Capitulo 40.

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Sabina:
Como uma boa semana pré-natal, sete dias passaram voando. E aqui estamos nós, a caminho da casa dos meus pais. Ella dorme tranquila como sempre e eu ouço uma playlist baixinha enquanto entro em um dos condomínios mais ricos de Irvine, onde ficava a casa dos meus pais.

Paro o carro na frente da casa deles, já avistando o motorista de Ale me esperando para ajudar com as malas.

-Oh minha menina! Que bom que chegaram.- Monique sai da casa em disparada me abraçando.

-Moni, que saudade!- Retribuo o abraço. -Tem alguém em casa?

-Dona Ale e seu Fernando estão no trabalho, então não tem ninguém não!- Responde entrando em casa comigo. Ella ainda dormia no meu colo.

-Vou subir para deixar Ella lá em cima e descansar um pouco, já desço.- Assente. Subo as escadas e entro no meu quarto.
Coloco Ella deitada na cama e deito junto, abraçando -a. Infelizmente, Linsey não mora mais aqui depois do casamento, ou seja, somos nós duas e eles.
[...]
Me assusto ao despertar e perceber que já escureceu, estranhamente Ella ainda dormia tranquila. Pelo jeito, a noite vai ser ótima pra mim...

-Filha, vamos acordar?!- Dou beijinhos nela.

-Não quero.- Vira de lado. Toco em sua testa e sinto-a quente, provavelmente febre. Pego ela em meu colo e desço para falar com Moni, com certeza ela sabe oque fazer.

-Acordaram! - Sorri ao nos ver entrar na cozinha.

-Moni, achei a Ella quente e mole. Pode me ajudar?- Ela se aproxima preocupada e beija a testa da pequena para verificar se estava mesmo com febre, como ela faz comigo desde pequena.

-Vou preparar uma sopinha e pode dar uma colherzinha daquele remédio ali na prateleira. Não deve ser nada demais!- Já começa a pegar os ingredientes.

-Ah pronto, agora é assim. Chega e nem fala nada! - Ale entra na cozinha.

-Bom te ver também! - Sorrio cinicamente.

-Monique, preciso que prepare um chá verde para mim e coloque a mesa lá fora que receberei minhas amigas do clube hoje. - Ordena.

-Sim, senhora! Só deve demorar um pouquinho porque eu preparo a sopinha da Ella e depois faço.

-Faça primeiro o chá então . - Fala simples.

-Mas ela está doentinha, Dona Ale.- Fala com pena.

-Que seja então, mas agilize.- Sai da cozinha.
[...]
Dou a sopinha de Ella na cozinha, tentando entrar o menos em contato possível com minha "mãe". Com meu pai não tinha muito problema, mas acho que ele ainda não chegou em casa.

-Muito bem, meu amor!- Dou a última colher de sopa para Ella.

-A gente pode ir pro quarto, mami? To cansada. - Pede meio mole. Pego a pequena no colo e saio do cômodo.

-Sabina, venha cá!- Ouço a voz de Ale me chamar para perto de uma roda de amigas peruas dela. Todas ali já eram rostos conhecidos, apesar de nunca gostar delas não podia evitar a frequência de todas por aqui.

-Filha, a gente vai rapidinho.- Sussurro no ouvido de Ella.

-Olha só, como está grande! Nem sabia que você tinha uma filha, Sabininha!- Lisa, uma delas, fala comigo.

-Pois é, faz um tempão mesmo! Essa daqui é a Ella, geralmente não é tão quietinha assim, mas está meio doentinha. - Explico e apresento minha bebê.

-Oi, pessoal!- Ella acena e todas quase morrem de fofura.

-Olá, querida! E o seu segundo, já sabe o sexo?- Marie, outra delas, questiona.

-Ainda não! Provavelmente após as festas eu irei fazer o exame.- Respondo tentando ser o mais simpática possível.

-E o pai deles, onde está?- Margot, mais uma, começa com as perguntas típicas das amigas que frequentam as reuniões de Ale.

-Está em Los Angeles trabalhando. - Respondo, afinal Bailey é o pai dos dois, né?!

-E sente falta dele, Ella?- Lisa toca devagar na pequena.

-Muita. Eu amo o meu pai, e a minha mãe também! Sabia que eles não tão mais de mal, tia?- Sorri para ela. Como que Ella percebe tudo assim?

-Que notícia boa, bonequinha! - Sorri para ela. Lisa sempre foi a minha favorita de todas aquelas, ela era diferente mas infelizmente não largava aquele grupinho do mal.

-Muito bom rever vocês, mas preciso cuidar dessa mocinha aqui. Boa noite, tias!- Sorrio e aceno para elas.

-Tchau, querida!- Algumas falam e outras acenam apenas.
[...]
Ella já dorme há um bom tempo, eu não consigo pregar os olhos pensando no que havia dito mais cedo. "Sabia que eles não estão mais de mal, tia?", com aquele sorriso.... Realmente, a alma de Ella é muito sensível!
Olho para a princesinha (se ela ouvisse pensamentos, já teria acordado pra dizer que só o pai dela pode chamá-la assim) que dorme serena ao meu lado e sorrio. Apesar de tudo que ele me causou, preciso confessar que a minha genética misturada com a de Tyler era uma coisa impressionante de linda! Os traços de Ella são delicados, como numa pintura e seus cabelos fazem uma ondinha natural nas pontas loiras.
Só de pensar que daqui a pouquinho estarei com mais um filho aqui, dormindo conosco meu coração aquece. Imagina uma mistura minha e de Bailey? Já consigo até imaginar!

-Não vejo a hora de te ver aqui com a gente, meu Ben!- Aliso a barriga devagar. Sim, eu chamei de Ben porque eu sinto, de alguma maneira que é um menino sim! Coração de mãe não erra, e de irmã também não....

Long years without him- SabileyOnde histórias criam vida. Descubra agora