Narradora ~
"DE: Sakura Haruno
PARA: Tsunade SenjuQuerida Hokage, ou lhe devo dizer "Tsunade"?.
Vim lhe dizer que estou muito bem, não me aconteceu nada, estou intacta.
Só quero um simples favor seu.
Quero que pare de me procurar.
Eu aceitei ficar onde estou por minha escolha, ninguém me obrigou, então não se preocupe comigo. Por favor para de me procurar, só lhe peço isso, se não, não será algo bom para ninguém.Estou fazendo essa carta escondida, ninguém daqui sabe que lhe enviei isso.
Não direi onde estou, e nem com quem estou. Apenas quero que cuide de todos ai por mim.
Não tenho hora, dia e data para voltar. E nem sei se voltarei, mas se isso acontecer, quero que saiba que você sempre estará em meu coração. E que apesar das minhas escolhas, apesar de meu erro, eu ainda amo meu lar. Mas espero, brevemente, que você possa, um dia, me perdoar por minhas escolhas.Até breve Tsunade-sama."
As lágrimas da Senju escorriam pelo seu rosto, que agora se encontrava avermelhados.
- Onde você está? - Sussurrou a loira, se perguntando para si mesma.
E derrepente, uma dor no coração a tomou. Parecia que a loira havia perdido uma parte dela.
Sakura havia se tornado sua discípula, mas além disso, ela havia se tornado uma parte da sua vida. A Haruno era sua família, a família que ela não possuía mais. Ela era a filha que a loira sempre desejou ter, mesmo que não fosse de seu sangue.
Sakura ~
No dia seguinte, fiz o mesmo processo de sempre. Me levantei, fiz minhas higienes, me vesti com o manto e caminhei até a cozinha.
Ao chegar no ambiente caminhei até um dos lugares vagos na mesa onde me sentei, entre Tobi e Kakuzu.
Corri meus olhos sobre a mesa e observei que todos estavam extremamente quietos até que, finalmente, alguém teve a ousadia de se pronunciar. Mesmo que a pessoa em questão fosse Karin, eu me senti aliviada por aquele clima ter sido quebrado.
- Então.. - A garota me olhou, e naquele momento eu soube que provavelmente viria alguma alfinetada. - Como anda o processo de fazer o remédio de Itachi, Sakura? - Observei quando ela levou uma torrada até a boca, a mastigando lentamente. Tão lentamente que eu desejei ensiná-la a mastigar direito.
Parei minha mão que até então estava indo em direção a minha xícara de café.
Me forcei a sorrir.- Estou estudando todo dia para saber a respeito disso. - Suspirei. - Isso é algo delicado, nada vêm do dia para a noite. - Dessa vez levei minha mão até a xícara, bebendo um gole de meu café quente.
- Hum. Sabe, eu também andei estudando. E pensei por que não te ajudar? Certo? - Ela disse logo sorrindo falsa.
Ela, me ajudar? Provavelmente ela mataria Itachi antes que ele pudesse pedir socorro.
- Olha, se não for mal para você. Eu prefiro pensar sozinha, em meu canto e descobrir isso também sozinha. Sem contar, que a sua presença iria me atrapalhar e muito. Deixei claro? - Sorri fingindo ser educada.
Era assim que se lidava com pessoas como ela. Eu sabia que se tentasse ser mais educada ela continuaria insistindo. E eu sei que apenas um soco, iria quebrar essa mesa no meio.
Observei quando ela me olhou com ódio. Mas na mesma intensidade que ela o fez, ela suavizou sua expressão, pois Itachi estava atento a nossas alfinetadas.
- Eu só queria ajudar o Itachi-Kun. - Ela tentou soar mais tranquila e calma, o que, claramente, ela não era.
Senti um rancor e nojo subir por meu corpo. Eu queria sumir dali ou simplesmente quebrar a cara daquela garota. E quando menos notei, eu já estava em pé, em um sobressalto, com a cadeira atrás de mim ao chão em um barulho alto.
Assim que tomei postura do que estava fazendo, e percebi que todos me encaravam, me apressei a dizer:
- Me desculpem. Mas, se me dêem licença.
Saí rapidamente de lá, passando pelos corredores e só parei quando entrei no lugar onde Itachi treinava nas horas vagas.
Caminhei até uma árvore de sakura extremamente linda e florida, já perto sentei-me abaixo dela, me lamentando por ser tão besta.
- Burra. Deveria ter se contido. Ou metido porrada naquela..
- Falando sozinha?
Me sobressaltei com a voz a minha frente. Olhei rapidamente com a expressão assustada em meu rosto, mas logo eu suspirei aliviada. A minha frente estava o Uchiha.
Filho de uma mãe. Tá achando que infarto sai barato?
Me perguntei como ele fazia aquilo, aparecer do nada sem fazer um barulho sequer, e sem ao menos me fazer sentir seu chakra.
- É, acho que estou sim. - Dei de ombros.
- Falar sozinha faz bem. Só tome cuidado, pessoas loucas não duram muito. - Ele murmurou sério.
Mas que vagabundo, me chamou de louca!
Fiz a minha melhor expressão de incrédula.
- O que você...
- Eu estava brincando. - Ele deu de ombros e eu notei um sutil sorriso.
Fechei um de meus olhos, o observando por apenas uma fresta do mesmo. A desconfiança ainda estava em mim.
- Bom, o que faz aqui afinal? - Voltei ao normal. Se ele já me achava louca, imagina se eu fosse mesmo.
- Não houve nada, apenas fiquei curioso.
- Sobre o que? - Me levantei confusa.
- Bom, do nada, você ficou brava com a Karin, e foi rude com ela. Por que isso? Eu pensava que você era esperta e não iria arrumar brigas com alguém da Akatsuki.
- A questão é que eu nunca quis arrumar briga, porém ontem.. - Paro ao perceber o que ia dizer.
- "Ontem"? - Ele tentou me incentivar a dizer o que estava entalado em minha garganta.
- Ontem.. meio que.
Né possível que eu não consiga apenas dizer.
Eu poderia ser considerada covarde por tentar dizer o que a ruiva me fez. Mas, poxa, eu acho que quero que ela se ferre um pouco
Ele estava me encarando.
- Fale a verdade Sakura. - Ele sussurou meu nome.
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Na Akatsuki - ItaSaku
أدب الهواةPassou-se anos e anos, e finalmente a Haruno havia cansado de sofrer por um amor que não era recíproco. Dessa vez ela tenta seguir em frente, ela tente esquecer o Uchiha mais novo, e dessa vez ela conseguirá, ainda mais, quando um novo ciclo na sua...