Despedida vermelha

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Seguindo o conselho da pequena e extrovertida Arlandrya, Artoges procurou pelas estalagens aos arredores do distrito bancário de Tallor e acabou por se hospedar em uma modesta taberna nomeada Camaleão

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Seguindo o conselho da pequena e extrovertida Arlandrya, Artoges procurou pelas estalagens aos arredores do distrito bancário de Tallor e acabou por se hospedar em uma modesta taberna nomeada Camaleão. Alguns na sua mesma situação poderiam julgar a decisão de dormir em um estabelecimento aberto ao público não muito sábia, pois sua estadia por lá poderia atrair atenções indesejadas. Se os cavaleiros da Ordem não já o tivessem tomado como morto, logo poderiam haver cartazes de procurado com sua face neles desenhada espalhados pela cidade. Poderia ser o caso, mas estava necessitando de um bom descanso em um quarto de verdade. Durante quase um mês ele esteve dormindo em camas improvisadas feitas de folhagem, palha suja de estábulos ou pura terra dura. O colchão não muito macio no qual dormira naquela noite o fez se sentir nas nuvens. Assim sendo, acabou por ter um maravilhoso sono. Nada de pesadelos para acordá-lo daquela vez, apenas teve um devaneio estranho. Sonhou que estava na companhia da garota de cabelos castanhos que conhecera no dia anterior. Estavam em meio a algum suntuoso tipo de baile, todos a dançar em um salão igualmente opulento, aqueles ao seu redor, incluindo a jovem, pareciam estar muito felizes. Todos menos ele, por algum motivo. Parecia-lhe nem em seus sonhos tinha este direito. No dia seguinte, quando os estabelecimentos comerciais voltassem a funcionar com o raiar do sol, ele iria finalmente comprar sua autorização de desembarque e daria o fora dali, sem demais incidentes, esperançosamente.

Amanhece e ele segue para o mercado após pagar a dona da estalagem pela sua estadia. Aquela noite de sono bem dormido havia feito maravilhas com suas costas. Julgou o leito no qual adormeceu bem mais confortável que o de seu antigo aposento no Quartel. Sua costela quebrada já não lhe incomodava tanto quanto antes e o pé parecia estar totalmente recuperado. Chegando ao fim da por costume curta fila de espera, ele se encontra com o mesmo homem mal-humorado do dia anterior.

– Ma... Mas... Você de novo por aqui?! Guar...

– Sim, mas dessa vez trouxe o dinheiro. – O Ex-General interrompeu a ordem de despejo de sua pessoa ao jogar as moedas em cima da banca.

– Hmm... Nesse caso... – Repensou.

Após arrumar tudo dentro de sua grande bolsa, incluindo a incoveniente reposição de suprimentos que teve de fazer, se dirigiu à saída norte da cidade. O dia estava ensolarado, era possível ver algumas nuvens escuras vindo do leste, mas não representavam preocupação. Estava a atravessar um dos distritos habitacionais próximos ao centro da cidade quando em uma parte do percurso ele se deu conta de que as crianças que há pouco estavam a brincar na estrada eram chamadas aos gritos pelos pais para dentro de suas casas. A praça circular que a pouco estava bem movimentada se esvaziou, apenas alguns curiosos permaneceram de longe observando a cena que se desenrolaria. A princípio não compreendeu, mas quando a multidão se dispersou, ele deixou sua bolsa cair ao dar de cara com um grupo de pessoas com faces familiares.

– Ora, ora, vejam só... Quem nós voltamos a encontrar por aqui, rapazes... Vejam se não é o General, ou melhor, Ex-General Artoges! – Falou o líder dos caçadores de recompensa, aqueles mesmos que haviam emboscado Artoges próximo à saída das florestas de Unisteirn.

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