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Sakura ~

O tempo havia passado, junto dele minha preocupação fora deixada para trás. Minha barriga estava mais do que aparente, e eu sabia que a qualquer momento eu poderia entrar em trabalho de parto, mas isso não era um motivo para se desesperar (ainda assim sinto-me ansiosa).

Itachi ultimamente anda mais atencioso e mais feliz que o normal, digamos que agora o mesmo tenta manter um certo contato com o irmão mais novo, o que, na minha opinião, é até que bom se formos ver por um lado.

Sasuke voltou para Konoha, segundo sua carta, o mesmo sentirá que tinha um dever com a folha, então ele decidiu voltar. Em sua carta, o mesmo deixou nas entrelinhas, mas deu para ser entendido que o mesmo sentia falta de Naruto. Pensando por esse lado, eu estava feliz por sua decisão mas triste por não estar lá, fazendo o time sete voltar a ser um grupo, não de companheiros, mas de amigos.

Karin por outro lado sumiu do mapa, depois que eu passei mal e fiquei presa em meus desvaneios, Itachi disse-me, que a mesma não queria mais problemas e queria seguir sua vida sozinha, e então a mesma saiu sem se despedir de ninguém o que não era exatamente de seu feitio.

Para muitos da Akatsuki a ida de Karin foi algo como, uma benção uma vez que, segundo eles, ela dava certas dores de cabeça. Bom, devo admitir que talvez, somente talvez, eu concordava com ele e a sua decisão.

- O que está fazendo? - Me sobressalto com a voz de Itachi chegando em meus ouvidos. Não viro para trás, apenas sinto quando ele se aproxima e deixa um leve beijo em minha nuca, causando-me um arrepio agradável.

- Os outros estão treinando? - Eu perguntei gostando de seu toque, mas fiz uma careta quando ele se afastou e ficou ao meu lado.

- Sim, resolvi dar uma pausa para ver como você estava. - Ele foi simplista e eu sorri por seu ato de carinho.

- Entendi.

- Sabia que não era para você fazer esforço não é? - Ele aponta para a vassoura que estava ao meu lado logo a pegando pelo cabo. - Estou de olho. - Ele murmurou me dando um leve selinho roubado enquanto caminhava com a vassoura.

- Abusado! - Exclamei e ele deu de ombros.

- Vai me dizer que não gostou? - Seu tom soou provocativo.

- A questão não é o beijo! Me dê a vassoura. - Bati o pé parecendo uma criança teimosa.

- Não. - Ele escondeu a mesma atrás de suas costas. - Por que quer tanto um pedaço de madeira?

- Eu não aguento ficar parada. - Eu fui sincera mas eu sabia que meu tom havia soado nervoso.

- Pois agora terá de aguentar. - Tentei ignorar sua fala enquanto ele se afastava com a vassoura. Minutos depois, ele voltou, de mãos vazias.

- Tem missão amanhã? - Minha pergunta foi em uma tentativa de não ligar pelo fato dele ter roubado a minha vassoura!

Ele tá achando que vai voar é? Abestado.

Suspirei esperando sua resposta.

- Acho que não, terei que ver com Pain. -  Observei quando ele foi até a geladeira e pegou uma garrafinha de água. Estávamos na cozinha.

- Entendo.

- Mas me diga, está bem? - Sua pergunta me fez corar e eu sorri novamente quando ele se aproximou segurando em minha cintura, olhando-me em meus olhos, ele parecia observar minha alma.

- Claro, por que não estaria? - Segurei em seu manto ele sorri.

- Isso aí. - Seu ato carinhoso fora somente um beijo em minha testa, porque em seguida senti quando um tapa foi desferido em minha bunda, mas não protestei. - Vou tomar um banho. - Ele completou se afastando. - Em caso de emergência, grite-me ou chame Konan.

Concordei com a sua fala e observei o mesmo sumir pela porta.

Sem uma vassoura, fui pega tentando fazer qualquer coisa que envolvesse limpeza. Comecei pela louça e depois comecei tirar o pó das coisas.

Eu sentia uma energia sem igual no corpo, algo que até então eu não estava tendo, na verdade eu sempre estava cansada demais.

Quando eu senti uma dor em minha barriga, eu pensei que fosse qualquer dorzinha de nada, mas derrepente a dorzinha se tornou algo muito pior.

Senti a pontada, uma, duas, três vezes até sentir como se tivesse acabado de fazer xixi nas calças.

Me apoiei nos móveis puxando uma cadeira para eu me sentar, quando sentada tentei fazer massagens em minha barriga, mas eu sabia que de nada adiantaria. Aquilo não era cólica, era contrações. Eu teria o bebê. A bolsa havia estourado. E eu não sabia se surtava ou se tentava, falhamente, me acalmar.

Tentei gritar Itachi, mas notei que minha voz soou baixa. Então, forcei a mim mesma a gritar mais alto, chamando dessa vez Konan.

Questão de um minuto depois, eu vi a mesma entrar na cozinha em disparate. Quando ela viu minha expressão e a situação, eu notei que a postura calma se esvaiu de seu corpo. Konan estava desesperada pela primeira vez.

Ela veio em minha direção, e gritou por ajuda. Observei quando Sasori entrou em seguida.

- Ela está em trabalho de parto. - O óbvio saiu de sua boca, e quando dei-me conta, Itachi entrava na sala junto com os muitos membros da Akatsuki.

- O que.. - Ele sequer pôde ter tempo para uma reação, quando foi ver, Sasori e Konan já estavam tentando me ajudar a levantar para eu poder ir ao quarto ter os bebês.

A expressão de Itachi ficou marcada em meu rosto, como algo misturado entre: preocupação e alegria (se é que isso era possível).

Logo após eu sair da cozinha, tudo me pareceu como flashs de coisas. Tudo me pareceu rápido, até demais.

Na Akatsuki - ItaSakuOnde histórias criam vida. Descubra agora