𝑿𝑰𝑰𝑰. 𝑯𝒆𝒚, 𝒘𝒉𝒂𝒕 𝒉𝒂𝒑𝒑𝒆𝒏𝒆𝒅?

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𝖼𝖺𝗋𝗈𝗅𝗂𝗇𝖺 𝖼𝖺m𝗉𝖻𝖾𝗅𝗅

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𝖼𝖺𝗋𝗈𝗅𝗂𝗇𝖺 𝖼𝖺m𝗉𝖻𝖾𝗅𝗅.

No dia seguinte, me assustei com um estrondo vindo do andar de baixo, me fazendo despertar daquela maneira

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No dia seguinte, me assustei com um estrondo vindo do andar de baixo, me fazendo despertar daquela maneira. Malditos preparativos.

Resolvi me levantar e observar a janela, para me deparar com várias pessoas apressadas, entrando e saindo da casa, com objetos, vasos de flores e instrumentos. ça simples em meu cabelo e calcei minhas botas. Peguei minha mochila, checando se tudo estava em ordem e desci as escadas, desviando de algumas pessoas que passavam com uma mesa retangular gigante.

- Bom dia. - Saudei minha mãe e ela me deu um abraço animado. Apontando onde um homem deveria deixar um candelabro gigante, que tinha vários cristais e os lugares para posicionar as velas.

- Bom dia, meu amor. Não se esqueça de ir para Charlottetown depois da escola, vocês têm um horário marcado com a costureira. - Ela relembrou. Minha mãe gostava que tudo seguisse um plano perfeito, falhas eram algo totalmente descartado. Assenti e me dirigi à sala de jantar, vendo que meus irmãos já tinham terminado de comer.

- Vocês já levantaram? - Perguntei estranhando aquilo, estava bem cedo ainda. Arrumei o guardanapo em meu colo e peguei uma xícara de leite.

- É impossível dormir com tanto barulho, acredite, eu tentei. - Louis disse meio rabugento me fazendo rir, quase me engasguei com o leite.

- Eu acordei tão assustado, que cheguei a cair da cama. - Harry falou, mostrando um local vermelho em sua testa. Eu e Lou rimos de Hazza, enquanto eu voltava a desfrutar do meu café.

- Temos que ir na costureira hoje, alguém sabe onde fica Charlottetown? - Questionei passando o guardanapo nos cantos da minha boca, retirando as migalhas de pão que tinha ficado ali.

- Eu sei, teremos que pegar o trem. - Louis respondeu e eu assenti. Confesso que essa rotina está se tornando exaustiva. Todos os dias temos coisas para fazer, mal tenho tempo pra mim.

Terminamos de comer, nos despedimos de nossos pais e fomos para a escola. Eu resolvi retomar minha leitura do livro de poesias de Edith Wharton, costumo escrever alguns em meu caderno, são tão profundos e eu gosto de lê-los de vez em quando para me inspirar a escrever. Harry tentava esconder o hematoma de sua testa com o cabelo ondulado, enquanto Louis desenhava um de seus vários projetos de arquitetura em um de seus cadernos.

Ao chegarmos na pequena construção, andei mais um pouco me deparando com a árvore do outro dia. Dei um pequeno sorriso. A árvore estava um pouco distante da escola, dando algum tipo de privacidade e tranquilidade. Caminhei até lá e vi alguém sentado, olhando o horizonte nublado que estava à frente.

- Sabe, não tem a menor graça roubar o esconderijo de outra pessoa. - Brinquei assim que reconheci o corpo de Gilbert, sentado ao pé do tronco. O garoto levantou seu olhar, porém seu sorriso enviesado não estava ali, como era de costume. - Ei, o que houve? - Perguntei vendo que algo estava errado. Ele olhava fixamente para o horizonte, com uma feição vazia. Me sentei ao seu lado, esperando que ele se sentisse confortável para falar.

- Eu briguei com um dos meus melhores amigos e ele foi embora... - Ele disse num tom melancólico e quase choroso. Observei que Gilbert tem amizade com muitas pessoas e eu comecei a me perguntar qual de seus amigos tinha ido embora.

- Sebastian? - Questionei, me lembrando do homem que veio à nossa escola a alguns dias atrás. Eles pareciam ser bem próximos. Gilbert assentiu positivamente, ele parecia estar se sentindo culpado.

- Eu sou um péssimo amigo. Eu trouxe ele para Avonlea e propus sociedade na administração da fazenda. Me sentia tão solitário e melancólico o tempo inteiro, que eu estava me sentindo cansado de tudo aquilo. Nós construímos uma amizade tão verdadeira e pura, que agora que ele foi embora, sinto o quão injusto eu fui com alguém que me faz tão bem. - Seu olhar triste ainda estava presente. Ver ele assim, chateado, teve algum tipo de impacto em mim. Gilbert é meu amigo, e eu realmente não queria que ele estivesse desse jeito.

- Ei, não diga isso, por favor. - Peguei em seu braço e depositei um carinho com meu polegar no local. - Você é um ótimo amigo. Errar é normal, é humano. Você só precisa se desculpar com ele. - Falei encarando seu rosto e ele desviou o olhar da paisagem para mim. Ele olhou nos meus olhos profundamente e assentiu com a cabeça, dando um pequeno sorriso depois.

- Preciso encontrá-lo. - Ele murmurou para si mesmo, porém eu consegui escutar claramente.

- Quer ajuda? - Questionei e ele ficou pensativo por um tempo. Eu realmente queria ajudá-lo. Seria mais interessante que ficar esperando o horário da costureira, que iria nos atender. Eu vou sim tirar as medidas do vestido, porém vou ajudá-lo primeiro.

- Seria bom, obrigado. - Ele deu um sorriso rápido para mim e eu retribui. Retirei minha mão de seu braço e o acompanhei em seu silêncio. Não era desconfortável, era apenas sereno.

➸ Espero que tenham gostado, deixe sua estrelinha 💕

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➸ Até o próximo capítulo 💕

𝕾𝗪𝗘𝗘𝗧 𝕮𝗥𝗘𝗔𝗧𝗨𝗥𝗘, gilbert blythe.Onde histórias criam vida. Descubra agora