Arrogante, egoísta, nojento e sem limites. Essas são as perfeitas palavras que eu usaria para descrever Jason Foster.
E eu, Madison Collins - morena, olhos verdes, 1,66 de altura e... eu não vou te contar meu peso -, não esperava que meu irmão iria...
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- M A D D I E - 6 de dezembro, domingo.
Eu ainda estava na cozinha comendo meu iogurte com granola quando Jason foi até seu quarto buscar algo que, segundo ele, era essencial para me contar todo o seu rolo com West Palm Beach.
Ele voltou de lá com um envelope na mão e uma cara nada boa. Jason me avisou que não era uma história feliz e isso me assustava um pouco, mas a curiosidade era maior.
Jay abriu o envelope e tirou uma foto impressa de lá. Era um prédio com uns quatro andares. Parecia velho e gigantesco para os lados, com muita grama em volta, como o campus de uma faculdade.
— É lindo. — Comentei analisando a foto.
— Sim, essa é a faculdade que meu pai ensinava. Eu adorava ir no campus quando era pequeno, até hoje me acalma um pouco. — Jason explicou com uma expressão meio triste. — Estou aplicando pra lá, tentando uma bolsa pelo futebol, é o único jeito que eu tenho de entrar porque pagar não é uma opção.
— Seu pai é professor?
— Sim, de cálculo. E minha mãe contadora. — Ele deu um meio sorriso.
Estava explicado de onde vinha o talento de Jason para matemática.
— Então foi daí que você puxou? — Perguntei e ele assentiu.
— Matemática era tipo uma religião para os meus pais.
— Dinheiro é a dos meus. — Falei sem nem pensar e suspirei triste, pedindo para que Jay continuasse.
— De uma maneira mais resumida... — Jason puxou uma outra foto do envelope, uma que eu acho que é dele mais novo, um garotinho loiro, com os olhos azuis e um sorriso de quem vai aprontar algo. — Eu vou em West Palm visitar o meu irmão.
Meu queixo caiu.
— Você tem um irmão?! Eu não tinha ideia.
— Sim, o nome dele é Ben, ele tem quase treze anos. — Jason sorriu para a foto, parecia realmente gostar muito do irmão. — É uma versão minha menor e mais esperta, acredite se quiser.
— Okay, quero distância. — Jason genuinamente riu, mas logo voltou com a cara triste quando eu continuei falando. — E por que ele mora lá? E onde os seus pais moram agora?
— Em lugar nenhum, Maddie. — Senti lágrimas sendo automaticamente criadas pelo meu corpo. — Há dois anos teve uma tempestade tropical e um poste caiu em cima da nossa casa. Os dois estavam na sala, choque elétrico. Eu e meu irmão estávamos na escola quando o governo proibiu a saída. Ficamos presos lá por bastante tempo e já chegamos em casa com um monte de policiais e ambulâncias por todo lado.
