Fernando

1.2K 81 3
                                    

    Angel está muito teimosa, e  hoje quando levar ela, queria poder esfregar na cara dela que eu consegui, mas não vai ser assim, Infelizmente aquela mulher ainda não é minha sogra mas se pensa que vou deixar assim, nem pensar, ainda estou pensando no que fazer, mas Angel será minha.

- Estou indo seu Fernando. - Ela ainda insiste em me chamar de "Seu" mesmo depois de eu ter deixado bem claro que quero muito mais que relação entre Chefe e funcionária.

- Vamos então...- Vou indo junto com ela quando ela vira com dificuldade com a mochila pesada em suas costas.

- Não o Senhor não vai, eu vou sozinha.- Como assim, não mesmo.

- E como pensa em ir sozinha?

- De ônibus, se eu corer ainda consigo pegar o último que vai direto pro meu bairo então não me atrasa.- No minuto seguinte não avia mais uma Angel na porta, eu estava sozinho de novo, com aquele mesmo vazio, o vazio de não tela aqui.

Eu devia ir atrás dela, mas decidi que tenho que dar um tempo pra ela pensar, pra ela tudo é bem recente, e preciso dar um tempo pra ela pensar, mas não pode ser muito pra ela não achar que tem toda essa liberdade.

Angel seu Demônio em forma de anjo, você está fazendo de mim o pior inferno, e eu não quero que pare, nunca jamais.

Deito na minha cama, que agora mais do que nunca está enorme só pra mim, e não vejo a hora de ela estar aqui comigo, ela e meu filho, ou melhor filhos, quero ter vários, não so um único, ele vai precisar de companhia, não quero meu filho solitário ou tendo que brincar sozinho como eu fiz.

[°•°]

Já é sabado, e não tem nada para fazer nessa casa, e eu também não sinto vontade de ir pra fará, o melhor a se fazer é ir pra empresa, ou ir visitar minha mulher.

Mas e se ela ainda não pensou? Porra eu tô morrendo de saudades, da minha pequena perdição.

É isso eu vou ir ver ela, e talvez tomar um chá com a minha sogra, ela vai ficar de boca aberta quando eu contar O que pretendo fazer com a filha dela.

Isso, subo e vou me arrumar, coloco uma roupa casual, e dou uma agitada no meu cabelo, e em segundos já estou na estrada em direção a casa da minha mulher.

Esse lugar sempre a mesma coisa, traficantes prostitutas, preciso tirar ela de vez daqui, isso é perigoso. Ainda mais ela que é tao pequena e frágil, se algum mal acontecer a ela, eu me culparia pelo resto da minha vida, pois serei eu a não tirar ela desse lugar.

Bato na porta duas vezes, o suficiente para a minha garota abrir a porta, ela está com uma camiseta masculina que vai até o joelho, um rabo de cavalo desleixado no cabelo e sua aparência parece meio sobrecarregada.

-Seu Fernando Oque está fazendo aqui?- A surpresa está estampada em seu rosto, dou um passo a frente e sou um beijo na bochecha da mesma, e logo após entrando na casa.

- Vim ver minha funcionária, e comunicar que talvez eu tenha que logo fazer uma viagem você vai ter que me acompanhar. - Ela continua na porta, imóvel, a cada segundo que passa ela parece estar mais confusa.

- Porque eu tenho que te acompanhar se eu sou apenas sua empregada e não sua secretária? - Ela bate a porta com força sem querer, e aquela velha logo vem pra sala. - Eu não entendo por quais motivos precisa de minha prenseça. - A velha me encara com um olhar mortal, até parecia q me odiava.

- O que esse homem está fazendo aqui? - Que velha petulante. - E que história é essa de que a minha filha precisa te acompanhar, ela não lhe será útil nessa viagem.- Ela parece estar, nervosa, olho para Maria com um sorriso travesso de quem vai aprontar e ela arregala os olhos.

- Sua filha não te contou?- Meu deboche é explícito é claro como água.

- Não me contou Oque?- A velha agora está na minha frente, entre mim e Angel, Oque está me irritando.

- Ela é minha empregada pessoal não permito que outra pessoa limpe meu quarto nem mesmo em hotéis. - Tá bom eu acabei de inventar isso, eu só quero que ele me acompanhe mesmo.

- A minha filha não vai, eu sei muito bem as suas intenções com ela.- A velha agora olha para Angel e parece estar furiosa. - Angel eu não me importo de morar de baixo da ponte- Ouvir essa mulher falar assim está me dando nos nervos. - Quero que se demita, você consegue achar empregos melhores do que fazer faxina na casa de um homem riquinho e idiota.

Vermelho, estou vendo tudo vermelho em minha frente, essa velha, sinto vontade de estragular até a morte saio de lá puto da vida.

Raiva estou sentindo raiva de tudo que acontece, de aquela velha querer se meter onde não lhe desrespeita, Angel já é adulta, já pode muito bem escolher Oque quer para a sua vida.
- Não importa o quanto custa, Angel vai estar ao meu lado, pois minha ela já é.- Digo pisando com tudo no acelerador, quero chegar logo em casa.

Assim que piso dentro de casa, meu mundo cai, na escuridão em que sempre esteve, e eu nunca tinha percebido até agora.

Angel com todo seu jeito meigo e marrento ao mesmo tempo, me conquistou, me mostrou Oque é amor de verdade.

Mas se acontecesse alguma coisa, pra me ajudar, como nos livros, mas não á nada, nada que eu possa fazer. E isso é uma droga, ainda tem aquela velha que fica entrando no meu caminho, só não me livrei dela ainda porque é mãe da minha futura esposa, e não quero ver ela triste.

Oque me resta é que Angel seja tão ingênua e não perceba nada, e que a mãe dela não vá desconfiar, maldita velha, Oque custa sair do meu caminho? A única coisa que eu quero é a filha dela, ela não entende que eu quero fazer Angel uma mulher feliz e realizada.

Doce Pecado.Onde histórias criam vida. Descubra agora