Cap. 52 Melhor escolha

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Capítulo revisado. 


Respirei fundo mais uma vez me encarando no espelho.

É agora ou nunca.

O almoço pareceu ser tranquilo, ouvia-se risadas e várias conversas, mas eu não conseguia tirar meus pensamentos da cabeça.

É o certo a se fazer.

Saí do quarto e desci as escadas, Maxon estava na sala me esperando para irmos ao Starbucks, como era próximo iriamos a pé.

Fomos o caminho todo de mãos dadas, ele me contava histórias de como era sua vida quando morava em Nova York, de minuto em minuto ele olhava para mim sorrindo.

Será que ele vai sorrir para mim assim quando descobrir que eu menti para ele?

Mas eu não tive outra escolha, eu não podia sair por aí contando para as pessoas quem eu realmente era.

Sequei minhas mãos disfarçadamente no short jeans que eu usava.

Porra, como isso é difícil.

Entramos no estabelecimento eu pedi um triplo mocha e ele um frappuccino de chocolate branco, nos dirigimos para a mesa mais afastada e sentamos de frente um para o outro.

É agora ou nunca.

Caralho, Deus me ajude.

Vou pôr tudo a pratos limpos.

— Por que parece que vai me contar que matou alguém? — Brinco, mas eu não conseguia achar graça naquele momento.

O único homem que já contrai sentimentos menti desde o momento que me encontrei com ele. Ele vai me odiar muito.

Eu devia ter deixado as minhas malas prontas, porque é claro que ele vai me pôr para fora.

— Olha, Maxon... — Respirei fundo sem conseguir olhá-lo. — Antes que fique bravo comigo quero que tente entender o meu lado, entender porque fiz tudo o que fiz.

— Agora estou realmente achando que você matou alguém. — Ele olhou para o rosto que estava sério. — Você não matou, não é? — Sua voz com tom de medo.

Eu não matei, mas fui a causa da morte de pessoas muito importantes.

— Eu não matei ninguém Maxon. Pelo menos não diretamente. — Olhei em seus.

— O quer dizer com isso? — Falou preocupado.

— O meu carro estava no conserto na época e para evitar uma briga com meus pais já que o dia anterior tinha sido maravilhoso peguei o carro da minha mãe, ao invés de pegar o do meu pai como sempre fazia e arrumar briga até o próximo fim de semana onde tinha outro motivo para brigar. — Meus olhos nublaram, ele segurou firme a minha mão me dando força. — Meus pais se acidentaram porque eu resolvi ser a filha obediente uma vez na vida.

— Não foi culpa sua. — Falou calmo.

— Eu podia ter evitado, eu podia tê-los abraçado mais, ter dado carinho, mas eu sempre fui preocupada demais com festas e curtição para isso.

Puxou minhas mãos até sua boca as beijando.

Eu não vou conseguir magoar ele, mas não existe outra forma.

— Eu sempre menti para você Maxon. — Falei com pesar, é agora que a catástrofe acontece.

— Você se sentiu culpada e sozinha e quis se mudar, eu entendo, é um assunto delicado para você. — Diz compreensivo.

Mudando os horizontesOnde histórias criam vida. Descubra agora