Sem respostas

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Estava retornando para a capital após ter saído de uma confusão em uma taberna nos arredores do vilarejo de Defsef

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Estava retornando para a capital após ter saído de uma confusão em uma taberna nos arredores do vilarejo de Defsef. Alguns dos moradores que haviam acompanhado ou ficaram sabendo do trágico acontecimento tentaram obter vingança, mas acabaram derrotados pelo General, que saiu da briga apenas com um olho roxo. Achou que se saiu particularmente bem, uma vez que estava parcialmente bêbado e eram seis homens armados com facas e paus. Metade deles correu de medo quando um dos revoltosos foi atirado para fora da estalagem pela janela. Como se um hematoma não fosse o suficiente, também teve que pagar ao dono do estabelecimento pelos danos à sua propriedade.

Defsef ficava localizada no centro de um dos grandes anéis agrícolas da região, a quase um dia de distância da capital do reino a cavalo. Enquanto cavalgava de volta ao quartel general, não conseguia tirar aquela imagem da cabeça. O sangue quente escorrendo de sua lâmina e espalhado pelo piso de tábuas enrubescidas, sendo drenado pelas frestas da madeira, aonde jaziam mortos os pais da garota, com o som do choro da mesma enaltecendo a tragédia. Não imaginava o quanto aquela lembrança o iria perseguir dali em diante.

O dia já estava a escurecer quando finalmente estava chegando aos altos portões da base central da Ordem, algum tempo após ter atravessado a alta muralha interna da cidade de Heartfall. Artoges desmonta e entrega as rédeas do seu cavalo a um dos guardas que estavam de vigia, ele dá uma rápida revista no machucado do General e o informa que era esperado na sala do trono. A resposta ao comunicado foi um aceno.

Passando pelo pátio de entrada, adentrou no grande salão, que tinha amplas janelas de vitrais redondas dispostas nas paredes de maciça pedra cinzenta. O alto teto abobadado era sustentado por seis grossas pilastras espalhadas simetricamente pelas laterais do lugar. Tudo isso era iluminado pelas chamas de archotes presos nas paredes por negras hastes metálicas, acesos para espantar a escuridão vindoura.

Ao fundo da sala, encontra o Marechal Arstan Swan relatando a operação ao Mestre da Ordem. Com o abrir dos portões, todos os olhares dos ali presentes foram desviados para ele, haviam cerca de trinta homens reunidos, dentre os quais estavam alguns dos soldados que o acompanharam até a vila. Também podia ver o General Varymir, com um olhar de desconfiança que excedia seus padrões. Os guardas pessoais do Grande Mestre também estavam por lá, assim como o próprio, que estava sentado em seu trono esculpido artesanalmente em mármore no final da extensa sala. O tal líder em seguida o pede gesticulando de longe com a mão enrugada para que se aproximasse, e assim ele o faz. No caminho ele pôde sentir a atmosfera pesada que havia se formado ali, um ar de dúvidas e desconfiança era perceptível, uma sensação bastante semelhante à qual sentiu quando entrou na casa da garota do vilarejo, esta sensação se tornava mais nítida conforme ia chegando à base do baixo lance de degraus da magnificente cadeira em formato de cruz. Então lhe é requisitada a sua versão da história.

– Com todo o respeito Mestre, – Continuou o Marechal. – mas não é necessário fazer esta pergunta novamente, ocorreu como eu disse, tentamos capturar a amaldiçoada sem luta, mas a mesma demonstrou resistência e nós tivemos que...

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