Capitulo 17.

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Finalmente termino os últimos detalhes para a apresentação de sábado. Fecho o computador, me despeço de Sofya e me encaminho para a sala de Bailey como o combinado.

Bato na porta três vezes devagar e a voz rouca dele me manda entrar.

-Olha, ela lembrou do combinado! - Ele ri.

-Aí, Bailey! Sou esquecida mas nem tanto assim vai.- Rio fraco e sento no sofá de canto da sala.

-Vou só terminar essa conta e vamos, tudo bem?- Ele soa leve.

-Uhum- Respondo. Por algum motivo ele consegue ficar ainda mais sexy concentrado..

-Bina, vem aqui por favor. - Levanto-me e chego até ele, ficando parada em pé ao seu lado.

-Chega fico nervosa quando você tá fazendo esses cálculos. Imagina quando me chama pra ver!- Rio.

-Não disse que era problemas com cálculos...- Bailey me puxa pela mão e me senta no seu colo, me beijando logo em seguida. Como sempre, apesar da minha cabeça saber que é errado eu nunca consigo resistir aos beijos dele.

-Tá, agora deu! - Separo o beijo e ele faz um bico. -May! Você sabe que isso é errado... não me olha assim!

-É mais forte que eu, amor! - Rio involuntariamente com o apelido.

-Repete.

-É mais forte que eu?

-Isso não! Oque você me chamou.

-Amor. Meu amor, só meu!- Me enche de beijos na bochecha desta vez.

-Assim você me deixa sem condições de resistência, Mailey Bay! - Ele ri com a minha fala. -Agora vem que a gente precisa ir,senão vão desconfiar do que a gente tá fazendo a tanto tempo aqui sozinhos. - Levanto.

-Bem que eu queria estar fazendo oque eles estão pensando. - Sorri safado e eu dou um tapinha nele.

[...]
Bailey nos deixa em casa e ao adentrar a mesma o cheiro de bebida fica em evidência.

-Tyler?- Chamo por ele.

-Ew, mami! Que cheiro ruim.- Ella tampa o nariz e concordo com ela.

-Chegaram tarde, né?- Tyler aparece na sala completamente alterado pela bebida e com alguns chupões fortes marcados em seu pescoço.
Ele chega mais perto de nós duas e eu me afasto por impulso.

-Tyler, oque está acontecendo aqui?- Pergunto seria e Ella se esconde atrás das minhas pernas.

-Já que você sai tanto com o seu "amigo" - Faz aspas na palavra. -Eu me diverti um pouquinho. Bebi e trouxe umas garotas de programa para cá.

-Vai tomar um banho. Agora!- Aponto para o banheiro.

-Opa, opa! Já chega querendo mandar, gatinha?- Ri sarcástico, seu hálito cheirava à vodka. Tyler se aproxima ainda mais e segura meus pulsos com uma certa força.

-Me . solta- Falo pausadamente.

-Não vou te machucar, amor!- Ele não percebe a força que está fazendo.

-Você ESTÁ me machucando, Tyler!- Percebo meus pulsos vermelhos.

-Mami, aguenta aí!- Ella sai correndo como um vulto para fora de casa.

-Iiiiih, a pequena já era! Mal sabe atravessar uma rua, vai ser atropelada. -Ri.

-Você está rindo? Ela é sua filha!- Lágrimas insistem em sair.

-Só achei engraçado, bebê. Nada demais...- Me olha indiferente.

E de repente, Tyler foi jogado no chão e meus pulsos foram soltos. Como um vulto, vi Pepe socar o rosto dele no chão. Ella ainda estava fora de casa com a irmã de Pepe, nosso vizinho.

-Pepe!- Sorrio ao vê-lo, mesmo ainda chorando e trêmula.

-Vem cá. Agora está tudo bem, ou melhor, vai ficar tudo bem Chirris!- Ele me abraça com cuidado para não machucar ainda mais meus pulsos feridos por Tyler.

-Ella- Corro para fora da casa e abraço minha pequena.

-Que susto, mami!- Ella chorominga no abraço.

-Eu também tomei, amor! Você salvou a gente! - Sorrio confiante para ela.

-Saby, acha melhor ligarmos para a polícia agora?- Aranza, a irmã de Pepe, pergunta olhando para a casa.

-Não. Eu quero esperar ele acordar e conversar com ele! Esse não é o meu Ty.

-Sabina, você tem certeza disso? Ele quase te matou!- Pepe me olha preocupado.

Sempre fomos amigos, desde pequenos, todos do bairro sempre achavam que tínhamos alguma coisa a mais. Na verdade, chegamos a namorar aos quatorze anos mas não passou muito disso....
Desde então, somos amigos! Apenas isso, amigos. Ele é como um irmão para mim e sempre está por perto (literalmente hahaha).

-Tenho. Aranza, você fica com Ella? E pepe você pode vir comigo, caso aconteça algum imprevisto novamente?- Pergunto e ambos assentem.
Respiro fundo para adentrar a casa e Pepe puxa meu braço.

-Ei, não fica com medo tá? Eu estou aqui para te proteger.- Sorri meio fraco e me abraça de lado. Então adentramos a casa juntos e apenas esperamos Ty acordar.

Long years without him- SabileyOnde histórias criam vida. Descubra agora