Minha mãe quase me bateu, ela chorou muito, disse que não era pra mim ir e que estava com um pré sentimento ruim sobre o Seu Fernando, eu sei que ele pediu pra mim não chamar ele assim mas eu não consigo.
Por um lado eu até entendo minha mãe, eu não o conheço mas estou disposta a atuar somente como a empregada, mesmo sentindo um pequena atração por ele, e vou esconder isso a todo custo. Imagina a empregada feia e pobre apaixonada pelo patrão rico e bonito, seria ridículo para ele.
A vida também não é nem um conto de fadas ou um clichê de livros que já li na biblioteca da escola.
-— Angel estou indo. — Fala Fernando arrumando a gravata enquanto eu tiro a mesa.
— Okay, boa sorte com a sua Reunião. — Ele me falou antes enquanto comia que tinha uma reunião com o dono do Condomínio.
Olho para ele que está todo embolado com a gravata. — Você não sabe colocar?— Pergunto apontado para a gravata.— Sei mais eu estou nervoso, e não consigo dar o nó.— Me seguro para não rir, eu sei dar o nó, aprendi quando ainda estudava e tinha que fazer todos os dias de manhã.
Tiro as mãos dele de lá e começo a dar o nó, e quando puxo pra ficar exatamente do tamanho dele, vejo seus olhos esmeralda perfurando meu olhar.
— Er.. prontinho.. se..se.. Sr, Fernando. — Gaguejo por estar hipnotizada com as duas bolitas que ameaçam me levar a outra dimensão— Eu já falei pra me chamar só De Feh ou Fernando, nada de Sr ou Seu. — Ele parece estar irritado mas logo abre um sorriso. — A e depois que eu chegar da reunião conversamos melhor sobre sua estadia aqui, tchau— Fala e me dá um beijo na testa, e eu me afasto.
Não quero me envolver emocionalmente.
Arrumo as coisas que vou precisar e subo para arrumar os cômodos lá de cima, começo pelo último quarto do corredor no caso o do seu Fernando, o quarto é bem bonito, todo na cor preto e branco é todo organizado, menos o closet, e eu trato de arrumar tudo em seu devido lugar, acho que demorei quase uma hora pra arrumar todas aquelas roupas.
Vou para o outro quarto, varo tiro o pó dos móveis e passo pano, e assim repito em todos os outros quartos.
Nós banheiros eu lavo as paredes o box, a pia, e o vaso, de todos, há e também tiro a tampinha do ralo pra esfregar e não ficar com cheiro ruim.
E por fim o corredor, não vou mentir eu sou cagada de medo de corredor, principalmente os compridos que nem esse, dá um certo medo.
Assim como banheiros pequenos, fico a todo momento olhando para os cantos e o teto, lá na minha casa minha mãe e eu dividimos um banheiro, e as vezes tomo banho de porta aberta, isso eu sou medrosa.Também tenho medo do escuro, tenho um certo pânico de escuro até hoje não sei porque já que o escuro não pode me fazer nada, são medos sem sentindo, eu sei que não preciso ter medo disso mas eu tenho.
Olho mais uma vez para o corredor, e penso em limpar só quando o Fernando estiver em casa, o que seria humilhante, imagina uma moça desse tamanho com medo de limpar um corredor, quer saber dane-se o medo.
Pego as coisas e começo a limpar, a todo momento olhando para as duas pontas e para o teto, sem necessidade alguma, até cantei um pouco pra ver se eu me distraia e medo ia embora, mas num deu muito certo.
Quando finalmente término aquele corredor vou para as escadas que só de olhar já dá um cansaço.
— Pra que tantos degraus assim Jezuiz?— Pergunto pra mim mesma, dou um suspiro e começo a limpar, quando termino passo uma vassoura no andar de baixo e vou lavar a louça.Não tem muitas só as travessas, panelas e pratos que usamos hoje. Sabe é até legal trabalhar aqui, o chefe não fica enchendo o teu saco e falando que você não faz as coisas direito, você simplesmente faz.
Estava esfregando uma das panelas quando sinto estar sendo observada, olho para trás e levo um susto com o Fernando me encarando, ele está encostado no batente da porta, só com a calça social e camiseta com os quatro primeiros botões abertos a gravata está bem solta em seu pescoço.
Resumindo ele está extremamente lindo, parece até um modelo.
— Que susto não vi o Sr aí.— Falo pondo a mão no coração.— Desculpe não quis a assustar.— Fala ainda me olhando dentro dos olhos.
— Está aí a muito tempo?— Pergunto voltando a esfregar a panela.
— Não, acabei de chegar. — Escuto seus passos e sei que está vindo pra mais perto de mim. — Deixe a louça pra depois precisamos conversar. — Ele põem a mão no meu ombro, como se aquele toque podesse me parar.
Deixo a panela de lado e nós sentamos na mesa de jantar.
— Como você vai ficar aqui, pode ficar com o quarto que quiser, amanhã pode tirar o dia de folga para arrumar suas coisas.— Balanço a cabeça em concordância.— As regras são simples, sempre que for sair avisar, nunca trazer amigos aqui, não voltar tarde da noite para casa, e não beber. — Realmente simples, eu sempre aviso, não tenho amigos, tenho medo de sair sozinha de noite e vcs sabem porque e eu nunca bebi na minha vida.
— Não terá problema com nem uma dessas regras. — Falo fazendo continência, O que faz ele dar uma leve risada.
— Há já ia esquecendo, você não vai trabalhar com panfleto mais.— Que? Perae que eu Ratatunei.
— Como? Acho que escutei errado. — Será mesmo que eu escutei errado.
— Não você escutou certo, você vai trabalhar só pra mim, não posso te ter cansada todos os dias. — Fala todo calmo. — Fui falar com a sua ex patroa e hoje foi seu último dia. — Puts.
— Você não tinha o direito. — Me levanto e começo a lavar a louça e ele fica lá sentado pensando ou slw raios que está fazendo.
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Doce Pecado.
FanfictionAnjo sorridente e um babaca empresário onde isso vai acabar? Talvez numa ilha? Ou num altar? Bom para descobrir só lendo...