36 | APENAS COMEÇANDO.

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Baby, you and me
stumbling in the street.

Baby, you and mestumbling in the street

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- M A D D I E -
25 de dezembro, sexta.

Emmet sempre amou o natal. Desde que éramos pequenos, meu irmão sempre me acordava antes mesmo do sol nascer pra correr escadaria abaixo e começar as comemorações.

E sempre foi assim. Em fazia de tudo para que o melhor dia do ano sempre fosse o natal, e ele conseguia toda vez. Os presentes, as comidas, as decorações, a energia...

Mas minha parte favorita era o brilho nos olhos que ele ganhava durante o dia, a partir do momento que me dava "feliz natal".

Era muito difícil imaginar qualquer cena para aquele dia sem ser o apartamento cheio de luzes, decorações vermelhas e verdes em cada centímetro, cheiro de biscoitos por todo lado e pijamas combinando enquanto trocávamos presentes.

Esse ano, porém, eu não acordei às cinco da manhã, o apartamento não passava de um lugar vazio e Emmet não tinha nenhum vestígio de brilho nos olhos.

Nossa noite de natal não poderia estar mais distante do tradicional: eu, ele e Jason em uma sala completamente branca com uma janela para a cidade iluminada de Washington e um relógio de parede que parecia querer me torturar.

Cinco minutos. Emmet deveria ter sido chamado cinco minutos atrás para seu pré-operatório.

— Onde está Ben? — Perguntei, por não aguentar o silêncio que se instalou na gente.

— Ele tem um probleminha com hospitais. Desde que nossos pais... — Jason não completou a frase, apenas limpou a garganta e continuou a andar de um lado para o outro de uma forma nervosa. — Benny ficou no hotel, tem um lugar de crianças lá, tipo um clube.

Murmurei em afirmação, voltando a observar as paredes, em silêncio.

— O hotel de vocês é demais. — Em comentou, com um sorriso. — Mas espero que aproveitem a cidade e não fiquem muito tempo lá. Cara, Washington é ótimo. Curtam por mim.

Senti um peso gigantesco. Emmet era a pessoa que iria fazer a cirurgia entre nós, ainda assim, era o que parecia mais tranquilo.

Mas era falso. Eu notava seu olhar perdido e sua respiração nervosa, mesmo que ele tentasse esconder. Em estava com medo.

Me levantei da minha poltrona e andei até ele, puxando a mão do meu irmão, para que ele fizesse o mesmo que eu.

— Anda, levanta. — Falei depois de receber uma encarada confusa.

Em levantou e eu apenas o abracei com força. Senti seu corpo tencionar e relaxar em seguida, quando ele entendeu o que eu estava fazendo e retribuiu. Ficamos alguns segundos assim, até uma porta abrir e uma médica entrar e pegar alguns papéis em uma bancada, mas sem falar nada.

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