Quem é ela?

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  Sulcos eram feitos na estrada lamacenta conforme esta era pisoteada pelos cascos das suas montarias

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Sulcos eram feitos na estrada lamacenta conforme esta era pisoteada pelos cascos das suas montarias. Haviam passado a noite anterior em uma estalagem na beira da estrada principal, pouco além da fronteira dos territórios de Ignosvel. Se puseram novamente em cavalgada quando a chuva acabou, logo após terem tido um modesto café da manhã. Era um dia razoavelmente movimentado, pessoas dos mais variados tipos iam e vinham, os acompanhando durante o percurso. Mercenários, mensageiros, comerciantes com diversas mercadorias sendo transportadas em seus animais de carga, camponeses, dentre outros. Após mais uma hora de percurso, os demais viajantes haviam tomado rotas diferentes, logo a dupla se encontrava quase que sozinha novamente.

– Ahhh... Quanto tempo ainda falta?! – Perguntou impaciente a mulher encapuzada.

– Não muito, eu prometo. – Assegurou-lhe seu acompanhante.

– Droga... Estou morrendo de fome.

– Fome? Você acabou de comer neste instante! Como uma pessoa tão magra pode comer tanto?!

– Neste instante nada! Foi mais ou menos umas três horas atrás, e eu não comi tão bem assim.

– Bem, poderia ter comido, se tivesse me deixado pagar.

– Não, nem pensar! Não gosto de viver à custa dos outros, eu já lhe disse isso umas cinco vezes! E além do mais, você já fez o suficiente por mim.

– Tudo bem, então vê se para de reclamar. Estamos quase chegando.

Cerca de duas horas depois, a dupla de viajantes estava a entrar pelo portão leste da cidade portuária de Balmon, a segunda maior cidade do reino. Havia sido uma cavalgada de dezoito dias seguindo pela estrada principal de Eingsfyre até chegarem ali. A exportação e importação de mercadorias com Centrírion pelo estreito Mar de Ulter era a principal fonte de riqueza daquele próspero local. Possuía muralhas de sete metros de altura contornando seu trapézio interior. Em todas as suas vias de entrada haviam alguns guardas ao lado dos portões e nas ameias dos muros, a observarem o fluxo de indivíduos que entravam e saíam de lá. Alguns carregavam consigo hastes com os estandartes em tecido verde escuro, ostentando o seu dragão dourado símbolo neles estampados.

Quando finalmente conseguiram passar com os cavalos pelo fluxo de transeuntes que cruzava através da passagem, os dois seguiram por entre as casas e demais construções até chegarem numa conhecida taberna da cidade.

– Droga, meu traseiro dói horrores. – Reclamou a senhorita Leslie, enquanto massageava os glúteos e se espreguiçava, logo após descer da montaria. Entregou as rédeas ao amigo, que logo após amarrou os animais num palanque próximo. Ela foi então removendo a capa escura, que esquentava devido à recente mudança de temperatura climática. Abaixo, vestia-se com uma jaqueta de couro claro, camisa de algodão e calças de tecido grosseiro. Aos cabelos levava a bandana vermelha. Sem seus costumeiros trajes de garçonete, a jovem detinha um aspecto muito mais aventuroso. – Acho que você deveria seriamente mudar o seu conceito de quase chegando!

Fardos de Batalha (Em Andamento)Onde histórias criam vida. Descubra agora