Thiry two

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Cantamos o parabéns, reparti o bolo, dançamos e aproveitamos muito. Percebi Philippe super aéreo durante esse tempo.

Ainê: ai, cansei - falei me jogando no sofá após os últimos convidados saírem.

Thais: nem me fale, estou morta - se jogou ao meu lado - mas gostou?

Ainê: se eu gostei? Eu amei, de verdade, nem lembro qual foi a última vez que tive um festão assim.

Esmeraldina, Zé e Philippe subiram para seus quartos, me deixando sozinha com Thais ali na sala.

Thais: reparou o Philippe estranho hoje?

Ainê: ainda bem que não foi só eu que percebi, ele não estava assim durante o dia - concordei.

Thais: realmente, não é moça? - piscou.

Ainê: palhacinha - rimos - acho que já vou ir subindo, preciso tomar um banho, tirar toda essa maquiagem e colocar um pijama fresquinho - falei me levantando do sofá.

Thais: eu também já estou indo, só vou ir beber um copo de água - levantou - boa noite irmãzinha - me abraçou.

Ainê: boa noite - retribui seu abraço, subindo logo em seguida.

Entrei no banheiro e já regulei a temperatura do chuveiro, deixei a água mais gelada do que o normal, o calor aqui hoje estava tremendo!

Passei meus cremes e coloquei meu pijama, seguindo até o quarto de Philippe.

Philippe: entra - falou ao escutar minhas batidas na porta - achei que tu nem viria.

Ainê: se quiser eu posso voltar ao meu quarto - fingi drama.

Philippe: claro que não - sorriu vindo ao meu encontro.

Ainê: e também tenho interesse em saber o porquê de ter ficado tão estranho de repente - falei sentando em sua cama.

Philippe: a não foi nada, só saí um pouco para tomar um ar - assenti, claramente não tendo acreditado naquela situação.

POV PHILIPPE
Não, não foi nada. Recebi uma mensagem de um número desconhecido, dando a entender que estariam no portão do condomínio, como não sabia quem era, optei por ir até lá ao invés de liberar a entrada.

*Flashback on*
O condomínio tinha suas ruas desertas, com exceção a frente de nossa casa que estava bastante movimentada. Segui até a portaria, onde o porteiro afirmou que não havia ido ninguém até ali pedir autorização para a entrada.

Estranhei, saindo pelo portão de pedestres.

"Achei que você não iria vir não, Couto" reconheci aquela voz, aquela maldita voz.

Olhei ao redor encontrando Caio e Max encostados no muro, fumando, como sempre.

Philippe: vejo que já se recuperaram bem da derrota - provoquei, vendo eles sem nenhum machucado aparente.

Caio: pois é, que bela briga foi aquela, Coutinho. Max e eu nos surpreendemos com todo o seu histórico de lutador - Max concordou e ambos riram logo em seguida.

Philippe: querem o que aqui? Já não fizeram o bastante? - me alterei, mais irritado.

Max: o susto na baixinha foi pura diversão, Couto. Por que criou esse auê todo por conta daquilo?

Philippe: sempre deixei claro que na minha família ninguém toca, eu posso ser a pessoa mais fudida do mundo, mas ainda tenho caráter!

Max: uau, namoro assumido já? Só cuidado para ela não fazer como a Cassie - ele adora me tirar do sério quanto a isso - e te abandonar pelo primeiro que encontrar em uma esquina.

Philippe: não que eu lhe deva alguma informação, mas não estou namorando nem com uma alma penada, e se tocarem nela ou em qualquer outra pessoa importante para mim, já sabem o que posso fazer - finalizei, dando as costas para eles.

Caio: isso ainda não acabou, Couto - chamou minha atenção.

Philippe: como é? - parei, olhando novamente para eles.

Caio: achou que iria esmurrar a gente e ficaria isso por isso? Só te cuida, irmão, o barco toca.

Philippe: eu deveria entender isso como uma ameaça de dois homens bêbados e drogados? Que piada - sorri sarcástico.

Max: entenda como quiser, Couto - finalizou, entrando com Caio em seu carro.

A que lindo, se prepare para morrer, Philippe.

*Flashback off*

Ainê: ei - me despertou das lembranças - sabe que pode confiar em mim, não é? Sei que não foi "nada" que houve.

Ela não pode saber, se souber vai surtar, se trancar e trancar toda a família junta em casa.

Philippe: por que eu mentiria para você? - me sentei ao seu lado - vamos só... aproveitar a noite?

Ainê: eu não vou esquecer disso tão fácil - se aconchegou ao meu lado - você estava todo feliz lá na cozinha, sumiu e depois apareceu aí todo estranho - fez uma careta.

Philippe: falando em cozinha - consegui fugir daquele assunto - o que acha de terminarmos o que começamos lá? Hein? - falei dando alguns beijos em seu pescoço.

Rapidamente me coloquei em cima de Ainê, controlando meu peso de forma que não a machucasse, distribui alguns beijos por sua bochecha, logo partindo até seu ponto fraco: pescoço.

É legal ver esse poder que tenho sobre Ainê, conforme beijo seu pescoço consigo sentir sua pele se arrepiar, seu corpo se contrair.

Parti até o lóbulo de sua orelha, mordiscando-a de leve. Segui nas provocações, porém eu mesmo já não estava mais aguentando.

Ainê: Philippe, por favor, me beije - falou quase como súplica.

Não esperei, parti logo. Mais uma vez tínhamos um beijo cheio de desejos, eu a queria, da mesma forma que sabia que ela me queria também.
Senti suas mãos pressionarem minha cabeça para mais perto, incentivando um beijo menos calmo.

Philippe: como eu te quero, Ainê - falei ainda ofegante - por Deus, como eu te quero.

Ainê rapidamente colou nossas bocas, de novo, aumentando mais ainda meu desejo.

Só Deus sabe o quanto sinto vontade de dormir com Ainê, não só dormir, mas assim... vocês entenderam.
Mas quero que seja especial, não quero que nossa primeira vez seja na mesma cama onde dormi com pelo menos uma dezena de mulheres.

Philippe: precisamos de um lugar apropriado para isso - falei me deitando ao seu lado.

Ainê: aqui não seria apropriado? - questionou, imitando minha forma de falar, apoiando sua cabeça sobre meu peito.

Philippe: quero que aconteça em um lugar que fique marcado como nosso, não no meu quarto, com meus pais ao lado, na cama onde outras pessoas já passaram - afirmei vendo Ainê fazer uma cara de nojo.

Ainê: por favor, quando acontecer esteja preparado, não quero pegar doenças de outras mulheres - riu.

Philippe: está certo - ri, entrando na dela.

Passamos o resto da noite com Ainê dormindo sobre meu peito. Volta e meia acordávamos e trocávamos alguns carinhos, mas nada demais.

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<Não foi dessa vez que tivemos pedido de namoro nem a primeira vez do nosso casal chuta balde busca balde>
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Aceito críticas construtivas, se puderem me ajudar divulgando eu ficarei muito grata! Espero que gostem e soltem a imaginação enquanto lêem 💗
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IC: "O Intercâmbio"
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A Estranha Perfeita - PhilnêOnde histórias criam vida. Descubra agora