Capítulo 5

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"Mãe, eu não estou mentindo! Ben está m-morto!" Exclamo em pura agonia, minha voz quebrando no final, lágrimas escorrem pelo meu rosto. No momento em que percebi tudo, a primeira coisa que eu fiz foi contar para minha mãe o que vi ontem. Ela preparava as coisas para o café da amanhã, franzindo a testa quando ela me viu correndo para dentro.

"Não é muito cedo para falar sobre morte, Lucinda?" Minha mãe pergunta, olhando para mim como o que eu disse fosse uma piada. Gemendo em frustração, eu quase arranco meus olhos. "O que eu estou falando é verdade! Ele matou o Ben, e eu não sei por que, mas ele fez!"

Eu podia adivinhar quem matou meu cão, deve ser o monstro que eu encontrei ontem no quarto principal. Eu sei que devo ficar longe dele. E minha mãe também.

Ela estreia os olhos para mim, me dizendo que ela não acreditava em minha história. "Lucinda, se você estiver brincando, eu vou ficar absolutamente brava com você, você não deve achar que a morte é algo engraçado." Ela me repreende.

"Mãe, por favor! Eu não estou brincando. Por favor, acredite em mim." Eu imploro alto. Se eu não fazer ela entender, vai ser tarde demais, suspirando, ela larga a colher que estava segurando e lava suas mãos. "Tudo bem, eu vou dar uma olhada. Se o que você diz for verdade, eu vou acreditar em você." Ela fecha a torneira, seca suas mãos e sai pela porta dos fundos. Eu vou até a janela para observa-lá, esperando ela ir para o jardim, ver os ossos de Ben, voltar para dentro e dizer que eu estava certa.

"Ben! Aqui menino!" Ela assobia chamando seu nome, mas Ben não corre até ela como costumava fazer quando ela chamava seu nome. Porque ele está morto. Quando estava prestes a chamar minha mãe, eu sinto algo frio cobrindo minha boca por trás. Me contorcendo, eu tento fugir, mas sem sucesso.

"Pare de se contorcer amor, ou você vai perder a cabeça." Meus olhos se arregalam em horror quando reconheço quem estava falando. Seu aperto se afrouxa, eu aproveito a oportunidade para escapar. Respirando pesadamente, eu me viro para enfrentar meu agressor, que estava rindo sem humor. "Qual o problema, Mackenzie?"

"C-Como você sabe meu nome?" Eu gaguejo, chocada por ele saber meu nome. Não me lembro de minha mãe ter me chamado pelo sobrenome, ela raramente faz.

"É claro que eu sei, eu escutei a conversa com a mulher ruiva na entrada." Eu recuo quando ele avança. Ele sorri e continua. "É meio triste, realmente, desperdiçar seu tempo e dinheiro na tentativa de restaurar a casa." Ele disse, passando a mão sobre a parede pintada, seus olhos negros como carvão. Nem mesmo eu sei o que ele está olhando.

"Coitada, você não vai durar uma semana aqui sem ficar louca."

Eu apenas olhava para ele, tentando me acalmar. O que você faria, se estivesse acra a cara com alguma criatura que você nunca tinha visto em toda sua vida? Especialmente, se aquela criatura está ao lado do diabo.

Um suspiro escapa de meus lábios quando de repente ele chega perto de mim, invadindo meu espaço pessoal. O oxigênio é travado na entrada de meus pulmões quando ele me sufoca, me fazendo lutar para ele tirar suas mãos de meu pescoço. Seus olhos se fixam diretamente nos meus. "Qual o problema, Mackenzie? Não pode respirar?"

"P-Por favor, me deixe ir." Eu consigo dizer, sentindo enormes lágrimas rolando pelo meu rosto. "T-Tenha misericórdia!" Isso o faz rir sombriamente. "Misericórdia era a última coisa que eu quiz, mas ninguém me deu isso. Então, misericórdia será a última coisa que você vai ter."

Quando a porta de trás abre com um rangido, ele olha para cima antes de desaparecer no ar. Eu caio no chão, tossindo forte quando o ar entra em meus pulmões mais uma vez. "Lucinda, Ben provavelmente saiu de-" Mamãe não termina a frase quando ela vê meus estado, alarmada, ela corre em minha direção. "O que há de errado? Por que você está sufocando? O que aconteceu?"

Hex |h.s| traduçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora