CAPÍTULO 5

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Any Gabrielly

Acordo presa a uma cadeira por cordas e minha cabeça estava me matando.

- Filho da puta... - reviro meus olhos.

Com minhas mãos, desamarro uma das cordas, aquilo era brincadeira de criança. Em questão de segundos, estava livre da cadeira e tento pegar minha arma apenas para perceber que ela não estava lá.

- Procurando por isso, amor? - a voz do outro lado da sala escura. Ele acende as luzes e eu enxergo seu rosto. John. Com a MINHA arma em mãos.

- Você... - flexiono meu maxilar - Seu-

- Sim, sim - ele se aproxima - Me poupe de seus xingamentos. Eu só quero conversar.

- E por isso me amarrou a uma cadeira?

- Você e eu sabíamos que você iria sair.

- Que lugar é esse?

- Ah ah, EU faço as perguntas aqui, amor.

- Eu estou indo embora - caminho até a porta, mas ela estava trancada.

- Você realmente achava que deixaria a porta aberta?

- Bem, eu esperava, pelo menos... - viro-me para ele - Abre essa porta, John.

- John? - ele ri - O nome é Noah, amor.

- Muito bem, Noah, abra a maldita porta!

- Não.

- Não?

- Nós vamos ter uma conversinha primeiro.

- Você sabe com quem está falando?

- Sei, - ele dá um passo para frente - Mas VOCÊ sabe?

- Eu juro que eu vou arrancar a sua-

- Não há necessidade pra violência, amor - ele guarda a arma - Viu? Eu não- sem hesitar, pulo em cima dele, derrubando-o no chão. Meu cotovelo estava em seu pescoço.

- Você VAI abrir aquela porta, entendido, playboy?

- Você é fofa - ele, tão facilmente, inverte nossas posições e, agora, ele estava em cima de mim - Mas eu não vou abrir porra nenhuma!

- Eu vou te matar! - ele prende meus braços acima de minha cabeça e me olha nos olhos.

- Não se eu te matar primeiro, amor.

- Isso foi uma ameaça?

- Isso foi uma promessa - chuto-o para longe de mim.
(Autora: kk)

- Então é melhor repensar suas promessas, "amor".

- Eu não queria ter que fazer isso - ele aponta sua arma para mim.

- Abaixa a arma!

- Nós vamos conversar.

- Você não vai atirar em mim!

- Talvez não na cabeça ou no peito, mas no ombro talvez...Não te mataria, mas seria o suficiente.

- Essa arma é minha, você não tem esse direito!

- Ahh eu tenho. Agora, - ele aponta para a cadeira - Senta na cadeirinha e vamos conversar.

- Vá se foder!

- Aham aham, amor. Agora, senta - reviro os olhos e o obedeço - Você matou o Luke,correto?

- Era isso que você queria saber? - arqueio uma sobrancelha.

- Correto ou não?

- Correto -cruzo meus braços - Posso ir embora agora?

- Você sabe que ele era um dos meus homens, não sabe?

- Agora eu sei

- E você sabe o que acontece quando se mata um dos meus homens?

- Tenho uma ideia, sim.

- Eu quero o motivo, Any.

- Eu não sei - disse, analisando minhas unhas - Disseram "Any, esse é o seu alvo. Mate-o." Eu fui lá - olho para ele - E o matei. Não foi um dos mais difíceis, na verdade. O cara era um tapado.

- Me dê um bom motivo para eu não te matar agora.

- Não tenho um - meu olhar era desafiador - Eu sou uma assassina vingativa e, modéstia à parte, incrivelmente inteligente. Você estaria se dando um atestado de óbito se me deixasse sair daqui com vida. Então, Noah, se esse for realmente o seu nome, vai lá, atira. A gente se encontra no inferno quando meu pai vier atrás de você e enfiar uma bala no meio dessa sua cara patética e-

- Você... - ele abaixa a cabeça e ri - Eu não acredito que você acabou de dizer isso

- Não me diga que é surdo também - seu sorriso apenas cresceu e ele deu uns passos para frente, em minha direção -O que você acha que está fazendo?

- Meu Deus, você não mudou nada... - ele. ri

- Do que você tá falando?

- Você mesma disse que era inteligente, descubra - ele vai se afastando, sua arma ainda apontada para mim.

- Aonde você está indo idiota?

- Embora.

- Você não ia me matar?

- Ahh, eu vou - ele abre a porta e eu resisto a urgência de me levantar - Mas não hoje.

- Então você vai me deixar sair ou eu vou ter que escapar sozinha?

- Eu volto logo - ele fecha a porta e eu corro até ela, esperando pega-lá destrancada. Azar.

Noah Urrea

- Ela está morta?

- Não - olho para Bailey - Escolha um quarto de hóspedes e mande prepará-lo.

- Eu?

- Confio no seu bom gosto.

- Espera, você vai hospedar essa maluca? - Charles pergunta com os olhos arregalados.

- Você tem ideia de quem ela é?

- Claro que tenho, eu que descobri quem ela era!

- Então deve saber quem o pai dela é.

- Aonde você quer chegar?

- Já ouviu do ditado "Mantenha seus amigos perto e seus inimigos, mais perto ainda"?

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até segunda gnt

playing with fire [noany] Onde histórias criam vida. Descubra agora