Vultos rubros - Parte dois

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O acampamento encontrava-se bem movimentado

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O acampamento encontrava-se bem movimentado. Mais reforços juntavam-se ao contingente conforme as horas iam se passando. Mais barracas e tendas eram erguidas, mais comida era preparada nos caldeirões distribuídos pelas numerosas fogueiras. Mais bebida era servida e mais acompanhantes de acampamento eram contratadas pelos soldados lá estacionados. Nem os cruzes azuis escapavam dos flertes das moças, tendo assim seus votos de castidade postos sob prova diversas vezes.

Os primeiros que se juntaram ao aglomerado foram os tallorinos, que vieram recebê-los nas proximidades da cidade assim que o contingente beligerante chegou por lá. Não muito depois, os mercenários começaram a dar as caras, constantemente e em grandes números. Vinham de diversas regiões do país e esperavam arrecadar uma boa quantia com a tensa situação. Quase duas horas depois, vieram os Ignosveliences, cerca de dois mil e trezentos homens. Por último, e não muito mais tarde, chegaram os bálmanos. Havia uma enorme distância entre a cidade portuária de Balmon e Tallor, mesmo pela rota mais curta era necessário contornar as florestas de Aghnor, o que forçava uma desgastante viagem de aproximadamente vinte dias seguindo pelas rotas de deslocamento mais amplamente conhecidas, isto a trote nas costas de um bom cavalo. A marcha deles durou um tanto mais que isso. Na área central de tudo aquilo, se destacava a tenda real, um grande abrigo circular coberto por lona azulada e de exterior decorado com peles de animais e estandartes da pátria, com direito a oito guardas da realeza para vigiarem o perímetro, mas o Rei lá não se encontrava, estava reunido com o filho e os líderes militares da nação não muito longe dali para discutirem as estratégias do aparentemente inevitável confronto. Guardas reais em suas armaduras de placas douradas esmaltadas cercavam em círculo uma longa mesa que havia sido armada para receber os participantes da reunião. Sobre ela estava desenrolado um comprido mapa de Eingsfyre, pintado artesanalmente em tecido levemente desbotado e iluminado por luz de velas em lamparinas.

Não há mais dúvidas, Vossa Majestade. É como nossos batedores já afirmaram diversas vezes, os inimigos desembarcam em força ao longo de toda a costa nordeste. Cercaram e ocuparam sem delongas o agora deserto vilarejo importador de Sertaval. Devem dar início a uma marcha brevemente, isto se já não tiverem começado a andar. – Afirmou novamente o Marechal Arstan Swan, ao gesticular sobre a margem correspondente do mapa. Vestia-se em roupas corteses para comparecer perante o monarca e seu herdeiro. Encontrava-se apoiado com as mãos sobre a extremidade da mesa oposta à qual se sentava o soberano.

Não sei bem, mas... Não... Esquece. – Disse Zlartan, como que para contrapor a afirmação do líder militar, mas se reteve, cruzando os braços em aparente relutância.

... O que foi, filho? Algo a acrescentar? – Perguntou Drazael, vestido em um suntuoso casaco escuro de peles trabalhado sobre seda e adornado por fio de ouro. À cabeça dourada ele carregava sua imponente coroa prateada, ornamentada por rubis, safiras e diamantes dispostos simetricamente nas concavidades das dobras metálicas da armação frontal.

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⏰ Última atualização: Feb 26, 2021 ⏰

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