CAPÍTULO 11

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Any Gabrielly

- Ahh, claro - eu reviro meus olhos, sarcástica - Isso realmente explica tudo - ele ri - Mas, sério? Esposa? Não tinha outra mentira, não?

- Você está fazendo o papel perfeitamente.

- Você - ele me gira e me puxa de volta para perto, faço questão de aproximar meu rosto um pouco mais - É só um mentiroso descarado - sorrio.

- Talvez...Mas eu preciso dizer, meu amor- ele me tira do chão, seguindo o ritmo da música, como se eu não pesasse nada e me desce devagar, seus olhos encadeados nos meus, e eu podia sentir as borboletas em meu estômago. Alguém, por favor, tire elas de lá! Meu foco! Meu foco está sendo atrapalhado - Não menti quando disse que você estava linda

- Obrigada... - meus pés tocam o chão e meus olhos buscavam qualquer outra coisa sem ser ele.

- De nada - ele me aproxima mais dele durante a dança - Gosto especialmente desse batom que você escolheu - minhas bochechas, inconscientemente, ficam vermelhas - Vermelho fica bem em você.

- E-Eu não preciso de você pra me dizer isso, Jacob, eu sei- meus olhos se arregalam - Alvo localizado - observo seu rosto ficar sério e ele me vira para o outro lado, podendo ver Hart com os próprios olhos.

- Charles? - ele discretamente fala com o aparelho - Você consegue ver o cara de terno azul?

- O que a gente faz? - o olhar dele se encadeia no meu mais uma vez, dessa vez, despertando um pequeno sorriso.

- A gente dança.

- O qu- ele começa a dançar em direção à direita. Deslocando-se discretamente, puxando-me em seus braços - Não seria melhor a gente se separar?

- Ainda não - ele olha para os dois lados - Não estamos longe o suficiente.

- E queremos distância?

- Queremos segurança - ele olha para mim - Por agora.

- Eu posso matar ele hoje à noite e acabar logo com isso.

- Negativo, tem muita gente aqui e todos os homens dele estão presentes, viemos meramente espiar.

- Mas se eu tiver a oportunidade-

- Não.

- O que aconteceu com "somos uma equipe"? - Any, mais uma vez, não viemos aqui matar ninguém - eu reviro meus olhos e me solto de seus braços.

- Hora de nos separarmos.

•••

Noah Urrea

- Algum sinal dela, Charles? - perguntei pelo aparelho, meus olhos circulando pelo salão.

- Ela desligou as câmeras - ouvia um sorriso em seu tom e eu reviro meus olhos.

- Ahh, menina insolente - tento, mais uma vez, buscar por ela.

- O Hart tá ali, pelo menos a gente sabe que ela não foi atrás dele sozinha.

- O localizador - me lembro - O localizador dela, Charles.

- Você a subestima demais - ele ri.

- Ela desligou, não desligou?

- Desligou.

- Eu juro que vou ma-

- John! - me assusto, quase jogando a senhora no chão como reflexo.

- Que susto! - suspiro.

- Você viu a sua esposa em algum lugar? Eu e as meninas estávamos a procurando, mas ela sumiu.

- Eu também estou procurando por ela - tiro meus olhos de Verônica por um segundo - Deve ter ido ao banheiro ou algo do gênero. A senhora poderia me fazer o grande favor de conferir lá?

- Claro, querido, com certe- ela é interrompida por um barulho alto seguido de gritos. Era um tiro.

- Ahh, Any... - resmungo - O que foi isso? - o salão estava um pânico e ela agarrou meu braço.

- Eu não sei, eu acho que a se-

- Verônica! - Alberto nos alcança pela multidão correndo e eu aproveito a desatenção deles para escapar.

Any Gabrielly

- Filha da- piso com mais força na ferida e ele grita.

- Não terminaria isso se fosse você - sorrio orgulhosamente, arrumando meu cabelo - Agora, -suspiro - O que você me deve?

- Meu ombro...ai- piso com mais força e ele grita mais alto

- Um pedido de desculpas! Por favor! Desculpa!

- É assim que eu gos-

- O que você acha que está fazendo?! - Noah entra no corredor e eu nem olho para ele.

- O que parece que eu estou fazendo?

- Você... - ele ia começar seu discurso de moral, mas suspira, apontando pra porta com a cabeça - Anda, vem

- Aonde a gente tá indo? - guardo a arma e o sigo para fora, sentindo sua mão na minha.

- Pra casa - ele diz, frio - Temos que nos infiltrar entre aquela multidão. Parecer que não sabemos de nada.

- Ok - tento passar em sua frente, mas ele aperta meu braço.

- Vamos

playing with fire [noany] Onde histórias criam vida. Descubra agora