Ayla

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-Ayla?-alguém chama por mim.  

Me nego a abrir os olhos ou movimentar pelo menos um centímetro do meu corpo. A minha cama está tão gostosa.O quentinho do cobertor me abraça com tanto carinho.É como se fosse a minha segunda pele.O sono estar presente e ele me deixa cada vez mais leve. 

 -Ayla?-A pessoa insiste. 

 É uma voz familiar, mas o meu sono estar tão gostoso que meu cérebro preguiçosos se nega em  reconhecer a voz. Eu só quero ficar nessa cama para sempre.Acho que se eu morresse agora mesmo, morreria feliz.  

-Ayla Lewis Melcher, você vai se atrasar para o trabalho-a voz Insiste em me oportunar.  

Pego o travesseiro e coloco na minha cabeça.  Eu só quero dormir em paz, isso é pedir muito? Deixo o sono me consumindo aos poucos.O meu corpo vai relaxando.  

Droga! 

 Eu --> Trabalho  

Trabalho-->Eu

Ergo a cabeça rapidamente e tiro algumas mechas de cabelo castanho do rosto e procuro pelo relógio que geralmente fica ao lado da minha cama. 

O relógio está no lugar?  É, claro que não!  

Eu tenho um trabalho! 

 Cadê meu celular? 

 Tento não surtar, pois preciso dele para verificar a minha caixa de mensagens. Procuro debaixo dos travesseiros, e em meio aos lençóis e nenhum sinal do infeliz. Eu tenho um celular, mas cadê ele? Pela graça de Deus ouço ele tocar em alguma parte do meu quarto que eu não sei qual.  

E se for o meu chefe me ligando? Esse trabalho é uma grande oportunidade para a minha carreira!

  Me desespero e me arrasto para fora da cama, mas não dar muito certo, pois acabo tropeçando nos travesseiros que eu joguei no chão.Ao cair de costas parecendo um saco de batata.O barulho faz eco pelo quarto. 

 O dia já começou ótimo! 

 Fico deitada no chão olhando para o teto e criando coragem para me levantar e ir viver a minha desastrosa vida. Logo me arrasto para o banheiro.Tomo um banho e lavo o meu longo cabelo castanho.Ao fazer minha higiene pessoal volto para o quarto, pois meu celular está tocando.Eu só não sei onde.Praticamente reviro o meu quarto atrás dele.Acho o maldito atrás da minha cômoda branca.Não me pergunte como ele foi parar ali, pois eu não faço idéia.Aliás,  dá para ver claramente o cuidado que eu tenho com o meu aparelho celular.  

-alô?-atendo e com a outra mão livre procuro uma roupa para vestir.  

Pego um jeans escuro, camisa xadrez  e tênis. 

 -Ayla, onde você está?-Jean resmunga. 

 Jean é o meu chefe no hospital onde trabalho.

 Visto a calça correndo e logo a camisa. 

 -eu estou chegando-calço o tênis.  

Passo perfume e desodorante.É o básico na vida de um ser humano. Pego a minha bolsa que está pendurada atrás da porta. 

 -Ayla, porque você está demorando tanto? 

  Saio do meu quarto feito um raio e desço as escadas. 

 -é o trânsito.Nova York é uma loucura-digo atravessando a sala da minha casa correndo. 

 -Ayla?-meu pai chama por mim da cozinha. 

Droga! No trânsito não tem o meu pai chamando por mim. 

-é seu pai? Você ainda está em casa?  

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