Cap. 68 Trabalho e orgulho

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Pov. Maxon

São quase 6:00 da manhã de um sábado.

A Eadlyn não para de chorar, a gente já não sabe mais o que fazer. Já olhamos se ela está com febre, se a garganta está inflamada, se está sentindo dor, mas nada, não temos nem ideia do que possa ser, e estamos acordados desde das 3 da manhã preocupados.

Por glória o Ahren só acordou para amamentar e dormiu de novo antes mesmo da américa se levantar da cadeira de amamentação, como era madrugada não queríamos incomodar ninguém, principalmente por ser perto das festas. Estamos perto do natal e meus pais disseram que viriam em alguns dias, não queríamos viajar com os meninos tão novos em uma viagem longa e de poucos dias, seria muito desgastante para eles e até mesmo para nós.

— Já chega, a gente vai para o hospital. — Diz America entrando na sala já vestida e com a bolsa da Eadlyn. — Liguei para o Aspen e ele disse que já está vindo, tá tudo pronto, não tem como mais a gente ficar aqui. A gente precisa ir. — Ela me olha séria e sei bem que está certa.

A agonia da minha filha já passou para mim desde do momento em que me levantei para a pegar chorando no berço, não consegui nem mesmo a tirar do meu colo. America ficava procurando o que poderia ser na internet enquanto eu balançava Eadlyn de um lado para outro da sala, rezando para o Ahren não querer ficar acordado também.

— Tá bem. — Lhe entrego a nossa pequena e vou para o quarto, pego a primeira roupa que vejo. Passo no quarto das crianças e deixo um beijo no meu rapazinho que está dormindo.

— Me desculpe mesmo por lhe incomodar esse horário, mas é mesmo uma emergência. — Escuto minha namorada conversando com quem eu acredito ser o Aspen.

— Não tem com que se preocupar America, amigos são para essas coisas, e além do mais sou o padrinho deles, não me incomoda nem um pouco, podem ir tranquilos e cuidem para que essa princesinha fique bem logo.

— Não sei nem como te agradecer.

— Obrigada Aspen. — Digo, o cumprimentando com um aceno de cabeça.

— Não precisa é praticamente minha obrigação.

— Pode ligar se qualquer coisa acontecer, Aspen, por favor não hesite. — Pego a bolsa da minha princesa.

— Vamos, amor. — Grita America já do elevador.

Entro no banco do motorista e America vai atrás cuidando da nossa bebê. Todo o trajeto é composto por uma tensão enorme, com o que possa ser que está acontecendo com ela. Demos entrada no hospital e os médicos não nos deixa entrar com ela, porque precisam fazer alguns exames e aí que meu coração aperta com o medo do que possa estar acontecendo.

— Eu vou pegar um café para gente. — Digo depois de não sei nem quanto tempo já faz que estamos nesse hospital, mas para mim é uma eternidade.

Enquanto os copos se enchem ligo para a primeira pessoa que pode me dar conforto nesse momento tão desesperado, dois toques e ela já atende.

Ligação on:

— Pai, oi. — Digo nervoso.

— Maxon? O que foi? Sua voz parece estar estranha. — Pelo meu tom ele percebeu que algo está errado.

— Vocês poderiam vir à Angeles?

— Aconteceu alguma coisa?

— Sim, a Eadlyn está no hospital, estamos aqui a quase duas horas e não temos nenhuma notícia, eu estou preocupado e não sei o que fazer, estou desesperado pai, e se acontecer alguma coisa com a minha filha. — Passo a mão no rosto para limpar as lágrimas que derramam.

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