CAPÍTULO 28

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Noah Urrea

- Você me trouxe pra um lago...?

- Não só "um lago", meu amor, "o lago"

- Certo... - sua voz mostrava descrença.

- Você não sabe quantas vezes já me empurraram nesse lago

- Você já caiu aí dentro? - ela ri.

- Não é engraçado.

- Ahh, é! - ela ri, seu sorriso era a coisa mais linda do mundo - Agora, - ela consegue diminuir com a risada - Me conta. Quem te jogou no lago?

- Na maior parte, meus primos mais velhos.

- Você tem mais primos?

- É uma grande família, mas, enfim, como estava dizendo, o la-

- Dúvida - ela ergue sua mão - Por que os seus primos te jogavam no lago?

- Digamos que eu era...uma peste.

- Eu sei que você era uma peste. Eu te conhecia

- Você não entende, eu era MUITO chato! Muito irritante mesmo! Eu dava susto em todo mundo...especialmente nos meus primos mais velhos-

- Que te jogavam no lago depois.

- Que me jogavam no lado depois - concordo

- Minha nossa... - ela ri - E você me trouxe aqui porque...?

- Porque, querendo ou não, esse lago é importante pra mim - tiro minha camisa e reparo a cor vermelha de suas bochechas. Adorava ter aquele efeito nela.

- Uh...Noah?

- Sim? - tiro meus sapatos.

- O que você está fazendo?

- NÓS vamos entrar no lago.

- No lago?! - assinto, puxando levemente a manga de seu vestido.

- Tira logo esse vestido.

- Mas e se alguém me ver?

- Confia em mim, ninguém vai te ver - sorrio maliciosamente - Exceto eu.

- Estou falando sério, Urrea!

- Eu também! Ninguém vem mais nesse lago! Minha mãe e meus primos têm mais o que fazer, sabe?

- Você é um idiota - ela tira seu vestido e os sapatos.

- Eu sei - tomo sua mão na minha - Agora, vem.

- E se tiver...sei lá! Uma piranha. nesse lago?

- Eu posso te assegurar que não há piranhas nesse lago - entro na água, mas ela fica na margem.

- Noah... - ela parecia implorar

- Vou ter que ir aí te buscar?

- A água deve estar muito gelada.

- Está ótima - ela revira os olhos e põe os pés na água.

- Pronto. Entrei!

- Você não tem jeito...- sorrio para mim mesmo ao caminhar em sua direção.

- O que você está- a tiro do chão e a seguro em meus braços, ganhando um gritinho dela

- NOAH JACOB URREA! NÃO SE ATREVA!

- Ahh, eu me atrevo, sim - mergulho com ela.

- O meu cabelo! - ela bate em meu ombro - Eu tinha penteado ele ontem!

- Está mais bonita agora - me recuso a soltá-la.

- Para de ser tão carinhoso, eu estou tentando ficar com raiva!

- Lamento que isso não será possível, meu amor - beijo o canto de seus lábios - Eu sou carinhoso por natureza.

- E convencido também - ela se aproxima mais de mim.

- Você acha? - meus olhos encontram seus lábios.

- Ahh, eu tenho certeza - selo nossos lábios e a beijo com toda a doçura do momento. Não era um beijo de posse ou de uma paixão incontrolável, era apenas...um beijo.

Um beijo de... amor.

Eu estava completamente apaixonado por ela. Isso era um fato. Não sei quando ou como isso foi acontecer, mas eu a amava. Tenho a amado há um tempo. Foi, então, que me toquei que nunca a dissera isso. Claro, a chamava de "meu amor" o tempo todo, mas não havia como saber se ela já sabia desse sentimento

- Você destruiu meu cabelo - ela quebra o beijo - Olha só pra-

- Eu te amo - seus olhos se arregalam e ela olha para mim - Desculpa, eu só tinha que dizer isso alto. Não sabia se você já sabia ou...-

- E-Eu não sabia - ela me encarava como se estivesse em choque

- Bem, eu te amo - sorrio - É...Eu te amo, Any Gabrielly- a olho nos olhos, parecia ter perdido a fala.

- E-Eu não sei oque dizer

- Só diz que me ama de volta - aproximo meu rosto mais uma vez - Eu sei que ama - Afasto-me um pouco - Ou, pelo menos, espero que ame

- Eu amo - ela morde seu lábio inferior - Eu te amo, Noah Urrea.

Any Gabrielly

Ele ME amava. Ele me AMAVA.

Mil coisas estavam se passando em minha cabeça e meu coração apenas acelerava. Eu o amava. Naquele momento, seus lábios encontraram os meus novamente em um longo beijo, que não chegava nem perto de demonstrar nossos verdadeiros sentimentos, a consciência de que ele me amava era mais do que suficiente.

playing with fire [noany] Onde histórias criam vida. Descubra agora