10 de Outubro de 2002
Mais de um ano se passou desde que Min Yoongi e sua família se mudaram para o mesmo bairro da família Kim, e foram pouquíssimos os dias em que o membro mais novo da família não apareceu na casa vizinha durante esse período.
Como suas aulas na escola nova começaram alguns dias logo depois de se mudar, sua relação de amizade com Taehyung ainda não era tão forte, então ainda não ia direto pra casa alheia depois da escola. Porém foi preciso poucos dias pro pequeno alfa aceitar a presença constante e alegre do ômega e passar a andar sempre com ele na escola. A verdade é que, de certa forma, quando está perto de Yoongi, Taehyung se sente mais confiante e um pouco menos tímido do que normalmente se sente, e se sentir assim lhe instigou a dar uma chance pra que ele se aproximasse de si cada dia mais.
O resultado desse voto de confiança de Taehyung foi, a partir do meio do mês de setembro, sempre fazer sua mãe esperar pelo pequeno ômega no portão da casa alheia pra irem juntos de carro pra escola, andar sempre grudado a ele nos intervalos e sempre sentar ao lado dele na sala de aula. Na saída, Kim Yong-Hee sempre espera pelos dois encostada em seu carro cinza com um sorriso no rosto, já que nunca viu seu filhinho tão radiante como nesses últimos meses.
Radiante, confiante, faladeiro, sorridente, alegre e comunicativo. Tudo isso é por causa da influência positiva de Yoongi sobre Taehyung.
E aquele começo de tarde de outono não foi em nada diferente de todas as outras: Yong-Hee está encostada em seu carro, esperando pelos seus meninos pra levá-los pra almoçar em um de seus restaurantes preferidos da cidade. Como o vento está mais frio, por causa da mudança brusca de estação, trouxe também dois casacos extras de Taehyung pra protegê-los melhor do vento frio. Sentindo o vento bagunçando seu cabelo, sorri ao ver os dois correndo pela rampa da entrada da escola em sua direção.
- Hee, seu cabelo está engraçado assim! - Yoongi diz, rindo, ao ver o cabelo castanho da mulher ficar todo bagunçado por causa do vento.
- O seu também está, Yoonnie! - a mulher responde, também rindo e esticando a mão pra acariciar o cabelo preto do pequeno ômega, que abraçou sua cintura. - O seu e o de Tae também.
- Mas o meu cabelo não fica tão bagunçado quanto o do hyung, mamãe... Ele é muito grande... - Taehyung murmura com um biquinho nos lábios, passando a abraçar o outro lado da cintura da mais velha, querendo aquele carinho da mais velha também.
Yong-Hee ri baixinho e se abaixa, fazendo carinho no cabelo de Taehyung também antes de beijar as testas dos dois sapequinhas na sua frente. Qualquer pessoa que passasse por eles e visse essa cena, afirmaria com 100% de certeza de que se trata de uma ômega com seus dois filhotinhos, por causa do jeito extremamente carinhoso que Yong-Hee faz questão de tratar tanto Taehyung quanto Yoongi. Mas, além de a afirmação estar errada porque Yoongi não é filho de Yong-Hee, também está errada porque, na verdade, a mais velha não é uma ômega.
Contrariando todo e qualquer estereótipo da sociedade alfa, beta e ômega, Yong-Hee é uma alfa extremamente gentil e de personalidade doce, como uma ômega "deve ser" aos olhos da maioria e o completo oposto de como uma alfa "deve agir e ser" aos olhos dessas mesmas pessoas. Esse seu jeito, totalmente diferente do que qualquer rótulo dessa sociedade tenta impor sobre as pessoas, foi exatamente o que conquistou o falecido pai de Taehyung, Kim Yeosang. Os dois se amavam tanto que, mesmos após 6 anos terem se passado desde a morte de Yeosang, Yong-Hee nunca mais se relacionou com outra pessoa desde então.
- Coloquem esses casacos aqui - a mais velha pede, tirando a mochila primeiro do ombro de seu filho e colocando a jaqueta azul no lugar, fazendo o mesmo com Yoongi logo em seguida. - Esse vento frio não pode derrubar esses dois meninos tão fortes, não é?
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Heartbeat • TaeGi/JiKook
Fanfiction[EM ANDAMENTO] A família Min se mudou para o mesmo bairro da família Kim em 2001, quando os filhos de ambas as famílias iriam completar 6 anos de idade. O que começou como apenas uma cordialidade, afinal as duas famílias seriam vizinhas uma da outra...