Cap. 44 Meu conforto

286 30 31
                                    

Capítulo revisado. 


É interessante observar pessoas em um avião. Tem de vários tipos, várias classes sociais, vários motivos para estarem aqui e também várias expressões. Nunca fui de usar aviões públicos e da última vez que usei estava tão desesperada para ir embora que não tive tempo para observar quem estava ao meu redor, como estou fazendo agora. A maioria parece ser pessoas que estão indo aproveitar o feriado com a família, como nós, e famílias que estão indo curtir o feriado.

Depois da discursão que tive com Maxon o nosso relacionamento mudou bastante. Fomos mais francos uns com o outro, pelo menos um de nós.

Me surpreendi com ele quando chegou lá em casa com uma mochila cheia de roupas e começou a pegar alguma das minhas roupas. No dizer dele:

— Se é para ficarmos dormindo um na casa do outro que pelo menos tenhamos algo para vestir.

Obviamente não discordei, tentei seguir as regras do César de me aproximar mais dele, dos amigos dele e até então está tudo perfeito, tirando algumas DR's por motivos bobos algumas vezes.

Voltando ao avião que está perto de pousar, vejo uma menina linda morena brincando com uma tiara como se fosse uma princesa, a coisa mais linda possível. Nunca imaginei tendo filhos, sempre o meu foco foi as festas e a vida de balada, mas agora olhando o loiro apagado ao meu lado, quem sabe em um futuro eu não possa ver um filho com seus traços loiros ou olhos castanhos.

A aeromoça informa para colocarmos os cintos de segurança que iremos pousar, olho aquela vista maravilhosa de Nova York, nunca tive a oportunidade de conhecer a cidade, ou melhor eu não quis, e agora estou preste a conhecer não só ela como a os meus sogros também.

Se estou nervosa para conhecer a família do meu namorado? Sim, estou surtando, para um caralho, mas permaneço com uma cara de "está tudo tranquilo por aqui" quando por dentro estou quase pegando um avião de volta.

Que merda eu tinha na cabeça quando eu concordei com essa viagem.

Desembarcamos naquele aeroporto totalmente lotado por causa da páscoa e pegamos o primeiro táxi que aparece. Maxon disse que os seus pais não puderam nos receber aqui porque tem questões das empresas para resolverem e também porque se falassem que vinham sua irmã, Brice faltaria em todas as suas atividades para vir também.

O carro para em frente de um belíssimo prédio do Upper East Side, agora tá explicado porque me taxaram de interesseira. Ah... se eles soubessem que minha casa ficava no Egerton Crescent, acho que ele que seria taxado como interesseiro.

— Está nervosa? — Pergunta enquanto aguardamos dentro do elevador.

PRA CARALHO.

— Só um pouco. — Falei o mais suave possível para ele não perceber.

O elevador se abre em uma cobertura, que tenho que confessar seus pais tem um excelente bom gosto. Tudo ali era decorado com um estilo clássico, nada muito exagerado nem fora do toque do luxo, em que demonstrava que a família tinha bastante dinheiro.

— Silvia! — Grita Maxon atrás de mim. — Que saudade eu senti de você. — Correu abraçando uma mulher que não devia ter mais que 40 anos.

— Pare de gracinhas menino, sei que sentiu falta da minha comida. — Fala se afastando dele.

— Jamais faria tal coisa. — Colocou uma mão ao peito fingindo estar indignado com as palavras deve.

— Nem precisa fazer essa cara de falso puritano para mim não, que lhe conheço desde que estava na barriga da sua mãe.

Mudando os horizontesOnde histórias criam vida. Descubra agora