𝐞𝐢𝐠𝐡𝐭𝐞𝐞𝐧

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A água gelada se chocou contra o rosto quente da garota, assustada, despertou de seu sono em choque.

- Bom dia. - Zayn disse sorrindo ao analisar a jovem -

Gemma ainda tentava recordar o que podia estar acontecendo, mas suas memórias tinham desaparecido, como se nunca tivessem existido. Seus cabelos caídos cobriam seu olhar e permitia por hora o anonimato da aparência de quem falava com ela.

- Fez uma boa viagem até aqui? - Malik questionou caminhando até a mulher -

A caçadora lembrava de estar bêbada, pedir um isqueiro e depois tudo ficar um completo breu. Onde estava?
Seu raciocínio foi interrompido quando um segundo balde de água com gelo foi arremessado contra ela, encharcando seu corpo e roupas, causando um frio incômodo. Ainda parecia cedo, o que piorava a sensação do gelo.

- Minha mãe me disse pra não falar com estranhos. - Falou antipática - Principalmente os que me acordam com água e gelo.

Ele riu divertidamente da situação, a caçadora parecia tão derrotada pela vida quanto imaginava.
Gemma arrumou a postura, e jogou seus cabelos pra trás ao levantar a cabeça. Não conhecia aquele homem, nem aquele lugar.

- Onde estou?

- Nova Orleans.

- Impossível. - Ela zombou com um sorriso mordaz -

- Onde pensa que está?

- Estou em Londres, onde moro.

- Não lembra?

- Do que exatamente eu devia me lembrar? - Perguntou encarando Zayn -

- Você foi sequestrada, minha cara.

- Improvável, sou uma caçadora.

- Gemma, alguns dias a caça se torna o caçador, a vida é imprevisível.

Tinha passado pela sua mente que talvez as memórias desconexas tivessem sido um sonho qualquer, mas percebeu o peso da realidade em seus ombros quando sentiu os braceletes prendendo seus pulsos na cadeira de ferro. Aquilo não parecia ser um sonho.

- O que você quer de mim? - Questionou determinada -

- Quero que me ajude. Por livre e espontânea pressão.

- E porquê, exatamente, faria isso?

- Porque eu posso matar alguém que você ama.

- Ah, impossível. Não há mais ninguém que eu ame, todos já morreram por causa de coisas como você.

- Coisas? Isso realmente me deixa ofendido, mas vou ignorar isso para sermos amigos.

O imortal se aproximou com passos lentos e determinados da cadeira, bruscamente puxou os cabelos dela com força pra trás, fazendo seus olhos se encontrarem e ela soltar um grunhido de dor. Ele sorriu de leve com a situação.

- Você sabe, e eu sei, que ainda há uma pessoa entre nós que você se importa de verdade. É do seu sangue, e eu acredito que você não queira ver a a última pessoa da sua família morrer. Você quer?

Lágrimas de ódio se acumulavam nos olhos da caçadora, apenas de imaginar a cena do vampiro matando seu último semelhante, ela morria de ódio por dentro.

- Não seria capaz, não depois que vocês me fizeram perder todo o resto da minha família.

- Eu seria capaz sim e você nem imagina. - Malik respondeu ao puxar um pouco mais o cabelo dela -

bloodthirsty love |CONCLUÍDA|Onde histórias criam vida. Descubra agora