Fernando

1.9K 128 4
                                    

Não acordei agora, já faz um tempinho, estava vendo umas plantas, eu sou engenheiro civil, e atualmente estou construindo um condomínio em Vales Verdes um bairro aqui da minha cidade.

Eu sou o Fernando Moraes, eu recebo muito bem por mês, e tenho muito dinheiro que herdei dos meus falecidos pais, sou filho único então fiquei com toda a fortuna, inclusive a mansão.

Tenho 26 anos 1,87 de altura, faço academia todos os dias e estou sempre em baladas ou festas, mas isso vai acabar quando eu finalmente encontrar o amor da minha vida, aí eu vou largar essa vida de lado, e vou construir minha família.

Quero ter muitos filhos pra eles não se sentirem só, assim como eu me senti minha infância inteira.

Tomo meu café forte, e pego minhas coisas para ir trabalhar, quando estou saindo pela porta pra ir pegar meu carro, sinto algo em meu peito.
Olho pra baixo e vejo uma pessoa pequena de cabelos em tranças olhos grandes e negros, um rosto Angelical um pouco bronzeado, a camiseta bordo e a Legging preta que marca as coxas.

As bochechas estão vermelhas e ela rapidamente recolhe o braço, muito linda.
Ela só desvia de mim e coloca o papel no correio que é embutido na porta.
- Perdão e bom dia.- Fala e se vai, não consigo me mexer estou hipnotizado com sua beleza e voz doce.

Consigo ver perfeitamente seu rebolado abaixo da mochila camuflada que carrega nas costas, ela vai de casa em casa colocando o papel ou na cerca ou na caixinha de correio.

Saio do transe quando ela dobra a esquina, olho no relógio e vejo que estou atrasado, corro pra pegar o carro e vou a mil para o escritório, eu sou dono desse edifício mas mesmo assim não gosto de chegar atrasado gosto de ser exemplo dos meus funcionários.

Coloco um capacete e vou para a construção, o prédio vai ser bem bonito ele é residencial  e já está em cartazes anunciando os apartamentos.

Quando da meio dia entro no meu carro e vou para o restaurante da cidade, e paro numa sinaleira, mas eu travo ao ver ela, a moça de hoje mais sedo, agora ela está com um short preto muito curto a propósito.

- Poderia me dar seu número.- Falo assim que ela chega em minha janela, ela dá um sorriso e eu lê alcanço uma caneta, e escreve no folheto, me entrega e se vai. E então o sinal abre.

Porra estou hipnotizado por essa garota e com certeza vou te lá hoje na minha cama ou não me chamo Fernando Moraes.

Chego no restaurante e a primeira coisa que eu faço e pegar o panfleto e olhar o número dela, mas tenho uma surpresa ao não encontrar o número e sim um recado.

" Vá a puta que pariu e cria vergonha na cara

Ass: Angel."

Mas é muita audaciosa  nem uma mulher nunca negou  número, nunca me negou nada.

Angel, até o nome condiz com a aparência mas pelo que vi esse anjo tem garras. Vou adorar ensinar boas maneiras.

- O que vai hoje Fernando. - A garçonete que sempre me atende chega perguntando.

- O de sempre. - Falo curto e grosso, estou puto pelo fora que levei.

A moço acena com a cabeça e sai em direção ao balcão, o de sempre é batata frita, arroz feijão carne e salada.
A comida não demora a ficar pronta, sempre comi aqui e nunca tive motivos para reclamar do prato ou atendimento.

Quase todos me conhecem e sabem do que eu gosto. Acho engraçado o modo como me tratam, como se eu fosse um amigo de longa data, o que não é verdade já que não lembro nem dos nomes.

Depois de comer e estar satisfeito pago a conta e retorno para o trabalho, a atrevidinha não está mais na sinaleira, pelo visto seu horário de trabalho acabou.
Mas o meu ainda não, e ao envés de ir para a construção vou para o escritório, tenho que resolver uns assuntos pendentes ainda hoje, como por exemplo ver os papéis de uma nova contrução que tenho que realizar num bairro perto do Centro.

[•••]

Quando finalmente chego em casa e olho para os cômodos, percebo o quanto minha vida é monótono, solitária e chata.

Na mesma hora, me vem o sorriso doce que vi hoje em uma certa sinaleira, e fico imaginando a família perfeita que deve ter para ser feliz assim.
Pais vivos e casados, irmãos que a todo momento estão lá com você, coisa que eu não tive. Sinto uma pontada de inveja ao imaginar ela agora com sua família reunida em um jantar.

Resolvo ir a academia antes de dormir, talvez assim eu durma de cansaço, malhar é legal e tudo mas não quando a cabeça está cheia de pensamentos com um certo anjo, estou irritado comigo mesmo, nem uma mulher nunca me disse não. Nunca me negou nada.

Soco o saco de pancada com toda minha força, inconformado com a resposta da garota. Fico na dúvida entre deixá-la em paz, O que não è do meu feitio ou continuar insistindo até ela se entregar O que também não é do meu feitio. Estou mais confuso do que surdo tentando escutar o mudo.

Fernando, porra moleque põem as ideia no lugar, você é um homem, nem beijou a moça não pode ter se apaixonado por um olhar e um fora. Deve ser só falta de sexo, só isso é só você ir pegar uma vadia qualquer e pronto.

Com esses pensamentos saio da academia e vou para meu quarto me arrumar, hoje a noite vai ser bem divertida. Vou chegar em casa que não vou lembrar nem o nome de um certo anjo.
Esse anjo endemoniado

Vou direto para uma boate que tem a três ruas da minha casa, vou apé mesmo já que é pertinho. Vou direto no bar pegar uma bebida e logo estou rodeado de morenas e loiras gostosas tinha até uma ruivinha com cara de safada.

Mas a que eu escolho é a morena peituda, a noite vai ser bem longa hoje.

Doce Pecado.Onde histórias criam vida. Descubra agora