Any Gabrielly- Identificou o alvo? - Yonta diz pelo aparelho em meu ouvido.
- Com meus olhos nele - ajeito meus óculos escuros - Desligou as câmeras?
- Pron...tinho! Pronto! - arrumo minha peruca loira
- Pode ir - caminho em sua direção e finjo tropeçar em meus pés, caindo em cima dele, que me segura como um instinto.
- Cuidado! - Michel diz e ponho um sorriso bobo no rosto.
- Desculpa, - digo com um sotaque bastante russo, me aproveitando de sua falta de atenção para roubar a chave de seu bolso -Sou...ãn...- finjo pensar na palavra, como se estivesse traduzindo-a. - Desastrada? - ele ri.
- Isso - ele me solta. - Você não é daqui, não é?
- Rússia - sorrio inocentemente e ele me examina com os olhos
- Se você quiser, eu posso te dar um tour pela cidade.
- Tour?! - finjo me animar - Ótimo!
- Na verdade, é ótimO, tem um "o" no final - ele ri e eu mordo meus lábios. -Qual é o seu nome?
- Krushtah - escuto Yonta rindo pelo aparelho e, internamente, xingo ela - Você?
- Michel - ele pega um papel e caneta, escreve o andar de seu quarto de hotel e me entrega - Aqui, esse é o meu quarto, devia passar lá mais tarde.
Eu apenas assinto e dou um passo para trás, sinalizando que tinha que ir embora
- Você precisa ir?
- Sim - eu finjo pensar em mais uma palavra - Tch...au? É isso? Tchau que fala? - Michel ri e assente.
- Isso mesmo, Krushtah, tchau - dou um rápido sorriso e me dirijo até o elevador.
- Krushtah, sério? - ela ria. - Tinha que ser um nome russo - aperto o botão para o 17º andar
- Quarto 1700. - A suíte presidencial.
- Exatamente - sorrio orgulhosamente e caminho super casualmente até a porta do quarto, abrindo-a com a chave roubada - Estou dentro. O que eu estou procurando?
- Um colar com um rubi bem no centro.
- Rubi? Certo...- meus olhos circulam o quarto -Isso vai demorar um pouco.
•••
Estava debaixo da cama, procurando o colar, quando um toque de celular me pega despreparada e eu acabo batendo a cabeça na cama.
- MERDA! - me levanto e tomo meu celular em mãos.
- O que foi? - Yonta pergunta.
- Meu celular, só um instante - aceito a chamada - É melhor alguém estar morrendo!
- É assim que você atende todas as suas ligações? - eu paro de remexer na cama e sinto meu corpo ficar tenso.
- Quem está falando?
- Alguém que tem o seu número, certamente.
- Eu só vou me repetir mais uma vez: Quem. Está. Falando?
- Você realmente não reconhece, Ana? - meu coração acelera -Tenho que confessar, estou bastante decepcionado.
- John?
- E ela se lembra! - ele ri e eu continuo a abrir mais gavetas.
- Eu achei que você não fosse mais me ligar.
- Ahh eu ia, só sou um cara, digamos que...ocupado.
- Ocupado o suficiente pra não ter tempo de fazer uma ligação?
- Mil desculpas, meu amor - abro as gavetas - Mas eu sei como eu posso me desculpar...
- O que você tem em mente? - chego na última gaveta e não encontro nada.
- Eu quero te levar pra jantar
- Um jantar... - abro uma de suas malas - Aonde?
- Aonde você quiser.
- Por que você não me surpreende? - me deparo com uma maleta prateada e abro um sorriso vitorioso
- O que você acha do topo da Torre Eifell? - abro a maleta e me deparo com o colar e seu grande rubi.
- Muito exagerado - mordo meus lábios - Tenta de novo.
- Na praia? - estava com o colar em mãos quando ouço passos. Corro até o banheiro para me esconder e escuto a porta do quarto se abrir.
- Muita areia - meu coração estava acelerado e eu estava com minha arma pronta.
- Que tal em um restaurante...normal? - ouço vozes e passos, não na minha direção, mas perto o suficiente para me deixar alarmada - Ana? Você ainda tá aí?
- Você me espera só um segundinho? Minha irmã está me chamando.
- Leve o tempo que precisar.
- Perfeito - ponho a ligação no mudo e abro a porta, apenas para encontrar um cara muito alto e muito forte me encarando.
- Opa, eu acho que você não é o Michel - sorria inocentemente. - O que você está fazendo aqui?!
- Eu vim fazer uma...surpresinha - ele aponta sua arma para mim.
- Mãos para cima! - eu balanço minha cabeça levemente, mordendo meu sorriso- Eu disse "mãos para-
- Eu sei o que você falou, garotão - chuto sua arma para longe de sua mão e antes que ele pudesse reagir, eu o tinha com uma arma na cabeça - Não sou surda!
- O que você vai fazer? Vai me matar?
- Talvez... - brinco com o gatilho - Você está sozinho?
- N-Não.
- Ah ah, você não quer mentir pra mim - olho-o nos olhos - Lembre-se de quem está com a arma!
- E, você, lembre-se de quem é mais forte - ele inverte nossas posições, tomando lugar em cima de mim - Você realmente achava que eu ia morrer nas mãos de uma mulhe- puxo o gatilho e apenas sinto o peso dele cair completamente em cima de mim. Empurro-o para o lado e me levanto antes de me sujar com seu sangue.
- Eu não achava - guardo a arma - Eu tinha CERTEZA que você ia morrer nas mãos de uma mulher. Essa aqui. - tiro a ligação do mudo -John?
- Como está a sua irmã? - pauso para raciocinar - Ahh, não era nada! Amanhã à noite, então? - ouvi o barulho da porta. O som do tiro deve ter chamado a atenção dos outros homens
- No restaurante Le Grand? Ouvi ótimas coisas sobre a lagosta deles.
- Pode ser - procuro uma rota de escapatória, mas, ao olhar pela janela, noto que estava no 17º andar - Vejo você lá às 20:00?
- Perfeito - os homens conseguem abrir a porta e eu me escondo atrás de uma parede - Até amanhã!
- Até - sussurro e desligo a chamada, respirando fundo. Um passo em falso e eu estaria morta.
•••
Entro na minha sala, Yonta me seguindo.
- Você não retornou a ligação. - Eu estava um pouquinho ocupada tentando não morrer!
- E o colar? - tiro o colar de dentro da minha blusa e o ponho na mesa. - Você esperava menos de mim? - tiro meus sapatos e suspiro, exausta.
- Tem...sangue na sua peruca - tiro-a e a jogo na mesa
- Enfrentei 3 caras sozinha de uma vez, é claro que tem sangue na minha peruca.
- Você quer que eu chame a enfermeira? Tem sangue na sua blusa e eu não acho que é de um dos homens.
- Foi um tiro de raspão, nada com que eu não tenha lidado antes...vou ficar bem.
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playing with fire [noany]
Fiksi Penggemar(Concluída) +noany| Ela possui os mais variados tipos de habilidades. Any Gabrielly sabe cantar, dançar, nadar, tocar violino, lutar... matar. Vocês sabem. O normal. Brincadeiras à parte ninguém quer estar na mira dessa garota. Dizem que, uma vez na...