Fernando

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Se eu disser que Angel não mexeu comigo estaria mentindo, enquanto transava com a morena peituda esses dias, eu imaginei Angel e acabei falando o nome dela, resultado em uma morena furiosa me colocando pra fora da casa dela só de box.

Estou puto, já fazem duas semanas que não consigo parar de pensar naquela garota, todos os dias eu espero ansioso por sua chegada em minha casa e depois não vejo a hora do almoço chegar para vê-la na sinaleira.

Sinto a necessidade de a tocar mas não o faço, não posso, não por enquanto, eu sei que estou apaixonado não sou idiota e nem vou perder tempo negando, a verdade é que me perdi naquele olhar e sorriso que não sai de seu rosto nunca.

Na inocência de uma criança e na garra de uma mulher forte e decidida, e posso afirmar com todo meu ser, eu amo a Angel mais que tudo, e estou disposto a fazer de tudo para que ela seja minha.

Minha namorada, esposa mãe dos meus filhos mas minha.

- Olha dona Serenita não está nada facil- É a voz do meu anjo, fico mais perto do portão pra escutar melhor, sei que ela está colocando panfleto no meu correio pelo barulhinho do papel- Estou procurando mais um emprego a duas semanas, e eles não me pegam nem pra faxina, e eu já larguei currículo na cidade inteira.- Diz com sua voz doce que soa preocupada.

Então ela está procurando emprego, interessante. Como se fosse desenho animado uma lâmpada se ascende demostrando que eu tenho um plano.

Angel pode trabalhar como faxineira, claro até eu descobrir o que está acontecendo e conhecer ela melhor, pra então convencer ela a se casar comigo.

Me arrumo rápido e saio quase correndo porta a fora.
- Angel espera. - Digo quase correndo atrás dela, ela para e olha para trás, ela não está sozinha hoje, tem uma senhora que parece ser uma índia junto com ela. - Estava saindo e acabei escutando sua conversa desculpe, mas eu preciso de uma empregada, se tiver enter...

- Quando posso começar?- Me interrompe para fazer sua pergunta animada e eufórica, seu sorriso é enorme e contente não consigo evitar o sorriso involuntário que surge em meu rosto.

- Hoje mesmo depois do meio dia, de segunda a sexta a 1 e meia, 600 por semana.- Falo e ela abre um sorriso mais largo ainda.

- Claro que eu posso. - Diz com seu sorriso alegre. - Obrigado err... Não sei o seu nome aínda.- Fala com as bochechas coradas, talvez por ter brigado comigo várias vezes e ainda não saber meu nome.

- Fernando Moraes. - Digo estendendo a mão.

- Angel James. - aperta minha mão e então se vai. Seu sorriso é contagiante e eu fico um tempo na calçada sorrindo feito bobo para a direção em que ela foi, até perceber que estou atrasado, então saio correndo pegar o meu carro e vou para a construtora.

Conto as horas os minutos para o meio dia chegar logo, hoje vou explicar tudo direitinho a ela, mesmo não entendo nada, vou dar um jeito de fazer ela ficar a semana inteira na minha casa assim fica mais fácil, e depois aos fins de semana ela vai para a casa dela.

Estou tão ansioso que nem consigo prestar atenção no meu trabalho, só penso em chegar logo o meio dia para ver Angel novamente, não estou me reconhecendo uma sensação estranha mas boa que não quero que passe. Estou parecendo um viado pensando nisso mas eu não me importo.

As horas não passam, estou começando a ficar irritado com isso. Puta que pariu são apenas 9 horas.
Viro o papel frustrado pelo horário que não passa.

[•••]

Depois de uma eternidade meio dia finalmente chegou, pego meu carro e vou em disparada para a sinaleira se eu tiver sorte ela vai estar lá e eu vou dar uma carona pra ela. Mas qual a minha surpresa ao chegar lá e só ver aquela outra garota que estava com ela aquele dia, acho que o nome dela é Larissa, Laura slw não me importa.

Pergunto sobre Angel mas ela diz que ela foi mais cedo pra casa e que não deu explicação para ninguém.

Ótimo ela deu o fora, dirijo para casa com raiva, ela não pode ter dado no pé depois de ter confirmado e eu ter ficado esperando feito doido, não mesmo.

Entro em casa e tiro os sapatos, vou para o meu quarto pego uma calça moletom, não vou mais trabalhar hoje. Vou para o banheiro e tomo um banho gelado coloco minha calça e quando vou ir ver se tem algo pra comer, a campainha toca.

Vou em passos preguiçosos até a porta imaginando ser algum vendedor ambulante, mas quando abro a porta dou de cara com uma coisa pequena que cora quase que de imediato.

Ela usa um short preto muito curto pro meu gosto, uma camiseta masculina com uma caveira na frente, o que me deixa puto só de imaginar ela com outro, e nos seus pés tem um chinelo de dedo.

Seus cabelos estão em um rabo de cavalo que vai até a cintura.
- Boa tarde. - Fala corada olhando pra baixo, coisa linda.

- Boa tarde. - Falo babando em suas curvas, mas ao mesmo tempo de cara fechada imaginando quem pode ser o dono da camiseta. - Entre- Falo por fim dando espaço para que ela passe.

- Com licença. - Nem parece a garota de sempre, marrenta e que vive de cara virada quando eu passo, talvez ela esteja agindo assim pois eu sou o patrão agora, espero que continue assim quando eu for o marido também.

- Então, não vai me mostrar a casa? - Pergunta desviando o olhar.

- Ah... ah... Claro vem comigo.-
Primeiro mostro a sala falando o que precisa ser feito e depois a cozinha, seguindo a sala de jantar o banheiro de visitas e a área de laser, depois fomos pro andar de cima e eu mostrei os quatro quartos um maior que o outro, com os banheiros e closets.

No fim ela dá um suspiro e então vai para a sala de limpeza pegar os produtos e as coisas.






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