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Sakura ~

Acordo em um lugar estranho. Sentindo minhas costas doendo eu me sento na pequena cama que me encontrava, observando a única luz que tinha, vinda de um longo corredor.

Derrepente eu sou tomada por uma imensa dor de cabeça, que me fez dar um grunhido um pouco baixo. Tento levantar-me porém a tontura invade os meus sentidos, me fazendo cair de volta na pequena cama.

Eu estou fraca, uma fraqueza que nunca havia me tomado antes. Porém, as únicas perguntas que verdadeiramente invade os meus pensamentos é: onde estou, e o que aconteceu comigo?

Perguntas que eu precisava buscar as respostas. Mas fraca, seria uma missão complicada.

Junto a força que me restava, e me levanto segurando nas paredes. Caminho tão lentamente para a porta, que isso me atordoa.

- Olá, têm alguém aí? - Grito para ver se alguém me ouvia.

Repito isso várias e várias vezes. Até finalmente escutar passos vindo até perto de onde eu estava.

A pessoa estava com a cabeça baixa e uma capa preta por todo seu corpo. Não dava para ver muito bem quem era, se era mulher ou homem. Mas pela estatura era óbvio que era do sexo masculino.

- Vejo que acordou, Haruno. - A voz grave me causou espanto. Eu reconhecia aquela voz. Mas, de onde?

Quando a imagem viera em minha mente um espanto saiu de meus lábios. Aquele homem, os olhos. Tudo se encaixou de um jeito incrivelmente incomum.

- Itachi? - Seu nome saiu de minha boca em um espanto estranho. Todo meu corpo paralisou. Eu queria ter forças para lutar contra ele, mas algo havia acontecido para eu estar incrivelmente fraca.

Havia algo de muito errado naquela situação. Se aquele na minha frente era verdadeiramente o Uchiha que eu estava pensando, então eu havia sido pega. Mas, para que fim?

- Vejo que descobriu quem eu sou. - Ele dera uma risada tão diabólica que me incomodou. Aquilo causou arrepio até em minha nuca.

- O que você quer comigo? - Perguntei sentindo minha boca tremer. Era uma fraqueza sem igual. Um medo que eu pensei que não tinha por absolutamente ninguém.

- Vejamos que você é bem esperta. - Diz ele. - Quero lhe fazer um acordo, Sakura. - Ele tirou seu capuz deixando exposto seu rosto. Dessa vez, os olhos estavam normais. Nada de sharingan.

- Que acordo, Uchiha? - Eu perguntei, tentando passar a todo custo um ar de séria e superior. O que, claramente, naquela situação eu não era.

- Você me ajuda, e em troca, nós, da Akatsuki, paramos de perseguir seu amiguinho. Naruto Uzumaki. - Ele deu de ombros, um dar de ombros sem importância alguma.

Derrepente o nome de Naruto ecoou em minha mente. Aquilo era de fato um golpe baixo, bem baixo na verdade.

- Me diz, o que você quer? - Eu estava confiante em aceitar, o que era uma tolice.
Mas era a vida de meu amigo em risco, e esse acordo, não poderia ser algo monstruoso, ele não pediria para eu matar alguém, ou pediria?

- Eu tenho uma doença, e quero que você me ajude, me cure. - Sua última frase ecoou como se seu orgulho tivesse sido posto de lado naquele momento.

Uma doença? Um cara como ele estava doente?

- Entendo. - Nada vinha em minha mente, ele não parecia mentir, pelo contrário, parecia disposto a cumprir o acordo.

Eu precisava tomar uma decisão, e se era só isso que ele, um renegado, queria comigo, por que não aceitar? Ele não me pediu para matar ninguém, então..

- Bom eu preciso banhar e depois te examinar, seria possível? - Eu tentei soar sincera, mas aquela frase me fez me sentir como uma maluca.

Eu havia aceitado rápido demais, muito rápido. Mas eu faria o impossível por Naruto. Mesmo que isso tomasse a minha vida. Além do mais, eu também havia aprendido que eu deveria ajudar as pessoas, fossem elas boas ou más. Itachi se quisesse o meu mau já o teria feito. Mas ele não fez, e só por esse fato que eu decidi ajudá-lo. Ele não era bom, mas talvez futuramente aprendesse a ser.

Itachi me olhou, seus olhos me olhavam como se fosse adentrar meu ser, ele estava a procura de algo que indica-se que eu estava tramando algo, mas quando viu que não tinha nada que indica-se que eu estava mentindo, ele enfim, disse:

- Se você tentar qualquer coisa, eu mato seu amigo, e te mato se for necessário. - Ele saiu, e logo em seguida voltou. Ele abriu a porta do lugar onde eu estava, e quando já aberta, ele deu espaço para eu sair.

Sequer havia notado que havia uma porta ali. Talvez porque ela era de grade. Ou talvez não notei porque eu estava alheia demais para isso.

Passei pela porta e o segui. A cada passo eu podia ver o quão bonito era o local, creio, que onde eu estava antes, era um porão, por isso o ar assustador.

Pelo menos a Akatsuki tem bom gosto. Pensou morar no bueiro? Pera, e se isso for um bueiro chique?

- Tome banho aqui, e depois me encontre na cozinha que foi por onde passamos. - Ele disse me olhando de lado.

Balanço a cabeça em concordância, e vou ao banheiro tomar meu "banho".

E então, com aquela água fria em meu corpo, eu lembro-me de tudo o que está acontecendo..

Loucura.

Na Akatsuki - ItaSakuOnde histórias criam vida. Descubra agora