43 | NARRADOR.

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I never craved attention,
until I tasted yours.

- M A D D I E -4 de janeiro, segunda

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- M A D D I E -
4 de janeiro, segunda.

Era como estar em casa. Tudo no auditório me trazia lembranças boas.

Até o camarim em que eu e Jason passamos quarenta minutos nos preparando, me lembrava dos surtos pré peças, que eram desesperadores e deliciosos ao mesmo tempo.

Dos minutos disponíveis, passamos os cinco primeiros discutindo um
com o outro, de maneira falsa, para que as pessoas do lado de fora pudessem ouvir. Eu quase não consegui segurar meu riso, mas eu e Jason tínhamos talento para brigar, mesmo depois de tudo.

Os próximos dois minutos foram de Jay me beijando e eu tentando resistir, insistindo que precisávamos ensaiar. Ele fez uma careta mas aceitou.

E depois disso nós realmente escolhemos uma parte, o que foi fácil, já que eu conhecia "Nossa Cidade" muito bem, e começamos a ensaiar juntos.

Ele como George e eu com Emily.

Dois adolescentes de famílias vizinhas na cidade de Grover's Corners, em New Hampshire, no início do século vinte. Ela responsável, boa em matemática e um dom para palestras. Ele um jogador de beisebol, sonhando em ser dono de uma fazenda, presidente da sala e com uma inocência e doçura admiráveis.

— É sério isso? — Jason fez uma careta. — Você que vai me ensinar matemática? — Ele falou brincando, com uma falsa arrogância. — Acho que eu deveria ser Emily e você George.

— Cala a boca. — Joguei nele um papel amassado que tinha do meu lado, com ideias que tivemos mas descartamos.

Eu ri e ele se arrastou no chão – estávamos sentados nele, com vários papéis e scripts nos rodeando –, ficando mais perto de mim.

— Okay, a gente vai se apaixonar. — Ele me abraçou de lado. — E como é o fim da peça?

— Vamos casar. — Ele beijou meu ombro, murmurando um "hmm" com um sorriso. — E vamos ter filhos. — Ele repetiu o gesto, beijando meu pescoço dessa vez. — E aí eu vou morrer.

Ele ia me dar outro beijo, mas parou, me olhando em choque

— Calma, o quê?! — Sua expressão murchou completamente e eu assenti. — Emily morre no final?

— Sim, é uma peça sobre luto. — Dei de ombros.

— Que horror! — Ele fez uma careta. — Não gostei, tem outro casal pra a gente interpretar?

— Não, Jason, deixa de coisa. — Revirei os olhos. — Vamos passar mais uma vez.

E assim fizemos até que uma batida soou no nosso camarim.

— Jason e Madison, no palco em dois minutos. — Alguém falou e nós juntamos as coisas antes de sair e esperar na coxia.

— Respira, Jay, você vai arrasar. — Falei, notando o agito do meu namorado ao meu lado.

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