Arrogante, egoísta, nojento e sem limites. Essas são as perfeitas palavras que eu usaria para descrever Jason Foster.
E eu, Madison Collins - morena, olhos verdes, 1,66 de altura e... eu não vou te contar meu peso -, não esperava que meu irmão iria...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
- M A D D I E - 30 de novembro, segunda.
Estava estampado na minha cara, em luzes neon e tudo, que meu dia mal tinha começado e já estava horrível. Na primeira olhada que Dakota me deu, naquela segunda nublada em St. Philip, ela notou. Provavelmente umas três pessoas notaram também, já que a cara que ela fez foi a mais exagerada possível de nojo misturado com confusão e quase gritou "credo, quem morreu?".
Talvez minha dignidade? Meu autocontrole?
Puxei seu braço o mais depressa possível, arrastando Dakky para o armário do zelador e fechando a porta. Minha amiga continuava confusa e, depois do que eu fiz, um pouco preocupada.
Resolvi que Dakota me conhecia bem demais para eu continuar mentindo para ela. Fora que ela seria uma grande ajuda na minha nova recuperação.
E sem contar que normalmente meu porto de desabafos estava sendo Jason Foster, isso tinha que parar. Ele provavelmente já nem me aguentava o tempo todo reclamando e choramingando no seu ouvido. Foi algo momentâneo e necessário, agora já poderíamos seguir nossas vidas, como eram antes.
Dakky sempre esteve lá por mim, e não que eu fosse parar de atualizar Jay, mas é melhor me apoiar com mais frequência no confiável e conhecido. Contei a história toda e observei minha amiga absorver as palavras, piscando os olhos esverdeados algumas muitas vezes, como se juntasse várias peças de um quebra-cabeça.
— Bom... Você está melhorando e é o que importa. — Dakky sorriu, me confortando, mas logo ficou séria. — Sabe, você tem que começar a me falar essas coisas. Eu posso e quero ajudar.
— Obrigada, Dakky. Eu espero que não aconteça de novo, mas vou falar sempre com você. Inclusive, a partir de agora você não vai me suportar mais de tanto falar. — Brinquei, já abrindo a porta do cômodo pequeno e escuro.
— Você acha que eu iria reclamar de alguém que fala muito? Maddie, meu amor, falar é a melhor coisa da vida, eu nunca canso. Hipocrisia não é comigo. Pode falar até quando... — A voz da minha amiga se perdeu, quando minha atenção focou no outro lado do corredor. Emmet estava rindo, apoiado na frente do armário de um dos amigos. Meu coração apertou na hora, só de lembrar da situação que estávamos. Dakota notou e parou de falar suspirando e passando um dos braços pelos meus ombros. — Não se preocupe com ele. — Ela meio que sussurrou. — Em te ama. Por isso está assim com você, ele tá machucado.
Olhei para baixo e comecei a andar junto com Dakky para a nossa primeira aula, ainda aflita e mordendo meu lábio.
— Eu não sei não... Eu nunca vi meu irmão assim antes. — Senti as lágrimas se acumulando nos meus olhos, mas respirei fundo e elas sumiram. — E se eu estraguei tudo pra sempre? — Minha voz quase não saiu.
