O seu Fernando é tão carinhoso comigo, e fico até pesando se ele é assim com todos seus empregados.
Pois está na cara que eu não sou a única.Depois de ter arrumado a metade das minhas coisas no meu mais novo quarto que decidi ser uma das primeiras porta do corredor pra não ter que passar pelo mesmo desço para fazer o almoço, e foi só ficar pronto e o Seu Fernando entra pela porta da cozinha do mesmo jeitinho que ontem.
- Boa tarde Angel, como foi sua manhã? - Fala depois te tentar me dar um beijo na bochecha, mas só tenta pois eu desvio.
- Bo.. bom.. dia se..seu Fernando- Para de gaguejar Angel.- Minha manhã foi ótima e a sua?
- Melhor só quando você
Acordar do meu lado. - Fala baixinho quase imperceptível e fiquei com medo de ter escutado errado e quando ver ir falar alguma coisa e eu ter escutado errado.- O almoço já está na mesa, eu fiz massa com carne moída se não se importar. - Digo e ele dá um sorriso largo.
- Eu não me importo.- Diz e vai sentar para almoçar. - Almoça comigo Angel
- Mas eu não posso.
- Angel eu quero que você almocei comigo todos os dias.- Seus lábios carregam um sorriso quase impossível de negar, e tem razão eu não nego, pego mais um prato na pia e me sirvo, não por nada mas minha comida é ótima.
- Quem lhe ensinou a cozinhar tão bem?- Queria poder dizer que foi a minha mãe, mas não foi, tudo por conta das contas que meu pai me deixou.
- Eu aprendi sozinha, minha mãe trabalhava o dia inteiro e eu ficava com uma mulher, só que a mulher só dormia, nos primeiros dias eu passei fome, mas depois eu aprendi a cozinhar.- Ele me olha com admiração mas não entendo o porque tem nada de interessante.
- Porque não pediu para a sua mãe trocar de babá?- Pergunta interessado.
- Ela foi a única que aceitou o presso que minha mãe tinha condições de pagar. - As vezes eu me assusto com o olhar Assassinos que esse homem da com algumas coisas que eu digo sobre mim. E então eu percebo que eu não sei nada dele.
- Quantos anos você tem? Cadê a sua família?- Pergunto pra mudar de assunto.
- 26. E quanto a minha família, estão todos mortos. - Me arrependo de imediato de ter perguntado sobre a família dele.
- Perdão Seu Fernando eu não quis...
- Tudo bem. - Diz com um sorriso sincero e segura na minha mão. - Um dia eu vou construir a minha própria família com a mulher que eu amo e ter meus filhos.- Diz e eu sinto um arrepio na espinha como se fosse uma promessa muda.
Mas ao mesmo tempo uma pontada no coração e não consigo entender, a dor é como se fosse um aviso para correr e me esconder.
Percebo que minha mão ainda está embaixo da dele, e o mesmo faz um leve carinho nela enquanto eu me perco em seus olhos, nossos rostos estão se aproximando e já sinto seu hálito quente em meu rosto.
- Er.. eu preciso lavar a louça. - Digo apressada e tiro minha mão da dele, me levanto e vou indo para a cozinha.
- Angel - Ele me puxa pelo braço fazendo eu cair sobre o seu colo, e mais uma vez eu me perco em seus olhos, e então acontece, ele me beija. Tento a todo custo me soltar de seus braços, O que não é uma tarefa fácil levando em consideração a diferença de tamanho e força ele fica parecendo o Legoshe e eu a Haru.
O beijo só acaba quando ambos ficamos sem ar, e é aí que eu me toco do que aconteceu, meu chefe me beijou, e isso não devia ter acontecido.
Seus olhos ainda perfuram meu rosto e eu caio na real de que estou deitada no colo dele.
Saio do colo dele as pressas o que parece não o agradar muito.
- Perdão, desculpa, eu prometo que isso não vai mais acontecer.- Falo balançando as mãos em minha frente.Ele não fala nada, fica apenas me encarando e então um sorriso de lado nasce em seu rosto, e me faz travar no lugar, nem palavra e nem movimento, tipo uma estátua.
- Angel, eu.. eu.. tenho que ir. - Ele ia falar alguma coisa tenho certeza que ia, mas agora já era, eu estou aqui nessa sala de jantar sozinha, pensando no meu chefe, pensado em como senti medo a pouco. Eu devo ir embora, devo achar outro emprego, mas no momento O que me resta é aqui.
Deus como eu vou encarar o homem agora? Que vergonha, ele deve estar achando que eu sou uma atirada uma qualquer da vida. Ainda mais em saber onde eu moro, na favela e isso me faz ter mais medo, e se ele achar que sou uma interesseira?
E não posso ser demitida onde eu iria morar? Debaixo da ponte? Não não posso.
Uma lágrima rola por meu rosto só de pensar na hipótese de perder o emprego porque meu chefe me beijou, droga Angel.
Quer saber vou terminar de arrumar a louça aqui, vou arrumar meu quarto e vou ali na outra rua conversar com o seu José, e vou levar um pedaço de bolo para ele.
[°°]
Estou eu aqui na casa do seu José conversando, ele fez um chá de camomila para tomarmos enquanto comemos o bolo, seu José é tipo o avô que eu nunca tive divertido.
- PAIE ABRE O PORTÃO. - A voz ecoa lá fora e fico imaginando porque essa pessoa está gritando.
- É meu filho mais novo ele acha que eu sou surdo.- E revira os olhos me fazer rir de sua atitude.
- Pode ficar aí sentado que eu abro o portão. - Digo e ele me entrega a chave.
Visto minha rasteirinha no pé e vou até lá fora só tenho uma surpresa é que o filho do seu José não é nada feio.
- Quem é você? - Pergunta me avaliando dos pés a cabeça.- Eu não sou ninguém.- Abro o portão volto lá dentro e me despeço do seu José com um beijo na testa dele e um abraço.
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Doce Pecado.
FanfictionAnjo sorridente e um babaca empresário onde isso vai acabar? Talvez numa ilha? Ou num altar? Bom para descobrir só lendo...