem nervoso.
—E agora? —pergunto.
—Vamos violar a regra! Vamos voltar e ir atrás dos outros, iremos perder tempo mas não temos opções no momento...
Está difícil de enxergar o caminho de volta.
—Me dá a outra lanterna!—ele me pede.
Dou para ele. Mas parece que não quer funcionar.
—Esse é o seu plano?—provoco.
—Tem outro? É obvio que teremos que voltar!!
Ele amassa o mapa e joga no chão.
—Vamos nos perder sem esse mapa!—digo alto demais.
—Não quero te assustar mas...já estamos perdidos! Nossa única saída é encontrar os outros...
Olho para o mapa amassado e lembro dos primeiros minutos que entrei naquele ônibus. Vi todos animados. Achando que isso aqui seria uma diversão e até agora nada disso ta sendo uma diversão. Minha mente está longe e esqueci que Thomas está na minha frente falando alguma coisa.
—Esquece Malvina foi bom estar com você... Mas a nossa parceria acaba aqui! Adeus!—Thomas me fala e some no escuro. 
Continua...

MalvinaOnde histórias criam vida. Descubra agora