Fourty seven - the end

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POV AINÊ
Praticamente um mês desde o dia de ação de graças, e hoje finalmente chegou a véspera do Natal. Para mim, essa é a melhor data comemorativa do ano, seguida do Réveillon. A família toda dos Coutinho's que moram aqui na Califórnia irão vir jantar aqui, alguns parentes do Brasil também vieram, então a casa estará cheia.

Os preparativos já começaram ontem, isso é uma das coisas que mais admiro em Esmeraldina, ela é super detalhista e delicada, adora deixar tudo nos "trinques" e tem um ótimo gosto para decoração.

A mansão está repleta de decorações vermelhas, mas nada muito poluído, já conversei com minha mãe e na virada da noite do Brasil, ela irá ligar para nós, isso vai ser às 19:00 daqui, então ainda não terá chego ninguém, assim só nós conseguimos aproveitar o momento.

Nunca vi minha mãe tão ansiosa para conhecer alguém, ela sempre elogia Esmeraldina pelas coisas que eu conto sobre, acredito que as duas irão se dar bem... mesmo a distância!

Logo após o almoço já comecei meu dia de princesa, lavando e hidratando o cabelo, pois é. Quero estar arrumada antes de ligar para minha mãe, provavelmente a família estará junto, não quero me vejam, bem... desleixada.

Esses dias fui ao shopping com Thais, acabei comprando um vestido vermelho longo coisa mais linda, e é bem ele que irei usar hoje. Para o cabelo acredito que vou só enrolar as pontas, nada muito especial.

Em meus pés irei calçar um salto preto, que vai acabar nem aparecendo direito pois o vestido cobre, mas pelo menos ficarei mais alta.

Perto das 19:00 já estávamos todos arrumados na sala, apenas aguardando a ligação de minha mãe. Fizemos uma gambiarra imensa conectando o iPad da Thais na televisão, de forma que conseguíssemos ver minha mãe em tamanho maior.

Logo ela ligou e eu não consegui me conter, lágrimas de felicidade rolavam em meu rosto de maneira descontrolada! Ela mostrou todos que estavam com ela lá no Brasil, Antônio também conversou um pouquinho com a gente - e meu Deus, como pode uma criança crescer tanto em menos de um ano? Meu bebê já está quase um mocinho - e por fim ela foi até o seu quarto para conversarmos com maior privacidade.

Foi emocionante demais, fazia tempo que eu não fazia skipe com ela, e também o fato de ela estar conhecendo minha segunda família foi lindo demais.

Cerca de quarenta minutos depois nos despedimos, afinal, logo os convidados chegariam e todos precisávamos nos recompor daquela situação toda.

E conseguimos.

Logo os convidados foram chegando, lotando a casa aos poucos. Eu nunca havia estado tão "produzida" assim na frente de tanta gente, então isso serviu como um prato cheio para minha insegurança, até porque uma das primas de Philippe trouxe duas amigas que não paravam de secá-lo, será que não estavam vendo aquela aliança no dedo dele não???

Philippe: o que foi que tu está quietinha aí? - se sentou ao meu lado no sofá.

Ainê: nada, pensando só - menti.

Philippe: ei, todos estão lá fora, curtindo, alguma coisa aconteceu para ti vir para cá, sozinha... fala comigo - me olhou nos olhos.

Ainê: sei lá, estou super insegura comigo e fora que as amiguinhas da sua prima não param de te olhar por um segundo - suspirei.

Philippe: ciumenta você, não é? - sorriu.

Ainê: não é por ciúmes, mas eu sempre fui segunda opção do povo, e sei claramente que elas são muito mais bonitas que eu... em todos os aspectos - finalizei.

Philippe: não fala isso, você é linda, perfeita e só minha - sorriu, segurando minha mão - estou com você, não estou? - concordei com a cabeça - então, em hipótese alguma iria trocar você por uma delas.

A Estranha Perfeita - PhilnêOnde histórias criam vida. Descubra agora